Presidente falou em NY durante reunião sobre a participação
feminina na política
Dilma ao lado da secretária de Estado dos EUA, Hillary
Clinton, em reunião da ONU sobre políticas para as mulheres
A presidente Dilma Rousseff destacou, nesta segunda-feira
(19), a necessidade de implantar ações voltadas para ajudar as mulheres a
crescerem profissionalmente e a saírem da pobreza extrema. Em seu segundo
discurso durante encontro da ONU (Organização das Nações Unidas), realizado em
Nova York, Dilma também cobrou medidas contra a violência doméstica.
- A questão de gênero é hoje prioridade da agenda
internacional. Apesar de alguns avanços notáveis, a desigualdade permanece. Em
pleno século 21, são as mulheres as que mais sofrem com a pobreza extrema, o
analfabetismo, as falhas dos sistemas de saúde, os conflitos e a violência
sexual.
O discurso ocorreu durante o Colóquio de Alto Nível sobre
Participação Política de Mulheres, nas Nações Unidas, do qual participaram
também a secretário de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton; a
ex-presidente chilena Michelle Bachelet, diretora-geral da entidade das Nações
Unidades para a Igualdade de Gênero; e a primeira-ministra de Trinidad e
Tobago, Kamla Persad-Bissessar.
No encontro, Dilma lembrou ainda que foi a primeira mulher a
ser eleita presidente da República, mas destacou a baixa participação feminina
na política brasileira.
- Fui eleita a primeira mulher presidenta do Brasil 121 anos
depois da Proclamação da República e 78 anos depois da conquista do voto
feminino. Somos 52% dos eleitores, mas apenas 10% do Congresso Nacional. Tenho
me esforçado para ampliar a contribuição feminina nos espaços decisórios – dez
Ministérios do meu governo são comandados por mulheres.
Dilma também pediu união dos países para combater a
violência contra a mulher, e citou a Lei Maria da Penha, criada há cinco anos,
como um dos exemplos de sucesso do Brasil para combater esse problema.
- As mulheres estão sujeitas à violência em tempos de paz,
muitas vezes sofridas em suas próprias casas. Para combater esse mal, o Brasil
criou delegacias especializadas e uma central de atendimento à mulher, bem como
estabeleceu legislação especial de prevenção e punição das agressões feitas às
mulheres, denominada Lei Maria da Penha, reconhecida hoje em todo o mundo.
Pela manhã, a presidente já havia falado durante na ONU
sobre saúde pública, quando exaltou que a saúde da mulher é uma das prioridades
do governo brasileiro. Na próxima quarta-feira (21), Dilma será a primeira
mulher a fazer o discurso de abertura da Assembleia Geral da ONU. De acordo com
ela, a mensagem passada deve ser a de esperança.
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