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| Gisa Veiga, colunista do Política PB |
O PT,
como sempre, não se define em bloco. O partido participa do Conselho Político
de João Pessoa, mas a câmara de recursos do diretório nacional decidiu hoje (5)
que os petistas devem ficar de fora, “sem prejuízo de indicativo de alianças
com o partido em questão”. A decisão foi tomada ao analisar recurso do bloco
contrário à aliança com o prefeito Luciano Agra (PSB).
Os que apoiam o prefeito não vão desistir assim tão fácil.
Se não é para prejudicar a aliança “com o partido em questão”, por que
afastá-lo do Conselho, cuja participação poderá fortalecer a legenda numa
possível aliança e na negociação de cargos, por exemplo, para falar o bom
português?
O PT dirá que não está pensando em cargos. Não cola. Quem
apoia o prefeito quer, sim, cargos, e tem mais que querer mesmo. Vai deixar o
lugarzinho para outros grupos?
O PT do A está alinhado com o governo municipal e vislumbra
uma boa chance para o partido se reerguer politicamente na capital. Argumenta
que o partido apostou errado com José Maranhão e que um novo tempo é chegado,
com novas lideranças e novas oportunidades para os petistas. O PT do M quer
continuar fazendo oposição ao governador e ao prefeito, acreditando que o PMDB
lhe dará, quem sabe agora?, um espaçozinho maior num eventual governo
municipal. Será?
Enquanto não se define, acende uma vela lá e outra cá.
Estratégia para se decidir na undécima hora ou apenas um claro indicativo de
que o PT, sempre vencido, jamais será unido?
