quinta-feira, 9 de junho de 2011

PMJP recebe recursos de R$ 7,7 mi para anexo da Estação Cabo Branco

 O Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) já repassou à Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP) recursos de R$ 7,7 milhões para a continuidade das obras de ampliação da Estação Cabo Branco – Ciência, Cultura e Artes, no bairro do Altiplano. O recurso é fruto de uma audiência entre o prefeito Luciano Agra e o ministro Aloizio Mercadante no dia 1º deste mês, em Brasília. O valor corresponde a uma parcela do convênio firmado entre a PMJP e o Governo Federal em 2008, que inicialmente era de R$ 4 milhões.

A obra é executada pela Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinfra) e, segundo o secretário Marcelo Cavalcanti, o aumento no valor da parcela está dentro do orçamento da obra. “O convênio da PMJP com o Ministério da Ciência e Tecnologia prevê o repasse de recursos em quatro parcelas que, inclusive, estavam com atraso. Nessa última viagem à Brasília, o prefeito Luciano Agra conseguiu a regularização da liberação dos recursos”, contou o secretário.

Marcelo Cavalcanti explicou que a ampliação da Estação Cabo Branco está orçada em cerca de R$ 18,9 milhões, incluindo a contrapartida da PMJP. “Do valor total da obra, o MCT fez um primeiro repasse de cerca de R$ 4,4 milhões e agora liberou mais R$ 7,7 milhões, o que totaliza cerca de R$ 12 milhões”, complementou o secretário.
Nova Estrutura – A ampliação da Estação Cabo Branco consiste em um prédio composto de quatro míni-auditórios, um salão de eventos, um restaurante e um terraço panorâmico, além de um lago artificial e um estacionamento. Tudo construído nos mesmos moldes do complexo original. O prédio do anexo terá uma área de 4.573 metros quadrados (m²) e o lago 2.903 m².

A ampliação foi planejada em acordo com a Lei Ambiental, que tem o objetivo de manter espécies arbóreas encontradas na região. Por isso, existe uma área de preservação dentro do perímetro das obras, com a manutenção da vegetação nativa do lugar.

STF pede pauta para julgar a 'Operação Confraria’


O caso da ‘Operação Confraria’, que envolve o senador paraibano Cícero Lucena (PSDB), será levado a julgamento pelo plenário do Supremo Tribunal Federal (STF). O pedido de pauta já foi solicitado pela ministra Ellen Gracie, que é relatora do inquérito 2527. Os ministros da Corte irão analisar o recebimento ou não da denúncia.O inquérito da ‘Confraria’ contava com 36 acusados. Como só Cícero Lucena detém Foro privilegiado, o STF decidiu desmembrar o processo com relação aos demais acusados, que passaram a ser julgados na Paraíba pela Justiça Federal. O advogado de Cícero, Walter Agra, disse ontem que o próprio senador tem pressa no julgamento das denúncias, a fim de provar sua inocência.Ele informou que o recebimento da denúncia será importante para que a defesa possa apresentar as provas. “Isso já era um anseio da defesa”, revelou. Agra disse que no caso dos outros acusados, as providências estão bem mais adiantadas. “Para os demais acusados, a denúncia já foi recebida, eles já tiveram a oportunidade de produzir provas. Já no caso de Cícero, essa oportunidade ele não teve ainda”, afirmou.Walter Agra informou que a defesa já vinha pedindo a inclusão em pauta do processo para decidir pelo recebimento da denúncia. “O recebimento da denúncia é uma coisa natural, que vai ocorrer, para que a gente possa apresentar as provas”, disse o advogado, lembrando que além do inquérito, tramita no Supremo Tribunal Federal a ação penal 493, que tem conexão com a ‘Operação Confraria’.Segundo ele, a ação penal deve entrar em pauta no segundo semestre do ano. O processo trata apenas de um dos contratos firmados na época em que Cícero Lucena era prefeito de João Pessoa. A denúncia dá conta de possíveis práticas de fraudes às licitações e desvio de verbas públicas federais por meio de superfaturamento dos valores correspondentes aos serviços, obras e materiais objeto de diversos convênios e contratos firmados pelo município de João Pessoa e a União.Tanto no inquérito quanto na ação penal, a Prefeitura de João Pessoa requereu seu ingresso como parte. A ‘Operação Confraria’ foi deflagrada em 2005 pela Polícia Federal e resultou na prisão de Cícero Lucena. As investigações apuraram um suposto esquema de licitações irregulares e desvio de verbas da Prefeitura de João Pessoa em obras que recebiam repasse do orçamento da União.

Gleisi diz que Dilma manifesta “apreço” ao Congresso ao escolhê-la


Gleisi Hoffmann vai substituir Antonio Palocci na Casa Civil. 
Em seu discurso de posse na Casa Civil, no Palácio do Planalto, a nova ministra Gleisi Hoffmann afirmou nesta quarta-feira (8) que, ao escolhê-la, Dilma manifesta "apreço" ao Congresso Nacional.
"Tenho consciência que minha escolha não se deve apenas à minha caminhada política. Ao escolher uma senadora da República, Dilma manifesta apreço ao Congresso Nacional, ao Poder legislativo", afirmou Gleisi, que discursou logo após o antecessor, Antonio Palocci, que deixou o cargo após denúncias sobre a evolução de seu patrimônio pessoal.
Antonio Palocci, disse em seu discurso de despedida, que deixou o cargo para “preservar o diálogo”. Parlamentares reclamavam da falta de diálogo com o Planalto durante a gestão de Palocci, que atuava como um articulador político.
No discurso, Gleisi também afirmou que quer seguir o "exemplo" de Dilma. "Foi aqui na Casa Civil que a presidenta Dilma mostrou sua capacidade. Pretendo trabalhar aqui com a mesma lealdade e responsabilidade da presidenta. Sei do enorme desafio em suceder o ministro Antonio Palocci. (...) A presidenta é exemplo para mim e mulheres de nosso país. Meu objetivo é realizar um trabalho de futuro e de esperança."
Gleisi Hoffman agradeceu ao marido, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, e aos filhos pelo fato de chegar à Casa Civil. "O Paulo Bernardo, meu companheiro de caminhada e de vida, com quem aprendi que sempre vou acertar decidindo com o coração."
Ela disse que estará "sempre à disposição para decidir com todos, de acordo com as prioridades" da presidente Dilma e do vice Michel Temer.
Ao discursar, a presidente Dilma Rousseff se disse "triste", e chegou a se emocionar, ao afirmar tem "muitos motivos" para lamentar a saída de Palocci.
"Tenho muitos motivos para lamentar a saída do ministro Antonio Palocci. Motivos de ordem política, pelo todo papel que ele desempenhou na minha campanha.
Motivos de ordem administrativa pelo papel que tinha e teria no meu governo. De ordem pessoal, pela relação de amizade que construímos", declarou a presidente.

'Trator'

Em discurso de despedida no Senado, Gleisi agradeceu "a convivência democrática" na Casa e disse que espera exercer com "sabedoria" a nova função, de ministra-chefe da Casa Civil. Ao citar a relação com os demais parlamentares, rejeitou o rótulo de "trator", conferido a ela por um líder da oposição.
"Quero dizer que meu afastamento do Senado não me afasta dos compromissos que assumi. Estou mudando de instância, mas não de caminho. (...) Peço a Deus sabedoria para exercer essa nova tarefa", discursou Gleisi no plenário do Senado.
Após o discurso, mais de 30 senadores comentaram a ida de Gleisi para a Casa Civil e todos elogiaram a ex-colega de Senado.
Crítica da forma como líder do governo no Senado Romero Jucá (PMDB-RR) negociava com os oposicionistas, a senadora petista ganhou do líder do DEM, Demóstenes Torres (GO), o apelido de “trator”, já que defendia o uso da maioria governista para aprovar matérias contra a vontade da oposição, sempre minoritária. “Maioria é para ser exercida”, dizia Gleisi.
No discurso de despedida, ela rebateu os comentários: "Me perguntaram ontem na conversa com a imprensa o que teria a dizer sobre a menção, por alguns oposicionistas, de que sou um trator. Não considero esta a melhor metáfora para quem exerce a política e sempre se dispôs a debater, ouvir e construir consensos. A manifestação democrática é o maior instrumento que temos para avançarmos no desenvolvimento do nosso país."

Audiência discute hoje participação das mulheres na política


A Comissão Especial da Reforma Política promove nesta manhã, a partir das 9h30, audiência pública para discutir medidas de promoção da igualdade de gênero nas eleições. O debate foi sugerido pelas deputadas Erika Kokay (PT-DF) e Luci Choinacki (PT-SC).

“Apesar dos recentes avanços na legislação eleitoral e do relevante fato de que hoje as mulheres já representam mais de 50% do eleitorado brasileiro, isso não se reflete na eleição de candidatas femininas”, diz Erika Kokay.

Atualmente, a legislação prevê a reserva de 30% das vagas para o registro de candidatas mulheres. A deputada afirma, no entanto, que são necessárias outras medidas para incentivar a participação feminina na política, como a destinação de percentual dos recursos do Fundo Partidário e do tempo da propaganda eleitoral obrigatória específico para as candidatas femininas e a alternância de gênero na indicação dos candidatos, se for adotado o sistema eleitoral de lista fechada.

A deputada lembra que as mulheres ocupam apenas 45 das 513 vagas da Câmara, cerca de 8,5% do total. “Esse número é o mesmo registrado na legislatura anterior e, proporcionalmente, evidencia uma diminuição no índice de candidatas que lograram sucesso nas últimas eleições, haja vista que, de 2006 para 2010, houve um considerável aumento no contingente de eleitores, sobretudo de eleitores do sexo feminino, e também no número de candidaturas registradas por mulheres.”

Foram convidadas para a audiência de hoje:
- a secretária de Mulheres da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Maria das Graças de Souza;
- a representante da Articulação das Mulheres Brasileiras (AMB) Sílvia Maria Sampaio Camurça;
- a assessora especial da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, Tatau Godinho.