quarta-feira, 29 de junho de 2011

Após nova reunião no MEC, expansão da UFPB para Guarabira será avaliada por Dilma


O deputado federal Benjamin Maranhão (PMDB-PB), o ex-governador da Paraíba, Roberto Paulino, e a prefeita de Guarabira, Fátima Paulino, estiveram reunidos novamente no Ministério da Educação, nesta terça-feira (28/06), com o secretário de Educação Superior (Sesu), Luiz Cláudio Costa, para tratar da implantação de um campus da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) em Guarabira.

Na ocasião, o secretário confirmou que a extensão para o município será incluída na lista de vinte novos campi que serão avaliados pela presidente da República, Dilma Rousseff.

De acordo com Benjamin, a reunião foi um importante passo para a realização de um desejo antigo da população de Guarabira. Segundo o parlamentar, a chegada da UFPB ao município vai colaborar com a descentralização da oferta do ensino superior gratuito, colaborando também com o desenvolvimento de toda a região do Brejo paraibano.

“Os alunos não precisarão mais se descolar a João Pessoa ou Campina Grande para estudar, vão poder fazê-lo em seu município e depois, quando estiverem formados, poderão aplicar o conhecimento adquirido em suas comunidades”, enfatiza o deputado.

Ainda de acordo com o parlamentar, o Governo Federal tem priorizado a democratização da oferta do ensino superior, e essas expansões colaboram nesse sentido, por isso, há motivos para o otimismo em relação à decisão da presidente Dilma.

Para a prefeita Fátima Paulino, a reunião foi mais um passo para a concretização de um sonho do povo do Brejo paraibano. Já Roberto Paulino, destacou que a prefeitura do município tem se mobilizado de todas as formas possíveis para viabilizar o novo campus.

Paulino lembrou ainda que Guarabira vai inaugurar nós próximos meses um campus avançado do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB).

MEC quer matricular 4 milhões de alunos na universidade em 2020


O secretário de Educação Superior do Ministério da Educação, Luiz Cláudio Costa, disse nesta quarta-feira que a meta do ministério é chegar a 4 milhões de alunos no ensino superior em 2020. Ele admitiu que ainda há muito a ser feito para atingir esse objetivo, mas lembrou que nos últimos oito anos o número de formandos passou de 300 mil para 1 milhão, por ano, nas instituições públicas e privadas. As informações são da Agência Câmara de Notícias.

Luiz Costa participou de audiência pública da Comissão Especial do Plano Nacional de Educação (PNE) da Câmara dos Deputados, que debate as metas para o ensino previstas até 2020.

O secretário afirmou que um dos principais problemas a serem enfrentados atualmente é a evasão no ensino superior. Ele disse que todos os anos entram 1,5 milhão de estudantes nas faculdades, porém 500 mil abandonam os cursos antes da formatura.

Segundo o secretário, o MEC mudou o Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies) para que os estudantes dos cursos de licenciatura utilizem o trabalho nos sistemas públicos de ensino ou saúde como forma de quitar o empréstimo. Outra iniciativa citada por Luiz Costa foi o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid). Nesse caso, o universitário recebe uma gratificação para dar aulas em escolas públicas de ensino médio.

O programa de oferta de 75 mil bolsas de estudos no exterior, no prazo de quatro anos, em desenvolvimento pelos ministérios da Educação e da Ciência e Tecnologia, também foi lembrado pelo secretário como estratégia para a ampliação do acesso. "É uma ação que terá forte impacto na qualidade do ensino e no estímulo aos jovens para o ingresso no ensino superior", concluiu.

Vagas ociosas nas universidades
Durante a audiência, o representante da Associação Nacional dos Centros Universitários (Anaceu), Celso Frauches, afirmou que, no ano passado, ficaram ociosas 1,6 milhão de vagas em universidades ¿ 40 mil delas em instituições públicas. "Para esse quadro mudar, precisamos melhorar a qualidade da educação básica", disse.

Ele lembrou que muitos estudantes não conseguem tirar boas notas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), usado como requisito para o ingresso em boa parte das faculdades públicas, devido a deficiências no ensino básico.

Prefeitura promove o ‘Forrozão dos Servidores’ nesta sexta-feira


A programação ‘São João de João Pessoa – O Melhor da Gente’ será encerrada nesta quarta-feira (29), com shows de Genival Lacerda e Flávio José, no Ponto de Cem Réis, mas para os servidores da Prefeitura da Capital, as festas juninas só terminam na sexta-feira (1º) com o ‘Forrozão dos Servidores’, no Esporte Clube Cabo Branco. A atração principal será o cantor e compositor Jorge de Altinho, além do sorteio de uma moto promete agitar os servidores.

A festa tem início às 18h com trios de forró pé-de-serra. No local do Forrozão, será montada uma cidade cenográfica para deixar os servidores ainda mais no clima junino. As comidas típicas e refrigerante serão oferecidos gratuitamente durante a festa. O serviço de bar do clube estará funcionando normalmente.

A secretária de Administração (Sead), Laura Farias, afirmou que a grande novidade do São João dos servidores deste ano, é que haverá o sorteio de uma moto zero quilômetro. “Planejamos trazer uma novidade que agradasse os servidores e, por isso, além de uma atração musical conhecida nacionalmente, estaremos fazendo o sorteio de uma moto”, disse.

Identificação e transporte - Os servidores receberão uma pulseira de identificação para ter acesso à festa e devem usá-la durante a permanência no clube. Além das comidas típicas, muito forró e o sorteio de uma moto, haverá quadrilhas. Os servidores serão liberados mais cedo do trabalho, às 17h, e três ônibus farão o transporte do Centro Administrativo Municipal (CAM), em Água Fria, até o local da festa.

Senado começa a debater o Código Florestal nesta quinta-feira


Nesta quinta-feira (30), a partir das 8h30, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, participará de audiência pública promovida conjuntamente pelas comissões de Meio Ambiente (CMA) e de Agricultura (CRA). A reunião será a primeira de uma série a ser realizada pelo Senado para debater o projeto de lei (PLC 30/2011) que muda o Código Florestal (Lei 4.771, de 1965).
A ministra também discutirá com os senadores o Decreto nº 7.029/2009, que institui o Programa Federal de Apoio à Regularização Ambiental de Imóveis Rurais, denominado “Programa Mais Ambiente”.
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A audiência conjunta é está sendo anunciada como um sinal de que a Casa quer fazer confluir os interesses aparentemente antagônicos da agropecuária e da ecologia, conforme têm declarado os presidentes das duas comissões, Acir Gurgacz (PDT-RO) e Rodrigo Rollemberg (PSB-DF). O próprio presidente do Senado, José Sarney, determinou que se fizesse um exame aprofundado da controversa matéria que foi aprovada na Câmara dos Deputados no dia 24 de maio.
- Aqui vamos buscar conhecimento e evitar emoções exacerbadas – tem repetido o relator do projeto na Comissão de Meio Ambiente, Jorge Viana (PT-AC). Nas comissões de Constituição e Justiça e de Agricultura, o relator será Luiz Henrique (PMDB-SC).
Presidente da CRA, Acir Gurgacz ressaltou nesta quarta-feira (29) a importância da aprovação de um Código Florestal que atenda a todos os segmentos da sociedade para aumentar a produção de alimentos. Já Rollemberg tem enfatizado a idéia de que o novo Código leve o país a aproveitar ao máximo seu potencial como economia sustentável.
Além de aspectos econômicos e socioambientais, capazes, por si, de mobilizar milhões de brasileiros, o texto do novo Código Florestal também tem envolvido intensa batalha ideológica pelos jornais, pela internet, no Congresso e mesmo no âmbito do governo. Na mesa, além das regras relacionadas à proteção das florestas, está o modelo de desenvolvimento a ser adotado pelo Brasil. Enquanto os produtores rurais levantam a bandeira da produção de alimentos, os ambientalistas afirmam que, sem preservação dos recursos naturais e proteção firme às florestas brasileiras, não há como garantir produção sustentável.

Participação do BNDES na fusão entre Pão de Açúcar e Carrefour provoca discussão


A oposição no Senado criticou hoje (29) a participação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no processo de fusão das redes de supermercado Carrefour e Pão de Açúcar.

A base do governo considera normal a operação e disse que ele poderá contribuir para tornar o Pão de Açúcar uma empresa internacional.
 Para o líder do PSDB, senador Álvaro Dias (PR), a política que vem orientando as ações do banco desvirtua a função social para a qual ele foi criado.

“Achamos um absurdo. É preciso que pelo menos retirem o S do BNDES. Essa orientação na aplicação dos recursos exclui a hipótese de um banco social. O que há é um banco privilegiando megaempresários no país com recursos públicos”, disse Dias.

Segundo ele, os contribuintes têm financiado o subsídio de juros para os empresários próximos ao governo, por meio das transferências de recursos do Tesouro para o banco. “O governo já transferiu cerca de R$ 260 bilhões do Tesouro da União para o BNDES, subsidiando juros que beneficiam apenas os mais próximos do poder, ou seja, estabelecendo uma distinção entre empresários de primeira categoria e segunda categoria.”
.O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), defendeu participação do banco no negócio. Segundo ele, essa é uma operação comum de mercado na qual o BNDES entrará como sócio. “É uma operação de mercado, sem recursos públicos, sem recursos subsidiados. O BNDES seria sócio dessa empresa com objetivo de lucro.”

Ainda de acordo com ele, o banco cumpre o seu papel quando colabora para a internacionalização de uma empresa nacional. “Não há nada de ilegal nessa operação. É o BNDES ajudando uma empresa nacional a ser mundial.”

Em comunicado divulgado ontem (28), o BNDES confirmou que começou a analisar o pedido de financiamento para internacionalização do Grupo Pão de Açúcar.

A operação de internacionalização, no valor de até 2 bilhões de euros, permitirá ao grupo assumir posição estratégica no supermercado Carrefour, considerado um dos maiores varejistas mundiais.
Segundo o BNDES, a transação poderá abrir “caminho para maior inserção de produtos brasileiros no mercado internacional”.

Ainda hoje, o Senado vota medida provisória que transfere R$ 55 bilhões do Tesouro para o BNDES.

SENADO APROVA PERDA DE MANDATO PARA QUEM DEIXAR PARTIDO E FUNDAR OUTRO


               O Senado aprovou nesta quarta-feira (28), dentro da reforma política, a perda de mandato para políticos que deixarem o partido com o objetivo de fundarem uma nova sigla.

A decisão pode atingir políticos paraibanos que já sinalizaram saída de seus partidos e ingresso e até mesmo fundação de uma nova legenda, como por exemplo, o vice-governador Rômulo Gouveia, a vereadora de João Pessoa Raíssa Lacerda e o deputado estadual, Manoel Ludgério que já declararam a migração para o novo partido político fundado pelo prefeito de São Paulo Gilberto Kassab, o PSD (Partido Social Democrata).


Para a vereadora Raíssa Lacerda a decisão do Senado não a atinge, “É um terrorismo em cima de um partido novo que está em ascensão, estão criando factóides. Somos protegidos por uma resolução do TSE de lei de fidelidade partidária. O PSD incomoda muito”.


O advogado da vereadora, Roberto Aquino falou sobre a decisão e afirma que ela não atinge a lei de fidelidade partidária: “O partido não pode acioná-los na Justiça , não fere a lei fidelidade partidária. Esta decisão talvez funcione apenas em 2012. O político tem o prazo de 30 dias após a criação do partido para migrar para a nova legenda, caso exceda esse prazo aí sim o partido pode cobrar”.


Se a regra for mantida pela Câmara, os detentores de cargos eletivos que se desfiliarem para incorporar ou fundir o partido, assim como criarem uma nova sigla, vão automaticamente perder os mandatos para os quais foram eleitos.


O projeto foi aprovado em caráter terminativo pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado, por isso não precisa passar pela análise do plenário da Casa --segue diretamente para a Câmara se não houver apresentação de recurso que leve a votação ao plenário.


O texto estabelece a fidelidade partidária, já em vigor no país, mas inclui como uma das "justas causas" para a perda do mandato a mudança de sigla para a criação de um novo partido. Também estão entre os motivos que permitem a perda de mandato a incorporação ou fusão do partido, a mudança substancial ou desvio reiterado do programa partidário e grave discriminação pessoal.


Autor do destaque com a mudança, o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) disse não ver motivos para a criação de novas siglas, por isso a punição deve ser a perda do mandato. "Com tantos partidos, não há razão de se criar uma nova motivação para alguém que for eleito."

Relator do projeto na CCJ, o senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) disse que o texto incorpora à lei dos partidos políticos a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) de que os mandatos eletivos pertencem aos partidos --por isso eles têm o direito de preservar as vagas quando houver o cancelamento da filiação ou a transferência para outra sigla.


"A permanência do parlamentar no partido pelo qual se elegeu é imprescindível para a manutenção da representação partidária do próprio mandato, com exceção de circunstâncias que configuram justa causa para a desfiliação", afirmou.


Eunício tentou aprovar emenda para permitir a transferência do candidato para outro partido que integrou a sua coligação nas eleições, mas a mudança não teve o apoio da maioria dos integrantes da comissão.



REFERENDO

 A CCJ também aprovou PEC (proposta de emenda constitucional) que determina a realização de referendo no país para que a população dê o aval sobre as mudanças no sistema político brasileiro aprovadas pelo Congresso. O objetivo do referendo será questionar a população sobre o voto em listas fechadas --caso a mudança seja aprovada pelo Congresso na reforma política.


O voto em lista ainda não foi analisado pela CCJ. Ele prevê que os eleitores deixem de votar nos candidatos para votarem nos partidos, que elaborariam uma lista dos políticos que devem assumir vagas nas eleições proporcionais.


"A proposta valoriza a vontade popular e confere maior proteção ao princípio da proporcionalidade nas eleições para os representantes do povo no parlamento", disse o senador Romero Jucá (PMDB-RR), relator da PEC na comissão.


A PEC ainda precisa ser aprovada pelo plenário do Senado, e depois pela Câmara, para que o referendo seja realizado.

Eleições de 2012 serão nos dias 7 e 28 de outubro


Justiça eleitoral definiu o calendário das eleições municipais do ano que vem
As eleições municipais de 2012 vão ser realizadas nos dias 7 e 28 de outubro. A decisão das datas do primeiro e segundo turno foi tomada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). No ano que vem os eleitores vão escolher prefeitos, vice-prefeitos e vereadores nos mais de 5.500 municípios brasileiros.

Os partidos que quiserem participar da eleição do ano que vem precisam estar registrados no TSE até dia 7 de outubro de 2011. O prazo é o mesmo para que os candidatos estejam filiados a algum partido político.

Os eleitores têm até dia 9 de maio de 2012 para transferir o título de eleitor ou fazer a inscrição na justiça eleitoral.


Segundo o TSE, as convenções partidárias para a escolha dos candidatos devem ser feitas entre 10 e 30 de junho. Os candidatos terão até dia 5 de julho para registrar as candidaturas no TSE.

A propaganda eleitoral no rádio e na televisão começa no dia 21 de agosto e vai até dia 4 de outubro, três dias antes da realização do primeiro turno.

CRÍTICA DE ARIANO SUASSUNA SOBRE O FORRÓ ATUAL

'Tem rapariga aí? Se tem, levante a mão!'. A maioria, as moças, levanta a mão. Diante de uma platéia de milhares de pessoas, quase todas muito jovens, pelo menos um terço de adolescentes, o vocalista da banda que se diz de forró utiliza uma de suas palavras prediletas (dele só não, de todas bandas do gênero). As outras são 'gaia', 'cabaré', e bebida em geral, com ênfase na cachaça. Esta cena aconteceu no ano passado, numa das cidades de destaque do agreste (mas se repete em qualquer uma onde estas bandas se apresentam). Nos anos 70, e provavelmente ainda nos anos 80, o vocalista teria dificuldades em deixar a cidade.

Pra uma matéria que escrevi no São João passado baixei algumas músicas bem representativas destas bandas. Não vou nem citar letras, porque este jornal é visto por leitores virtuais de família. Mas me arrisco a dizer alguns títulos, vamos lá:


 
Calcinha no chão (Caviar com Rapadura),
Zé Priquito (Duquinha),
Fiel à putaria (Felipão Forró Moral),
Chefe do puteiro (Aviões do forró),
Mulher roleira (Saia Rodada),
Mulher roleira a resposta (Forró Real),
Chico Rola (Bonde do Forró),
Banho de língua (Solteirões do Forró),
Vou dá-lhe de cano de ferro (Forró Chacal),
Dinheiro na mão, calcinha no chão (Saia Rodada),
Sou viciado em putaria (Ferro na Boneca),
Abre as pernas e dê uma sentadinha (Gaviões do forró),
Tapa na cara, puxão no cabelo (Swing do forró).
 
Esta é uma pequeníssima lista do repertório das bandas.

Porém o culpado desta 'desculhambação' não é culpa exatamente das bandas, ou dos empresários que as financiam, já que na grande parte delas, cantores, músicos e bailarinos são meros empregados do cara que investe no grupo. O buraco é mais embaixo. E aí faço um paralelo com o turbo folk, um subgênero musical que surgiu na antiga Iugoslávia, quando o país estava esfacelando-se. Dilacerado por guerras étnicas, em pleno governo do tresloucado Slobodan Milosevic surgiu o turbo folk, mistura de pop, com música regional sérvia e oriental. As estrelas da turbo folk vestiam-se como se vestem as vocalistas das bandas de 'forró', parafraseando Luiz Gonzaga, as blusas terminavam muito cedo, as saias e shortes começavam muito tarde. Numa entrevista ao jornal inglês The Guardian, o diretor do Centro de Estudos alternativos de Belgrado, Milan Nikolic, afirmou, em 2003, que o regime Milosevic incentivou uma música que destruiu o bom-gosto e relevou o primitivismo estético. Pior, o glamour, a facilidade estética, pegou em cheio uma juventude que perdeu a crença nos políticos, nos valores morais de uma sociedade dominada pela máfia, que, por sua vez, dominava o governo.

Aqui o que se autodenomina 'forró estilizado' continua de vento em popa. Tomou o lugar do forró autêntico nos principais arraiais juninos do Nordeste. Sem falso moralismo, nem elitismo, um fenômeno lamentável, e merecedor de maior atenção. Quando um vocalista de uma banda de música popular, em plena praça pública, de uma grande cidade, com presença de autoridades competentes (e suas respectivas patroas) pergunta se tem 'rapariga na platéia', alguma coisa está fora de ordem. Quando canta uma canção (canção?!!!) que tem como tema uma transa de uma moça com dois rapazes (ao mesmo tempo), e o refrão é: 'É vou dá-lhe de cano de ferro/e toma cano de ferro!', alguma coisa está muito doente. Sem esquecer que uma juventude cuja cabeça é feita por tal tipo de música é a que vai tomar as rédeas do poder daqui a alguns poucos anos.

Ariano Suassuna

Observação:O secretário de cultura Ariano Suassuna foi bastante criticado, numa aula-espetáculo, no ano passado, por ter malhado uma música da Banda Calypso, que ele achava (deve continuar achando, claro) de mau gosto. Vai daí que mostraram a ele algumas letras das bandas de 'forró', e Ariano exclamou: 'Eita que é pior do que eu pensava'. Do que ele, e muito mais gente jamais imaginou.

Realmente, alguma coisa está muito errada com esse nosso país, quando se levanta a mão pra se vangloriar que é rapariga, cachaceiro, que gosta de puteiro, ou quando uma mulher canta 'sou sua cachorrinha'. Aonde vamos parar? Como podemos querer pessoas sérias, competentes? E não pensem que uma coisa não tem a ver com a outra não, pq tem e muito! E como as mulheres querem respeito como havia antigamente? Se hoje elas pedem 'ferro', 'quero logo 3', 'lapada na rachada'? Os homens vão e atendem. As pessoas não podem continuar gritando e vibrando por serem putas e raparigueiros não. Reflitam bem sobre isso... 
Onde o respeito pela vida, pelo ser humano?!