domingo, 29 de maio de 2011

Governo divulgará lista de políticos donos de rádios e TVs

O Ministério das Comunicações passará a divulgar em seu site, a partir de segunda-feira, a lista dos donos de concessões de rádio e TV no País - incluindo os 56 deputados e senadores que são sócios ou têm parentes no comando de emissoras. A lista é uma antiga reivindicação de entidades de fiscalização do setor e já havia sido divulgada em 2003, mas foi retirada do ar em seguida por pressão de políticos contrários à divulgação.



Dos 594 parlamentares, 56 são sócios ou têm parentes no comando de emissoras. Desses, 12 são do PMDB, partido que presidiu o País no governo de José Sarney (PMDB-AP), quando houve grande distribuição de concessões em troca de apoio político no Congresso. O DEM vem logo em seguida, com 11 congressistas na lista. O partido era aliado do governo Sarney e comandava o Ministério das Comunicações, que na época era ocupado por Antonio Carlos Magalhães - cuja família controla um grupo de rádio e TV na Bahia. A legislação atual não impede que políticos sejam sócios de rádio ou TV, mas é vedada sua participação em cargos de diretor. A prática enfrenta acusações de uso das emissoras para alavancar candidaturas e prejudicar adversários. O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, recentemente defendeu a proibição de que políticos sejam sócios de emissoras, mas a proibição é considerada politicamente inviável. Procurados, alguns dos parlamentares citados na lista do ministério disseram não ser mais sócios das emissoras, mas que a mudança ainda está em processo.

Em Patos: Batalhão do Corpo de Bombeiros sofre despejo


  O 4º Batalhão do Corpo de Bombeiro Militar em Patos, localizado na Rua do Prado há mais de 10 anos, foi despejado do prédio onde funcionava parte das instalações, nesta quinta-feira(27) e passou a funcionar praticamente no meio da rua. O prédio onde era guardada a maior parte do material foi pedido de volta pelo dono, após o comando não conseguir regularizar a locação que era apenas verbal todos esses anos.


Como o contrato não foi renovado, o dono pediu o prédio de volta para iniciar uma construção e os 90 soldados do Corpo de Bombeiros ficaram numa situação vexatória: estão todos praticamente no meio da rua. Para completar o caos, a garagem onde 11 veículos do CP eram guardados também foi devolvida ao dono.


Agora, o 4º Batalhão funciona apenas num prédio cedido pela Prefeitura de Patos, onde o comando tomou da iniciativa de guardar parte do material que hoje ocupa boa parte da avenida causando imenso transtorno a população.


Um soldado que pediu para não ser identificado, disse que o governo era responsável pelo aluguel e que o comando em Patos fez de tudo para tentar renovar o contrato e depois reformar o prédio, mas o fato não foi atendido pelo Comando Geral.


Segundo ele, foram diversas tentativas por parte do comandante Almir Peixoto que levou ao conhecimento do Comando Geral a situação caótica em que se encontrava o CP de Patos. Desde janeiro o comando já havia tomado ciência, o comandante geral veio a Patos, mas nada fez até hoje.


Os bombeiros afirmaram que já existem cerca de 300 mil reais do Fundo Especial do Corpo de Bombeiros (Funesbom) para construção do novo Batalhão em terreno doado anos atrás, no governo Cássio, pelo empresário Daniel da Coroa. Como até hoje a construção não saiu do papel, o Comando conseguiu regularizar a escrituração do terreno para que este não voltasse aos domínios do antigo dono, como reza a legislação.


Procurado pela reportagem, fomos informados que o comandante Capitão Almir Peixoto se encontra em João Pessoa para comunicar o fato ao Comando Geral e pedir providências urgentes.


Enquanto isso, parte do material se amontoa na Rua do Prado, em frente a sede doada pela Prefeitura e a outra parte divide espaço com os soldados dentro do antigo prédio.


Os Bombeiros garantem que parte dos serviços acabou sendo comprometidos, mas que as atividades não foram totalmente paralisadas, apesar da situação vexatória.

Dilma e Michel Temer conversam para pôr fim a mal-estar com PMDB


 Presidente ressalta importância do partido para o governo

A presidente Dilma Rousseff conversou por telefone com o vice-presidente, Michel Temer, neste sábado (28), para acabar com o mal-estar criado depois que o ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, teve uma discussão com Temer na negociação para votação do Código Florestal na Câmara dos Deputados.

Segundo o relato de um assessor do Palácio do Planalto, que pediu anonimato, a conversa serviu para ressaltar a importância do PMDB para o governo. Os dois também acertaram que o diálogo será retomado na segunda-feira (30) pela manhã, na Base Aérea em Brasília, quando Dilma embarca para o Uruguai.

A conversa entre Temer e Palocci, no começo desta semana, foi classificada pela fonte como tensa e áspera. O ministro teria cobrado do vice-presidente uma postura favorável ao governo do PMDB na Câmara. A mídia chegou a relatar que em dado momento Palocci disse a Temer que os ministros peemedebistas seriam demitidos se o resultado da votação fosse desfavorável ao Palácio do Planalto. A fonte nega, no entanto, que tal ameaça tenha sido feita.

Desagradou ao governo uma emenda ao relatório do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), articulada pelo PMDB, que na avaliação do governo anistia desmatadores.

O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), disse que a presidente considerava a proposta do PMDB "uma vergonha para o Brasil", em discurso durante a votação na Casa.


A mudança no comportamento de Dilma em relação ao PMDB, buscando interlocução com o seu vice e presidente licenciado da legenda, acontece depois de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter se reunido com senadores petistas, com a presidente e com os líderes aliados do Senado em Brasília.

Nas reuniões com Lula, os senadores reclamaram da ausência de articulação política do governo e da falta de interlocução com Dilma.

Nesses encontros, Lula também pediu que a base defenda Palocci das acusações que vem sofrendo da oposição, que tenta criar uma CPI para investigar o aumento patrimonial do ministro e a atuação da sua empresa, a consultoria Projeto. Por isso também, Dilma está se reaproximando do Congresso e já marcou uma reunião com os peemedebistas na próxima semana.