Em reunião no Palácio do Planalto, presidente diz que posição traria inimigos aos EUA
- Ele comentou que quando apoia o pleito de algum país ganha um amigo, mas também adquire outros inimigos. Ele falou isso para explicar como é difícil para os EUA defenderem sua posição publicamente. Durante a declaração à imprensa, Dilma foi enfática ao defender a reforma do conselho e disse que o Brasil está preparado para ocupar uma vaga permanente.
- Não nos move o interesse menor pela ocupação burocrática de espaços da representação, o que nos mobiliza é a certeza de que um mundo mais multilateral produzirá benefícios para a paz e harmonia entre os povos.
No comunicado conjunto dos dois presidentes, eles também manifestaram a necessidade de reforma no Conselho de Segurança para "responder aos desafios do século 21".
- [Os presidentes] expressaram seu apoio a uma expansão limitada do Conselho de Segurança que aprimore suas efetividade e eficiência, bem como sua representatividade. O presidente Obama manifestou seu apreço à aspiração do Brasil de tornar-se membro permanente do conselho.
Brasil e EUA discordam sobre intervenção na Líbia
Mas, ao mesmo tempo em que busca uma reforma no Conselho de Segurança e o apoio dos EUA para sua demanda de ter uma vaga como membro permanente, o Brasil mais uma vez foi em direção diferente da americana na última votação do órgão da ONU.
Nesta quinta-feira (17), o Brasil se absteve na votação da resolução que autorizou uma zona de exclusão aérea sobre a Líbia e "todas as medidas necessárias" para proteger os civis contra as forças do líder líbio Muammar Gaddafi.
No encontro com Obama, Dilma disse que "nem sempre a ação militar é o melhor caminho". Segundo relato do ministro à agência de notícias Reuters, foi a presidente quem tomou a iniciativa de tratar do assunto, reforçando que o Brasil sempre defende a paz em lugar da guerra, e ponderou a alternativa do diálogo. Em sua declaração pública, após o encontro com Dilma, Obama reafirmou a posição norte-americana sobre o assunto.
- O povo da Líbia precisa ser protegido e, na ausência de um fim imediato à violência contra civis, nossa coalizão está preparada para agir, e agir com urgência.
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