Brasília – O ministro das Relações Exteriores, Antonio
Patriota, está hoje (11) em
Porto Príncipe , no Haiti. O objetivo é ampliar a ajuda
brasileira no processo de reconstrução do país, que foi devastado pelo
terremoto de 12 de janeiro de 2010, por meio da cooperação técnica e da
assistência humanitária. O Brasil é um dos mais ativos na Missão das Nações
Unidas para a Estabilização no Haiti (Minustah) – que é formada por cerca de 12
mil homens de várias nacionalidades.
Patriota tem reuniões com o presidente do país, Michel
Martelly, e o representante especial do secretário-geral das Nações Unidas no
Haiti, embaixador Mariano Fernández. O governo do Brasil foi um dos primeiros a
anunciar a liberação de doações quando houve o terremoto no ano passado, além
de firmar acordos em várias áreas.
Na semana passada, Martelly alertou que parte dos US$ 4
bilhões doados pela comunidade internacional ao seu país foi mal utilizada.
Para ele, houve falta de “controle de gastos” no país. As doações para os
haitianos foram feitas por governos, instituições públicas e organizações
privadas, assim como órgãos internacionais.
Martelly tomou posse no cargo em maio e reconheceu que está
com dificuldades para fiscalizar a aplicação dos recursos doados ao Haiti. Ele
suspeita do desvio de dinheiro doado. Para o presidente, uma das alternativas
para conter o problema é a criação de fundo nacional para a aplicação dos
recursos destinado à área social – educação, saúde e infraestrutura, além de
incentivos à agricultura.
Em 12 de janeiro de 2010, o Haiti enfrentou um terremoto de
7 graus na escala Richter. Os tremores de terra provocaram cerca de 200 mil
mortes, e também causaram a destruição de prédios públicos, escolas, hospitais
e casas. As autoridades anunciaram que sem o apoio da comunidade internacional
o país não conseguiria se refazer. Houve ajuda de vários setores.
Ainda hoje o Haiti tenta se recompor. Paralelamente surgiu a
epidemia de cólera no país, afetando principalmente os moradores da região de
Porto Príncipe, onde há a maior concentração populacional do país.