O 4º Batalhão do Corpo de Bombeiro Militar em Patos,
localizado na Rua do Prado há mais de 10 anos, foi despejado do prédio onde
funcionava parte das instalações, nesta quinta-feira(27) e passou a funcionar
praticamente no meio da rua. O prédio onde era guardada a maior parte do
material foi pedido de volta pelo dono, após o comando não conseguir
regularizar a locação que era apenas verbal todos esses anos.
Como o contrato não foi renovado, o dono pediu o prédio de
volta para iniciar uma construção e os 90 soldados do Corpo de Bombeiros ficaram
numa situação vexatória: estão todos praticamente no meio da rua. Para
completar o caos, a garagem onde 11 veículos do CP eram guardados também foi
devolvida ao dono.
Agora, o 4º Batalhão funciona apenas num prédio cedido pela
Prefeitura de Patos, onde o comando tomou da iniciativa de guardar parte do
material que hoje ocupa boa parte da avenida causando imenso transtorno a
população.
Um soldado que pediu para não ser identificado, disse que o
governo era responsável pelo aluguel e que o comando em Patos fez de tudo para
tentar renovar o contrato e depois reformar o prédio, mas o fato não foi
atendido pelo Comando Geral.
Segundo ele, foram diversas tentativas por parte do
comandante Almir Peixoto que levou ao conhecimento do Comando Geral a situação
caótica em que se encontrava o CP de Patos. Desde janeiro o comando já havia
tomado ciência, o comandante geral veio a Patos, mas nada fez até hoje.
Os bombeiros afirmaram que já existem cerca de 300 mil reais
do Fundo Especial do Corpo de Bombeiros (Funesbom) para construção do novo
Batalhão em terreno doado anos atrás, no governo Cássio, pelo empresário Daniel
da Coroa. Como até hoje a construção não saiu do papel, o Comando conseguiu
regularizar a escrituração do terreno para que este não voltasse aos domínios
do antigo dono, como reza a legislação.
Procurado pela reportagem, fomos informados que o comandante
Capitão Almir Peixoto se encontra em João Pessoa para comunicar o fato ao Comando
Geral e pedir providências urgentes.
Enquanto isso, parte do material se amontoa na Rua do Prado,
em frente a sede doada pela Prefeitura e a outra parte divide espaço com os
soldados dentro do antigo prédio.
Os Bombeiros garantem que parte dos serviços acabou sendo
comprometidos, mas que as atividades não foram totalmente paralisadas, apesar
da situação vexatória.
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