terça-feira, 20 de setembro de 2011

“Não posso me nivelar a quem tem as mão sujas”, diz Agra sobre decisão do MP


 Prefeito diz MPPB não deve agir sobre a pressão 

O prefeito de João Pessoa declarou nesta terça-feira (20) que o Ministério Público não pode agir pela “pressão” daqueles que tentam nivelá-lo com as pessoas que respondem por “crimes de responsabilidade”, formação de quadrilha, e que “denigrem o papel do representante político”. 

A resposta do Socialista veio e desabafo sobre a decisão do Ministério Público que pediu a nulidade do processo de desapropriação de terreno da Fazenda Cuiá, no Valentina de Figueiredo. 

Durante entrevista ao Correio Debate, da Correio Sat, Luciano Agra questionou o fato do Ministério Público só ter se posicionado agora, visto que o processo para adquirir a área para construção de um parque já faz mais de um ano. 

Ele também alega que a prefeitura não ouviu os secretários municipais foram sobre o assunto. 

Para o prefeito, o MP não pode se deixar influenciar pela mentalidade daqueles que torcem pelo “quanto pior melhor”.

MaisPB

Dilma se reúne com presidente do México


Presidente brasileira cumpre intensa agenda de atividades em Nova York


Dilma, que está nos EUA desde o fim de semana, discursa na abertura da Assembleia Geral da ONU nesta quarta-feira
Dilma, que está nos EUA desde o fim de semana, discursa na abertura da Assembleia Geral da ONU nesta quarta-feira

Ministro diz que saúde precisa de R$ 45 bilhões


Padilha participou de debate na Câmara sobre votação que pode aumentar verba do setor
  
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse nesta terça-feira (20) que a saúde no Brasil precisa de mais R$ 45 bilhões para “não ficar atrás do Chile e da Argentina”.

O político participa de um debate na Câmara dos Deputados em que a Emenda 29 e um possível imposto para financiar a saúde são os temas principais.

O ministro disse que o Brasil vive “novos desafios” e destacou a necessidade de reorganizar o SUS (Sistema Único de Saúde).

Ele lembrou que a Emenda 29 está em vigor desde 2000 e que, a partir de então, a Constituição passou a definir os percentuais mínimos que a União (variável), os Estados (12%) e municípios (15%) devem investir na saúde. O que falta agora é sua regulamentação, feita por projeto de lei.

- O governo cumpre a Emenda 29 desde o governo Lula, mas existem novo desafios e, se não quisermos ficar atrás de vizinhos como Chile e Argentina, precisamos de mais R$ 45 bilhões para a saúde.

Prefeito Luciano Agra assina PAC II nesta quarta com investimento de R$ 193 milhões para obras em João Pessoa


Prefeitura Municipal de João Pessoa faz obra em parceria com o Governo Federal 
Quarenta e oito milhões de reais para a infraestrutura urbana e equipamentos comunitários da comunidade São José. Este é o valor da assinatura para a realização do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC - II), que acontece nesta quarta-feira (21), às 10h, no auditório da PBTUR, em Tambaú. Este valor é referente a primeira etapa de uma obra prevista para ter R$ 193 milhões em investimentos que a Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP) faz em parceria com o Governo Federal. Ainda na manhã desta quarta-feira, será assinada a Ata de Adesão ao Programa Minha Casa, Minha Vida, com a Caixa Econômica Federal.

A primeira etapa consta de terraplenagem, construção de redes de água, esgoto e drenagem pluvial, com redefinição e construção de nova rede viária, pavimentação e equipamentos comunitários, além de revitalização do Rio Jaguaribe. Haverá ainda a construção de 2.961 moradias, na segunda etapa.

De acordo com a secretária adjunta de Planejamento, Amélia Panet, as obras na comunidade São José fazem parte de uma macro-intervenção ao longo do Rio Jaguaribe. "São três áreas previstas ao longo do Rio: o Alto Jaguaribe, que está em execução; o médio Jaguaribe, que é um projeto ainda em desenvolvimento; e o baixo Jaguaribe, que é o São José e as comunidades Chatuba I, II e III, com obras em execução. As obras da Comunidade São José estão divididas em duas etapas: Infraestrutura urbana e equipamentos comunitários e habitação”, explicou.

O coordenador executivo do PAC em João Pessoa, Glauco Rogério Cavalcanti de Oliveira, explicou que depois de assinado o PAC II pelo prefeito de João Pessoa, Luciano Agra, vai ser aberta a licitação para as obras de infraestrutura e equipamentos comunitários. "Essa etapa de licitação deve ser vencida até o final do ano. Queremos dar esse presente de natal para os moradores do São José. As obras devem começar no primeiro semestre de 2012”, disse.

Habitação - A Ata de Adesão ao Programa Minha Casa, Minha Vida, com a Caixa Econômica Federal, é uma das etapas burocráticas para conseguir o investimento de R$ 145 milhões para a construção das habitações da comunidade. "Esperamos que essa etapa seja resolvida até o final do ano, mas ainda estamos em estudo junto à Caixa”, explicou Glauco Rogério Cavalcanti de Oliveira, coordenador executivo do PAC em João Pessoa.

Para habitação serão construídas novas unidades habitacionais, com regulamentação fundiária. Serão seis tipos de edificações com 40m², 46,24m² e 48,10m². Serão casas individuais e edificações com duas, quatro, oito ou vinte e quatro moradias. No total, são 2.961 unidades habitacionais construídas na comunidade São José, além dos equipamentos comunitários para o benefício de toda a população.

Amélia Panet explicou que serão diferentes tipos de habitação por causa das características da área. "A área tem diferentes características físicas do terreno, tanto morfológicas quanto do solo”, disse.

Equipamento Comunitário - Serão seis praças ao longo da comunidade. Elas foram projetadas visando a prática esportiva e como equipamentos para cultura e lazer, proporcionando assim melhor qualidade de vida.

Para as práticas esportivas, as praças terão quadras poliesportivas, quadras de areia, equipamentos de ginástica, ATI (academia da terceira idade), streetball e mesas de jogos. Para atividades culturais haverá anfiteatro ao ar livre, com arquibancadas e palco. E para as atividades infantis: playgrounds (balanços, gangorras, escorregos e barras).

A comunidade terá ainda uma escola padrão com salas de aula, cozinha, biblioteca, auditório, banheiros, refeitório, área de administração, depósito e pátio coberto. Haverá ainda uma quadra coberta com circulação, arquibancada, depósito, vestiário e quadra poliesportiva.

Mobilidade - Para a mobilidade, além da terraplanagem, pavimentação e construção de nova rede viária (que serão contempladas na primeira etapa do projeto), haverá ainda a construção de três pontes ao longo da comunidade.

Parte Social - A PMJP, ao longo de todo o processo de obras no baixo Jaguaribe fará o cadastro, acompanhamento, suporte e apoio das famílias, ao longo de toda retirada e relocação da população na área de intervenção, incluindo, inclusive, reeducação socioambiental e desenvolvimento de políticas para geração de trabalho e renda
  
Situação sócio-econômica encontrada na Comunidade São José
  
-Famílias em situação de elevado risco social econômico e ambiental, em área de extrema vulnerabilidade;

 -Baixo nível de escolaridade;
  
-Área com razoável nível de cobertura de abastecimento de água e quase desprovida de rede de esgotamento sanitário, drenagem urbana e resíduos sólidos.


Os objetivos do PAC II para o Rio Jaguaribe são:

-Revitalizar o Rio Jaguaribe;


- Desassoriar a calha do rio e recuperar as áreas degradadas;
  
-Retirar e relocar famílias que moram em áreas de risco;

 -Criar setores contíguos em ocupações verticalizadas;

 -Implantar infra-estrutura básica (drenagem, redes de água e esgotamento sanitário, urbanização e pavimentação);
  
-Criar equipamentos sociais e de serviços.

    
Secom JP 

Tião Gomes insiste em CPI do Trauma para todos os governos e avisa: já tem 12 assinaturas


O deputado estadual Tião Gomes(PSL) comentou nesta terça (20), em entrevista ao Rede Verdade da TV Arapuan, que a CPI para investigação do Trauma já conta com as 12 assinaturas necessárias e que falta apenas uma determinação da mesa da AL para sua aprovação.
Gomes garantiu que ela será instalada o mais breve possível. Ele ainda alfinetou a oposição afirmando que os deputados não têm outro argumento a não ser a questão do Trauma e da permuta de terrenos em Mangabeira.
O deputado garantiu que na terça (13) os parlamentares visitaram o Trauma e que tentaram levar os oposicionistas para ver a situação. “O Trauma está bem, quem foi lá viu... A oposição na Assembleia Legislativa perdeu o rumo”, alfineta.
Gomes comentou que a CPI proposta vem mostrar à Paraíba o que aconteceu no Trauma e como ele está hoje. O deputado elogia o governo de Ricardo Coutinho (PSB), afirmando que o hospital hoje é diferente do que foi pego. Ele comentou das diversas denúncias que existem no Trauma que vem de governos anteriores.
“Queremos mostrar à Paraíba quem tem culpa, o governo Ricardo não tem medo da CPI”, assegura.
O deputado destaca algumas denúncias recebidas da administração anterior, como o desvio de milhões de reais para a compra de medicamentos, deputados ligados à José Maranhão (PMDB) tinham leitos reservados para eleitores e de médicos que recebiam mais de R$ 60 mil.
“A CPI vai apurar essas denúncias e vai ter deputados da oposição e do governo”, explica. O deputado garantiu que existem ainda denúncias em dezembro de que foram comprados R$ 2,7 milhões de medicamentos e em janeiro o governador não encontrou um medicamento; denúncias de médicos que tiravam equipamentos de última geração para fazer operações particulares. Gomes comentou, inclusive, a denúncia de que furadeiras domésticas estariam sendo utilizadas em cirurgias já no governo de Coutinho.
“Tudo o que acontece com o Trauma agora já acontecia há muito tempo”, ressalta. O deputado comentou a manifestação dos médicos que atuam no Trauma aconteceria porque foram quebrados os privilégios dessa classe “viviam engordando seus salários dentro do Trauma”.
A respeito da denúncia da furadeira, Gomes afirmou que a utilização do equipamento foi feita de forma deliberada para que fosse filmado e exibido na mídia. “Essa questão da furadeira é uma falta de ética sem tamanho... é uma infantilidade”, reclama.
O deputado explicou ainda que a CPI propõe investigar todo o governo Ricardo Coutinho, como também o governo anterior à Maranhão. Ele denunciou que os deputados Anísio Maia (PT) e Gervázio Maia (PMDB) não assinam a CPI porque tem medo “e sabem muito bem o que fizeram no trauma”, bate.

Marília Domingues

Estado e prefeitura promovem ações socioeducativas na Praça Dom Adauto


Fonte: Secom/PBTexto:
A Secretaria de Estado da Mulher e da Diversidade Humana, em parceria com a Prefeitura Municipal de João Pessoa e o movimento organizado LGBT da Paraíba, elaborou um Plano de Ação Socioeducativo direcionado para jovens e adolescentes de diversas “tribos”, incluindo lésbicas, gays, travestis e transexuais que frequentam a Praça Dom Adauto, no Centro da Capital.

As atividades vão acontecer todas as quartas-feiras, garantindo um espaço de socialização para a diversidade de jovens e adolescentes, além de promover ações culturais e sócioeducativas que tratem de temas como prevenção às DST/Aids e hepatites virais, redução de danos para usuários de drogas ilícitas e enfrentamento ao uso de drogas e consumo de álcool por menores. A ação prevê ainda medidas clínico-assistenciais e de intervenção policial qualificada para o enfrentamento ao tráfico de drogas.

Salários e professores


José Dirceu
* Ex-ministro da Casa Civil
Não é novidade que os governos do PSDB sempre enfrentam dificuldades no relacionamento com os movimentos sociais e com o funcionalismo.

Em São Paulo, o ex-governador José Serra chegou ao cúmulo de colocar a Polícia Militar para conter, com violência, as manifestações da Polícia Civil por melhores condições de trabalho. O mesmo foi feito com outras categorias.

Julio Rafael afirma ser simpático ao apoio do PT à candidatura de Agra


O petista Júlio Rafael comentou a atual situação do seu partido em relação à preparação para o pleito eleitoral de 2012. Em entrevista à Rádio Paraíba FM ele revelou ser simpático a uma aliança entre o PT de João Pessoa e o PSB, apoiando a reeleição de Luciano Agra.

- Sou muito simpático a renovar o apoio a candidatura de Luciano Agra – disse.

Ele falou que se não houver uma união em torno de uma opção, deverá ocorrer disputa no voto para a escolha do futuro do partido na capital.

- Vamos ver quais as tese que se apresentam e decidir no voto – afirmou.

Júlio defendeu que todos os filiados que possuem cargo de confiança, assessoria ou outro do gênero e pretendam disputar as eleições de 2012 devem deixar essas funções.

Ministro de Cuba diz que país quer comprar calçados paraibanos


O ministro do Comércio Exterior e Investimentos Estrangeiros de Cuba, Rodrigo Malmierca Diáz, afirmou que seu Governo está de braços abertos para estabelecer relações comercias que beneficiem Cuba e o Brasil. Particularmente em relação à Paraíba, o ministro disse que Cuba tem interesse em estimular a compra de calçados paraibanos para abastecer o mercado interno, que tem grande demanda.

Na tarde de ontem, o ministro Rodrigo Malmierca recebeu o governador Ricardo Coutinho e a delegação paraibana que se encontra em Cuba com objetivo de conhecer as oportunidades do país e iniciar relações comerciais com o país caribenho. O governador Ricardo Coutinho avaliou o encontro como um começo para estreitar as relações entre a Paraíba e Cuba.
 
“Estamos aprendendo sobre Cuba e plantando sementes para colhermos em forma de desenvolvimento lá na frente. Existem muitas semelhanças no povo, na música, na cultura, no clima, e espero que esse seja um bom começo de uma relação duradoura, efetiva e boa tanto para Cuba como para a Paraíba”, destacou Ricardo.    
 
O interesse de Cuba nos calçados paraibanos animou os empresários do setor calçadista que integram a missão comercial Paraíba-Cuba, João Bosco Florêncio (Jotabê Indústria e Comércio de Calçados), Airton Figueirêdo (Indústria e Comércio de Calçados Jusceman), Eduardo Almeida Souto (Calçados Hawaí) e José Saad Filho (Samara Calçados Infantis).

Somente duas empresas brasileiras, uma delas as sandálias Havaianas, localizada na Paraíba, distribuem calçados para Cuba. De acordo com o ministro do Comércio Exterior, este é um grande momento para estreitar as relações entre Cuba e o Brasil, tanto pela atualização do sistema econômico como pelo crescimento da indústria de Cuba, e também pelas características similares com o Nordeste brasileiro.

Ele citou a necessidade de modernização para o melhor aproveitamento do setor sucroalcooleiro e tomou conhecimento que a Paraíba possui tecnologias nesse setor. Malmierca destacou o desenvolvimento da indústria farmacêutica de Cuba e a intensificação da transferência de tecnologia na área de saúde para o Brasil como, por exemplo, a medicação contra o pé-diabético. “Estaremos recebendo esta semana o ministro da Saúde do Brasil, Alexandre Padilha, e vamos construir uma parceria na área de saúde que beneficie os dois países”, ressaltou Malmierca.

Saúde – O governador Ricardo Coutinho demonstrou interesse na compra de medicamentos desenvolvidos pelo Centro de Biotecnologia de Cuba para tratamento de pé-diabético e câncer do pulmão. Ele destacou que as duas doenças registram grande incidência na Paraíba e a contrapartida desse investimento seria importante na redução do número de amputações e no tempo do tratamento do câncer de pulmão.
 
Turismo – Ricardo também defendeu o aumento do número de vôos diretos do Brasil para Cuba para estimular o turismo e as oportunidades entre os dois países. O ministro Rodrigo Malmierca destacou o crescimento do turismo em Cuba que este ano recebeu mais de 2 milhões de visitantes devido à boa infraestrutura de hotéis. Disse, entretanto, que é necessário aumentar o fluxo de turistas brasileiros com a inclusão de novos vôos diretos entre os dois países. 

Expectativa - O empresário Airton Figueiredo, da indústria de calçados Jusceman, vê como uma possibilidade concreta da empresa voltar a fornecer calçados para Cuba. Os fatores culturais e a grande demanda de calçados no país justificam essa confiança no retorno dos negócios. Ele informou que sua empresa já exportou para Cuba, mas acabou deixando devido à queda do Real na época.

“Com a missão comercial estamos fazendo essa prospecção para retomar as vendas e distribuir aqui nossas linhas de calçados, além de ajudar outros empresários a seguirem o mesmo caminho. Estamos retomando contatos com os importadores cubanos e a perspectiva é muito boa”, explicou Airton Figueiredo.

O prefeito de Sousa e empresário Fábio Tayrone destacou que existe uma perspectiva de entrada de empresas paraibanas em Cuba e um mercado aberto para artigos produzidos na Paraíba como calçados, papel, tecnologias do setor sucroalcooleiro e na própria logística de distribuição de alimentos que é precária na ilha.

“A Paraíba ensaia essa parceria de maneira inédita com o próprio governador comandando uma delegação abrindo as portas dos ministérios e embaixada para que os empresários possam identificar as potencialidades de intercâmbio nas áreas de saúde, educação, agricultura e turismo”, completou.

Waldson acusa Aníbal de se beneficiar com Hospital de Trauma


O secretário de saúde do Estado da Paraíba, Waldson de Souza, afirmou que o deputado estadual Aníbal Marcolino (PSL), que faz oposição ferrenha ao governo de Ricardo Coutinho (PSB), teria, no passado, se beneficiado ilicitamente do Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, em João Pessoa. 

- Ali [no Trauma] não tem nada para esconder, não. Ali, eles [a oposição] sabem tudo que acontece. Mas, as benesses do período em que ele [Aníbal Marcolino] esteve lá foram cortadas, isso aí ficou claro e ele insiste em um debate, um debate mentiroso de que a saúde está um caos. Que caos? Ali o investimento é imenso. Dizer que ali é um caos é uma mentira e a oposição terá a resposta e a resposta vem do povo, pois o serviço trará melhorias significativas.

Não é o fim do mundo, mas Marx estava certo: o processo de destruição é criativo


Não importa a sua idade, a perspectiva que a maioria das pessoas enfrenta é de uma vida de insegurança



V de Vitória: quem venceu foi o bom e velho Marx
Como efeito colateral da crise financeira, até as pessoas mais inusitadas estão começando a pensar que Karl Marx estava certo. O grande filósofo, economista e revolucionário alemão do século 19 acreditava que o capitalismo era radicalmente instável.

Ele tem uma tendência intrínseca de produzir avanços e fracassos cada vez maiores, e no longo prazo, ele estava destinado a se autodestruir.

Marx saudava a autodestruição do capitalismo. Ele era confiante que uma revolução popular ocorreria e daria origem um sistema comunista que seria mais produtivo e muito mais humano.

Marx estava errado sobre o comunismo. Aquilo sobre o que ele estava profeticamente certo era a sua compreensão da revolução do capitalismo. Não era somente a instabilidade endêmica do capitalismo que ele compreendia, embora neste sentido ele fosse muito mais perspicaz do que a maioria dos economistas da sua época e da nossa.


Mais profundamente, Marx compreendeu como o capitalismo destrói a sua própria base social - o meio de vida da classe média. A terminologia marxista de burguês e proletário tem um tom arcaico.

Mas quando ele argumentava que o capitalismo iria arrastar as classes médias a algo parecido com a existência precária dos sobrecarregados trabalhadores de sua época, Marx previu uma mudança na maneira como vivemos à qual só agora estamos lutando para nos adaptarmos.

Ele via o capitalismo como o sistema econômico mais revolucionário da história, e não pode haver dúvida de que ele se diferencia daqueles que vieram antes dele.

Os caçadores e coletores persistiram nesta forma de vida por milhares de anos, enquanto as culturas escravagistas permaneceram assim por quase o mesmo tempo, e as sociedades feudais sobreviveram por muitos séculos. Em contraste, o capitalismo transforma tudo que ele toca.

Não são só as marcas que estão mudando constantemente. As empresas e as indústrias são criadas e destruídas em um fluxo incessante de inovação, enquanto as relações humanas são dissolvidas e reinventadas em novas formas.

O capitalismo foi descrito como um processo de destruição criativa, e ninguém pode negar que ele foi prodigiosamente produtivo. Praticamente qualquer um que esteja vivo na Grã-Bretanha hoje tem uma renda real maior do que eles teriam se o capitalismo nunca tivesse existido.

Retorno negativo

O problema é que entre as coisas que foram destruídas no processo está o estilo de vida do qual o capitalismo dependia no passado.

Defensores do capitalismo argumentam que ele oferece a todos os benefícios que, na época de Marx, eram desfrutados somente pela burguesia, a classe média estabelecida que possuía capital e tinha um razoável nível de segurança e liberdade em suas vidas.

No capitalismo do século 19, a maioria das pessoas não tinha nada. Elas viviam de vender o seu trabalho, e quando os mercados entravam em queda, eles enfrentavam tempos difíceis. Mas à medida que o capitalismo evolui, seus defensores dizem, um número crescente de pessoas pode se beneficiar dele.

Carreiras bem-sucedidas não serão mais a prerrogativa de uns poucos. As pessoas não terão dificuldades todo mês para subsistir com base em um salário inseguro. Protegidos pelas economias, pela casa que possume e uma pensão decente, eles serão capazes de planejar suas vidas sem medo.

Com o crescimento da democracia e a distribuição da riqueza, ninguém precisará ser privado da vida burguesa. Todo mundo poderá ser da classe média.

Na verdade, na Grã-Bretanha, nos EUA e em muitos outros países desenvolvidos nos últimos 20 ou 30 anos, o contrário vem ocorrendo. A segurança do emprego não existe, as atividades e as profissões do passado em grande parte acabaram e as carreiras que duram uma vida inteira são meramente lembranças.


Se as pessoas têm qualquer riqueza, isto está nas suas casas, mas os preços dos imóveis nem sempre crescem. Quando o crédito fica restrito como agora, eles podem ficar estagnados por anos. Uma minoria cada vez menor pode contar com uma pensão com a qual pode viver confortavelmente, e não são muitos os que tem economias significativas.

Mais e mais pessoas vivem um dia de cada vez, com pouca noção do que o futuro pode reservar. AS pessoas da classe média costumavam imaginar as suas vidas desdobradas em uma progressão ordenada. Mas não é mais possível olhar para uma vida como uma sucessão de estágios em que cada um é um passo dado a partir do último.


No processo da destruição criativa, a escada foi afastada, e para um número cada vez maior de pessoas, uma existência de classe média não é mais sequer uma aspiração.

Assumindo riscos

Enquanto o capitalismo avançava, ele devolveu as pessoas a uma nova versão da existência precária do proletariado de Marx. As nossas rendas são muito maiores, e em algum grau nós estamos protegidos contra os choques por aquilo que resta do Estado de bem-estar social do pós-guerra.

Mas nós temos muito pouco controle efetivo sobre o curso das nossas vidas, e a incerteza na qual vivemos está sendo piorada pelas políticas voltadas para lidar com a crise financeira.

As taxas de juros a zero em meio a preços crescentes querem dizer que as pessoas estão tendo um retorno negativo de seu dinheiro, e ao longo do tempo o seu capital está se erodindo.

A situação de muitas das pessoas mais jovens é ainda pior. Para adquirir os talentos de que precisa, a pessoa tem de se endividar. Já que em algum ponto será necessário se reciclar, é preciso tentar economizar, mas se a pessoa está endividada desde o começo, esta é a última coisa que ela poderá fazer.

Não importa a sua idade, a perspectiva que a maioria das pessoas enfrenta é de uma vida de insegurança.

Ao mesmo tempo em que privou as pessoas da segurança da vida burguesa, o capitalismo criou o tipo de pessoa que vive a obsoleta vida burguesa. Nos anos 80, havia muita conversa sobre valores vitorianos, e propagandistas do livre mercado costumavam argumentar que ele traria de volta para nós os íntegros valores de outrora.

Para muitos, as mulheres e os pobres, por exemplo, estes valores vitorianos podem ser bastante ilógicos em seus efeitos. Mas o fato mais importante é que o livre mercado funciona para corroer as virtudes que mantêm a vida burguesa.

Quando as economias estão se perdendo, ser econômico pode ser o caminho para a ruína. É a pessoa que toma pesados empréstimos e não tem medo de declarar a insolvência que sobrevive e consegue prosperar.

Quando o mercado de trabalho está altamente volátil, não são aqueles que se mantém obedientemente fiéis a sua tarefa que são bem-sucedidos, e sim as pessoas que estão sempre prontas para tentar algo novo e que parece mais promissor.

Em uma sociedade que está sendo continuamente transformada pelas forças do mercado, os valores tradicionais são disfuncionais, e qualquer um que tentar viver com base neles está arriscado a acabar no ferro-velho.

Vasta riqueza

Olhando para um futuro no qual o mercado permeia cada canto da vida, Marx escreveu no 'Manifesto Comunista': "Tudo que é sólido se desmancha no ar". Para alguém que vivia na Grã-Bretanha no início do período vitoriano - o Manifesto foi publicado em 1848 -, isto era uma observação incrivelmente perspicaz.

Naquela época, nada parecia mais sólido que a sociedade às margens daquela em que Marx vivia. Um século e meio depois, nos encontramos no mundo que ele previu, onde a vida de todo mundo é experimental e provisória, e a ruína súbita pode ocorrer a qualquer momento.

Uns poucos acumularam uma vasta riqueza, mas mesmo isso tem uma característica evanescente, quase espectral. Na época vitoriana, os muito ricos podiam relaxar, desde que eles fossem conservadores com a maneira como eles investiam seu dinheiro. Quando os heróis dos romances de Dickens finalmente recebem sua herança, eles nunca mais fazem nada na vida.

Hoje, não existe o porto seguro. As rotações do mercado são tais que ninguém pode saber o que terá valor dentro de alguns anos.


Este estado de inquietação perpétua é a revolução permanente do capitalismo, e eu acho que ele vai ficar conosco em qualquer futuro que seja realisticamente imaginável. Nós estamos apenas no meio do caminho de uma crise financeira que ainda deixará muitas coisas de cabeça para baixo.

As moedas e os governos provavelmente ficarão de ponta-cabeça, junto de partes do sistema financeiro que nós acreditávamos estar a salvo. Os riscos que ameaçavam congelar a economia mundial apenas três anos atrás não foram enfrentados. Eles foram simplesmente deslocados para os Estados.

Não importa o que políticos nos digam sobre a necessidade de controlar o déficit. Dívidas do tamanho das que foram contraídas não podem ser pagas. Elas quase que certamente serão infladas - um processo que está destinado a ser doloroso e empobrecedor para muitos.

O resultado só pode ser mais revoltas, em uma escala ainda maior. Mas isto não será o fim do mundo, ou mesmo do capitalismo. Aconteça o que acontecer, nós ainda teremos que aprender a viver com a energia mercurial que o mercado emitiu.

O capitalismo levou a uma revolução, mas não a que Marx esperava. O feroz pensador alemão odiava a vida burguesa e queria que o comunismo a destruísse. E assim como ele previu, o mundo burguês foi destruído.

Mas não foi o comunismo que conseguiu esta proeza. Foi o capitalismo que eliminou a burguesia.

Chegou a hora: Intelectuais e artistas lançam manifesto pela Comissão da Verdade


Para enfrentar a resistência de setores reacionários e que sentem saudades da ditadura, um grupo de intelectuais encabeçado por Leonardo Boff, Emir Sader, Marilena Chauí e Fernando Morais lança um manifesto em apoio à criação da Comissão.



É hora de encarar de frente a história do Brasil
A Câmara dos Deputados deve votar no dia 21 de setembro o projeto que cria a Comissão da Verdade, encarregada de trazer à público as violações de direitos humanos cometidas durante o período da ditadura militar. A criação da Comissão enfrenta forte resistência de setores simpáticos e saudosistas da ditadura. Para ajudar a contrapor essa resistência, um grupo de intelectuais encabeçado por Leonardo Boff, Emir Sader, Marilena Chauí e Fernando Morais está lançando um manifesto de artistas e intelectuais em apoio à Comissão da Verdade.


O texto do manifesto afirma:

Menores fizeram sexo com soldados da ONU em troca de comida, informa Wikileaks


Menores faziam sexo com soldados das forças da paz em troca de alimentação ou hospedagem. Muitas engravidaram e nenhuma recebeu acompanhamento


Oito em cada 10 meninas da cidade de Toulepleu, na Costa do Marfim, entrevistadas por funcionários da ONU (Organização das Nações Unidas), revelaram ter feito sexo em troca de comida com soldados ligados à missão de paz no país. A preocupante revelação aparece em um despacho de janeiro de 2010 divulgado pelo Wikileaks
 
Toulepelu é palco de conflitos étnicos há mais de dez anos. Segundo dados da Cruz Vermelha, a população na cidade teria diminuído de cerca de 40 mil habitantes para três mil após o início dos conflitos.


Na ONU, Dilma defende união para tirar as mulheres da pobreza extrema


Presidente falou em NY durante reunião sobre a participação feminina na política
 

Dilma ao lado da secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, em reunião da ONU sobre políticas para as mulheres


A presidente Dilma Rousseff destacou, nesta segunda-feira (19), a necessidade de implantar ações voltadas para ajudar as mulheres a crescerem profissionalmente e a saírem da pobreza extrema. Em seu segundo discurso durante encontro da ONU (Organização das Nações Unidas), realizado em Nova York, Dilma também cobrou medidas contra a violência doméstica.

- A questão de gênero é hoje prioridade da agenda internacional. Apesar de alguns avanços notáveis, a desigualdade permanece. Em pleno século 21, são as mulheres as que mais sofrem com a pobreza extrema, o analfabetismo, as falhas dos sistemas de saúde, os conflitos e a violência sexual.

O discurso ocorreu durante o Colóquio de Alto Nível sobre Participação Política de Mulheres, nas Nações Unidas, do qual participaram também a secretário de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton; a ex-presidente chilena Michelle Bachelet, diretora-geral da entidade das Nações Unidades para a Igualdade de Gênero; e a primeira-ministra de Trinidad e Tobago, Kamla Persad-Bissessar.

Senadora defende taxação de fortunas para financiar a saúde


Para Vanessa Grazziotin, quem tem mais precisa contribuir para melhorar serviço
  

 Vanessa Grazziotin
A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) defendeu nesta segunda-feira (19) a criação de um imposto sobre grandes fortunas como forma de arrecadar mais recursos para a área da saúde.


Segundo a senadora, o Congresso poderia aproveitar o momento atual, em que se discute a regulamentação da Emenda 29, e aprovar o imposto sobre grandes fortunas, para que aqueles que têm um patrimônio elevado possam contribuir com mais, favorecendo a parcela pobre da população.

- Precisamos enfrentar o debate sobre fontes de financiamento exclusivo para a saúde. Nesse aspecto, a bancada do meu partido, o PCdoB, tem debatido com muito entusiasmo a taxação a grandes fortunas, para que, através disso, possamos conseguir uma fonte permanente para financiamento da saúde.