O secretário de Educação Superior do Ministério da Educação,
Luiz Cláudio Costa, disse nesta quarta-feira que a meta do ministério é chegar
a 4 milhões de alunos no ensino superior em 2020. Ele admitiu que ainda há
muito a ser feito para atingir esse objetivo, mas lembrou que nos últimos oito
anos o número de formandos passou de 300 mil para 1 milhão, por ano, nas
instituições públicas e privadas. As informações são da Agência Câmara de
Notícias.
Luiz Costa participou de audiência pública da Comissão
Especial do Plano Nacional de Educação (PNE) da Câmara dos Deputados, que
debate as metas para o ensino previstas até 2020.
O secretário afirmou que um dos principais problemas a serem
enfrentados atualmente é a evasão no ensino superior. Ele disse que todos os
anos entram 1,5 milhão de estudantes nas faculdades, porém 500 mil abandonam os
cursos antes da formatura.
Segundo o secretário, o MEC mudou o Fundo de Financiamento
ao Estudante do Ensino Superior (Fies) para que os estudantes dos cursos de
licenciatura utilizem o trabalho nos sistemas públicos de ensino ou saúde como
forma de quitar o empréstimo. Outra iniciativa citada por Luiz Costa foi o
Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid). Nesse caso, o
universitário recebe uma gratificação para dar aulas em escolas públicas de
ensino médio.
O programa de oferta de 75 mil bolsas de estudos no
exterior, no prazo de quatro anos, em desenvolvimento pelos ministérios da
Educação e da Ciência e Tecnologia, também foi lembrado pelo secretário como
estratégia para a ampliação do acesso. "É uma ação que terá forte impacto
na qualidade do ensino e no estímulo aos jovens para o ingresso no ensino
superior", concluiu.
Vagas ociosas nas universidades
Durante a audiência, o representante da Associação Nacional
dos Centros Universitários (Anaceu), Celso Frauches, afirmou que, no ano
passado, ficaram ociosas 1,6 milhão de vagas em universidades ¿ 40 mil delas em
instituições públicas. "Para esse quadro mudar, precisamos melhorar a
qualidade da educação básica", disse.
Ele lembrou que muitos estudantes não conseguem tirar boas
notas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), usado como requisito para o
ingresso em boa parte das faculdades públicas, devido a deficiências no ensino
básico.
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