quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Presidente presta solidariedade em público ao Wikileaks

O presidente Lula prestou solidariedade nesta quinta-feira (9/12) ao fundador do Wikileaks, Julian Assange, preso esta semana após seu grupo ter divulgado mensagens produzidas pela diplomacia americana, e criticou a imprensa brasileira por não defender o ativista australiano e a liberdade de expressão. ”O rapaz foi preso e eu não estou vendo nenhum protesto contra [o cerceamento à] a liberdade de expressão. É engraçado, não tem nada”, afirmou o presidente, que fez questão de registar o seu:
Ô, Stuckinha (Ricardo Stuckert, fotógrafo oficial da Presidência), pode colocar no Blog do Planalto o primeiro protesto, então, contra [o cerceamento à] a liberdade de expressão na internet, para a gente poder protestar, porque o rapaz estava apenas colocando aquilo que ele leu. E se ele leu porque alguém escreveu, o culpado não é quem divulgou, o culpado é quem escreveu. Portanto, em vez de culpar quem divulgou, culpe quem escreveu a bobagem, porque senão não teria o escândalo que tem. Então, Wikileaks, minha solidariedade pela divulgação das coisas e meu protesto contra [o cerceamento à] da liberdade de expressão.
Lula disse ainda desconhecer se seus embaixadores também enviam esse tipo de mensagem, como os diplomatas americanos, e alertou a presidente eleita Dilma Rousseff para que avise seu ministro (das Relações Exteriores) que “se não tiver o que escrever, não escreva bobagem, passe em branco a mensagem”.

Lula admite 'pedras no sapato' entre PT e PMDB

EUGÊNIA LOPES - Agência Estado
Em jantar ontem à noite, com o PMDB, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que na relação entre dois partidos grandes como o PT e PMDB, sempre haverá problemas. "São pedras no sapato, mas isso se resolve devagar, uma a uma", afirmou Lula. O jantar foi fechado, na residência do senador eleito Eunício Oliveira (PMDB-CE).
Numa referência à aliança feita em seu governo e à que está sendo formada para o governo Dilma Rousseff, Lula disse que "dois partidos importantes como o PMDB e o PT se juntaram e, com isso, a chance agora de dar certo é de 99,99%, e de dar errado é nenhuma". O presidente lembrou ainda que graças ao PMDB, Dilma conseguiu obter mais votos em sua eleição do que ele em 2002.
No discurso, Lula ressaltou também que os dois partidos têm que ter responsabilidade com a inflação. Segundo ele, só alguns setores ganham com a alta dos preços e o maior penalizado é o trabalhador. O vice-presidente eleito, Michel Temer, também fez um rápido discurso, enaltecendo o tratamento dado pelo presidente ao PMDB em seu governo. "O tratamento que o senhor deu ao PMDB foi compatível com a grandeza do partido", disse Temer.
Participaram da confraternização a bancada do partido no Congresso e ministros da legenda, além do futuro ministro da Casa Civil, Antonio Palocci. A presidente eleita Dilma Rousseff não compareceu ao evento.