terça-feira, 20 de setembro de 2011

Na ONU, Dilma defende união para tirar as mulheres da pobreza extrema


Presidente falou em NY durante reunião sobre a participação feminina na política
 

Dilma ao lado da secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, em reunião da ONU sobre políticas para as mulheres


A presidente Dilma Rousseff destacou, nesta segunda-feira (19), a necessidade de implantar ações voltadas para ajudar as mulheres a crescerem profissionalmente e a saírem da pobreza extrema. Em seu segundo discurso durante encontro da ONU (Organização das Nações Unidas), realizado em Nova York, Dilma também cobrou medidas contra a violência doméstica.

- A questão de gênero é hoje prioridade da agenda internacional. Apesar de alguns avanços notáveis, a desigualdade permanece. Em pleno século 21, são as mulheres as que mais sofrem com a pobreza extrema, o analfabetismo, as falhas dos sistemas de saúde, os conflitos e a violência sexual.

O discurso ocorreu durante o Colóquio de Alto Nível sobre Participação Política de Mulheres, nas Nações Unidas, do qual participaram também a secretário de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton; a ex-presidente chilena Michelle Bachelet, diretora-geral da entidade das Nações Unidades para a Igualdade de Gênero; e a primeira-ministra de Trinidad e Tobago, Kamla Persad-Bissessar.


No encontro, Dilma lembrou ainda que foi a primeira mulher a ser eleita presidente da República, mas destacou a baixa participação feminina na política brasileira.

- Fui eleita a primeira mulher presidenta do Brasil 121 anos depois da Proclamação da República e 78 anos depois da conquista do voto feminino. Somos 52% dos eleitores, mas apenas 10% do Congresso Nacional. Tenho me esforçado para ampliar a contribuição feminina nos espaços decisórios – dez Ministérios do meu governo são comandados por mulheres.

Dilma também pediu união dos países para combater a violência contra a mulher, e citou a Lei Maria da Penha, criada há cinco anos, como um dos exemplos de sucesso do Brasil para combater esse problema.

- As mulheres estão sujeitas à violência em tempos de paz, muitas vezes sofridas em suas próprias casas. Para combater esse mal, o Brasil criou delegacias especializadas e uma central de atendimento à mulher, bem como estabeleceu legislação especial de prevenção e punição das agressões feitas às mulheres, denominada Lei Maria da Penha, reconhecida hoje em todo o mundo.

Pela manhã, a presidente já havia falado durante na ONU sobre saúde pública, quando exaltou que a saúde da mulher é uma das prioridades do governo brasileiro. Na próxima quarta-feira (21), Dilma será a primeira mulher a fazer o discurso de abertura da Assembleia Geral da ONU. De acordo com ela, a mensagem passada deve ser a de esperança.

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