domingo, 20 de março de 2011

PT faz balanço e avalia dissidência em reunião na segunda

                                                                    O presidente estadual do Partido dos Trabalhadores, Rodrigo Soares disse que vai reunir a bancada petista na próxima segunda para discutir a atual situação do partido na Paraíba e também a participação de petistas no governo de Ricardo Coutinho.

- Nós vamos fazer uma reunião da executiva estadual do PT e a pauta principal é a análise da conjuntura, é avaliar e debater os desafios que o nosso partido tem na agenda atual do nosso estado. Nós precisamos avançar no desenvolvimento da Paraíba com ações importantes articuladas na bancada estadual, federal e até no governo federal. Outras questões também serão debatidas com a participação dos colegas que estão no governo, nosso partido não é governo e os colegas estão no governo, mas essa será uma questão que será decidida internamente.

De acordo com Rodrigo, nenhum integrante do PT está autorizado para falar em nome do partido no governo do estado. Sobre a punição dos petistas que apóiam o projeto de Ricardo Coutinho, o presidente diz não confirmar nada nesse sentido, mas faz um alerta: Dissidentes vão ter que escolher, ou ficam no partido ou apóiam o governo do estado.

- O PT faz oposição ao governo, não participa das ações do governo e obviamente que em um caso assim, nenhum companheiro está autorizado a falar em nome do partido em prol do governo do estado. A executiva não trata sobre punição, a executiva nacional apóia as decisões da estadual, mas não há nada a respeito desse assunto. Espero que possamos avançar no diálogo e mostrar que não tem lógica os companheiros apoiarem o governo, mas aqueles que decidirem assim vão ter que fazer opção, ou fica no PT ou no governo.

Partidos não superam eleição e racha vai até 2012

Partidos da PB não superam efeito eleição e racha pode durar até 2012; quatro ainda estão em crise
O PTB pode ser o único a ter menos problemas nas próximas eleições
partidos-politicos2_20100308_010317Faz quase cinco meses já, mas a ‘ressaca’ e os efeitos das eleições 2010 ainda não foram superados. Os quatro partidos rachados no pleito passado ainda não resolveram suas vidas e tudo leva a crer que a cisão ocorrida anteriormente deve romper também as barreiras de 2012. PSDB, PMDB, PT e PTB parecem mesmo que não conseguem se perdoar e as mágoas adquiridas no passado provavelmente devem ser levadas para o próximo ano.
PMDB - O caso mais “grave” está no PMDB que tem pela frente uma disputa interna que pode gerar muito mais polêmica que a própria eleição. Pelo menos, cinco nomes do partido já estão na fila para se candidatar a prefeito de João Pessoa.
Quem está saindo na frente nessa “briga” é o deputado federal Manoel Júnior que já iniciou, ou pelo menos tentou iniciar, audiências públicas na cidade para “ouvir” a população. A justiça impediu a plenária, mas a atitude pode ter como consequência um grande conflito entre colegas partidários, já que ele não é o único a sonhar com a prefeitura da Capital.
PSDB – Outro partido que deve levar as mágoas de 2010 para 2012 é o PSDB. O presidente do ninho tucano, senador Cícero Lucena, não nega que quer entrar na disputa pela prefeitura de João Pessoa no próximo pleito. O único problema é que mais uma vez ele deverá ter que enfrentar a força de Cássio Cunha Lima e de Rômulo Gouveia que já acenam para uma nova parceria com o PSB.
Para garantir essa aliança também nas eleições futuras já tem, dentro do partido, quem fale em entregar a presidência da sigla para Cássio. No entanto, para Cícero, se submeter a ser novamente coadjuvante da história transformaria o PSDB em um partido pequeno e sem força política.
PT – Outro que não compartilha da ideia de submissão é o deputado estadual Luciano Cartaxo que já surge, dentro do PT, como nome forte para entrar na disputa pela prefeitura da Capital. Contudo, se Cartaxo quiser realmente entrar na briga, antes ele terá que tentar fechar as feridas abertas no partido em 2010.
Porém, essa talvez não vá ser uma tarefa fácil porque o diretório municipal do PT já se antecipou e declarou que em 2012 vai estar ao lado do atual prefeito Luciano Agra (PSB) que deve concorrer a reeleição.
PTB No PTB o nome do vereador Tavinho Santos já surgiu como uma possível força para 2012. E, como outros nomes ainda não surgiram e os petebistas, apesar das rusgas dos últimos dias, já começam acenar uma bandeira branca e o partido pode ser o único a ter menos problemas nas próximas eleições.

Pesquisa mostra que 47% dos brasileiros aprovam a presidente neste terceiro mês

 A presidente Dilma Rousseff tem 47% de aprovação dos brasileiros em seu terceiro mês no mandato, segundo pesquisa Datafolha divulgada neste sábado (19). O índice alcançado por Dilma é maior que o do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em março de 2003, em seu primeiro mandato, quando ele tinha 43% de aprovação.

A margem de erro da pesquisa divulgada hoje é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. No terceiro mês do segundo mandato, Lula tinha 48% de aprovação da população, segundo o Datafolha.

A gestão de Dilma é considerada ruim ou péssima por 7% dos entrevistados na pesquisa. Já 34% dos entrevistados disseram que a administração é “regular”; 12% não souberam opinar.


De acordo com a pesquisa, Dilma é mais bem avaliada que todos os outros antecessores, quando se leva em consideração o início da gestão. No início de mandato, o ex-presidente Fernando Collor tinha 36% de aprovação; Itamar Franco apareceu com 34% - logo após o impeachment de Collor. Eleito em 1994 e reeleito em 1998, FHC foi avaliado positivamente por 39% das pessoas no primeiro mandato e por 21% após ser reeleito.

FHC elogia Dilma pelo convite para almoçar com Obama



Tucano disse que presidente foi "gentil" e minimizou divergências políticas
  Dilma e FHC brindaram a presença de Obama durante almoço oferecido no Itamaraty
O ex-presidente da República Fernando Henrique elogiou neste sábado (19) o convite da presidente Dilma Rousseff para participar, em Brasília, do almoço oferecido ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.
- Achei uma gentileza, senão não teria vindo. [...] Em matéria de Estado, quando se está representando o país, não cabem divisões partidárias. A presidente Dilma demonstrou que tem compreensão correta dessa matéria.
Em relação à proximidade de Dilma com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva - que também foi convidado para o almoço, mas não compareceu -, FHC foi objetivo.
- Temos que ter uma relação. Não é necessário tratar um como Deus e outro como demônio. Aí não dá.
Outros três ex-presidentes, além de FHC, estiveram no almoço: José Sarney, Itamar Franco e Fernando Collor.
FHC ironizou o fato de Lula, na condição de presidente, nunca tê-lo convidado, como fez Dilma.
- É que o Lula é meu amigo de tantos anos atrás e achou que não era necessário. O Lula, quando eu era presidente, esteve comigo. Muitas vezes.
FHC ainda defendeu o discurso firme de Dilma Rousseff na recepção a Obama.
- O discurso de interesse do Brasil tem que ser duro, tem que dizer as verdades como são, quais os nossos interesses.
No encontro, Dilma cobrou o presidente dos EUA para que o Brasil tenha uma cadeira permanente no Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unida

Obama diz a Dilma ser difícil apoio explícito sobre ONU, diz ministro

Em reunião no Palácio do Planalto, presidente diz que posição traria inimigos aos EUA

O presidente americano, Barack Obama, disse à presidente Dilma Rousseff que concorda com a ambição do Brasil de ter um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas), durante reunião entre os dois no Palácio do Planalto neste sábado (19). Mas, segundo o relato de um ministro que pediu para não ter seu nome revelado, Obama explicou que, para os Estados Unidos, é difícil deixar sua posição explícita nesse tema.

- Ele comentou que quando apoia o pleito de algum país ganha um amigo, mas também adquire outros inimigos. Ele falou isso para explicar como é difícil para os EUA defenderem sua posição publicamente. Durante a declaração à imprensa, Dilma foi enfática ao defender a reforma do conselho e disse que o Brasil está preparado para ocupar uma vaga permanente.

- Não nos move o interesse menor pela ocupação burocrática de espaços da representação, o que nos mobiliza é a certeza de que um mundo mais multilateral produzirá benefícios para a paz e harmonia entre os povos.

No comunicado conjunto dos dois presidentes, eles também manifestaram a necessidade de reforma no Conselho de Segurança para "responder aos desafios do século 21".

- [Os presidentes] expressaram seu apoio a uma expansão limitada do Conselho de Segurança que aprimore suas efetividade e eficiência, bem como sua representatividade. O presidente Obama manifestou seu apreço à aspiração do Brasil de tornar-se membro permanente do conselho.


Brasil e EUA discordam sobre intervenção na Líbia

Mas, ao mesmo tempo em que busca uma reforma no Conselho de Segurança e o apoio dos EUA para sua demanda de ter uma vaga como membro permanente, o Brasil mais uma vez foi em direção diferente da americana na última votação do órgão da ONU.

Nesta quinta-feira (17), o Brasil se absteve na votação da resolução que autorizou uma zona de exclusão aérea sobre a Líbia e "todas as medidas necessárias" para proteger os civis contra as forças do líder líbio Muammar Gaddafi.

No encontro com Obama, Dilma disse que "nem sempre a ação militar é o melhor caminho". Segundo relato do ministro à agência de notícias Reuters, foi a presidente quem tomou a iniciativa de tratar do assunto, reforçando que o Brasil sempre defende a paz em lugar da guerra, e ponderou a alternativa do diálogo. Em sua declaração pública, após o encontro com Dilma, Obama reafirmou a posição norte-americana sobre o assunto.

- O povo da Líbia precisa ser protegido e, na ausência de um fim imediato à violência contra civis, nossa coalizão está preparada para agir, e agir com urgência.