sábado, 10 de setembro de 2011

Isto é: Revista acusa Wilson Santiago de sonegar R$ 34 milhões


De acordo com a revista, uma Investigação do Ministério da Fazenda acusa o senador Wilson Santiago de usar laranjas em construtora com dívida milionária e de repassar patrimônio para empresa do filho, o deputado federal Wilson Santiago Filho, a fim de evitar o confisco pela receita federal.


O sonegador de R$ 34 milhões

O empresário Wilson Santiago ficou em terceiro lugar, no ano passado, nas eleições para o Senado, na Paraíba. Mesmo assim, ele assumiu o cargo de senador pelo PMDB por causa da Lei da Ficha Limpa, que barrou a posse do candidato mais votado no Estado, o ex-governador tucano Cássio Cunha Lima. Apesar do acesso pela porta lateral da Casa, Santiago conquistou o posto de segundo vice-presidente do Senado e tem comandado diversas sessões. Principal expoente de uma família bem-sucedida no mundo empresarial paraibano, o senador comanda empreiteiras, é reconhecido como dono de um patrimônio milionário e conseguiu eleger também seu herdeiro, Wilson Santiago Filho, como deputado federal. O sucesso do clã Santiago, no entanto, está sob suspeita. Sua prosperidade financeira é questionada por subprocuradores do Ministério da Fazenda, que o acusam de comandar um esquema de sonegação fiscal que teria causado rombo de mais de R$ 34 milhões aos cofres públicos. ISTOÉ teve acesso ao processo, em fase de conclusão no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, mas já com alguns pareceres judiciais. Na denúncia contra o senador, o subprocurador Gustavo César Porto, descreve uma série de graves irregularidades cometidas por Wilson Santiago. Desde a presença de “laranjas à frente dos negócios da família” até transferências de bens para terceiros numa tentativa de fugir de processos judiciais e do pagamento das dívidas.

As investigações feitas pela Fazenda Nacional revelam que a empresa Construções e Incorporações Adrina Ltda. sonegou R$ 34,4 milhões em Imposto de Renda, Contribuição Sobre Lucro Líquido, PIS e Cofins. A empreiteira, segundo o subprocurador Porto, pertence ao senador. Pelos documentos colhidos no processo, verifica-se que Santiago colocou como sócios os cunhados Terezinha Alves de Oliveira e João de Souza Brito, mas comandava os negócios por meio de procuração. O documento concede a ele plenos poderes administrativos. A dupla de sócios oficiais, diz o subprocurador, não tem capacidade financeira para fundar ou gerir a empresa e, por isso mesmo, nunca participava das decisões da companhia. As acusações feitas pela Fazenda Nacional foram aceitas pela juíza Helena Delgado, da 5ª Vara da Justiça Federal da Paraíba. “O aumento do capital social pelos aludidos sócios – Terezinha Alves de Oliveira e João de Souza Brito –, sem capacidade econômico-financeira para tanto, conforme atestam as declarações de rendimentos, demonstra a irregularidade na própria constituição da sociedade em questão e o laço concreto de ligação entre ambas as pessoas jurídicas e seu efetivo controlador e administrador, José Wilson Santiago”, observou a juíza.

Não bastasse a indicação de laranjas para comandar os negócios, a Justiça Federal considerou ainda que o parlamentar estava tentando fugir da dívida fiscal, repassando o patrimônio em nome da empresa Adrina para a construtora Terradrina, uma empreiteira, segundo o subprocurador Porto, aberta exclusivamente para driblar a Justiça nos processos de execução fiscal. Para tentar barrar a transferência de bens – considerada pela Fazenda Nacional como estratégia para se livrar do patrimônio e declarar insuficiência financeira para pagar as dívidas –, a Justiça Federal concedeu uma medida cautelar no final do ano passado tornando indisponíveis os bens da construtora Adrina e de um dos imóveis repassados às pressas para a Terradrina, depois do início da fiscalização.

A empreiteira Terradrina – única que o senador admite comandar – engorda atualmente o patrimônio de Wilson Filho. Com 22 anos recém-completados, ele já faz parte do seleto grupo de milionários da Câmara dos Deputados. Wilson Filho declarou à Justiça Eleitoral possuir bens que somam R$ 4,8 milhões, sendo R$ 4,6 milhões provenientes justamente das quotas da empreiteira.

O senador Santiago está recorrendo judicialmente. Ele nega que tenha usado os cunhados como laranjas e afirma que apenas trabalhou como advogado para a Construtora Adrina. De acordo com o parlamentar, a denúncia de que ele é o verdadeiro sócio da empreiteira acusada de sonegar mais de R$ 34 milhões nos últimos anos é resultado de manobras políticas feitas por seus adversários no Estado, “que ainda não digeriram” a chegada dele ao Senado. Santiago assumiu o mandato porque os votos de Cunha Lima foram considerados nulos. O tucano aguarda decisão do ministro Ricardo Lewandowski para autorizar sua diplomação, visto que, em março, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que a lei não poderia barrar os candidatos em 2010 e somente poderia surtir efeito a partir do próximo ano. Portanto, é bem provável que Santiago deixe o Parlamento. “Há essa briga jurídica entre o meu grupo e o do ex-governador. Ele foi acusado e impedido de assumir”, diz.

Apesar de negar qualquer vínculo com a construtora acusada de fraude, Santiago afirma que a empreiteira do seu cunhado tem dinheiro para pagar possíveis débitos, caso perca os recursos apresentados. “O estranho nesses valores cobrados é que a empresa faturou uns R$ 15 milhões no período que eles dizem que ela sonegou mais de R$ 30 milhões. Paciência. Se a empresa perder, vai pagar”, garante o senador. O processo está atualmente na esfera administrativa. Depois de concluído o julgamento pelo Conselho, a ação segue para a Justiça Federal, de onde já partiu decisão sobre o caso durante o julgamento da medida cautelar que tornou os bens da empresa indisponíveis.


Deputado acusa oposição de querer macular Cruz Vermelha


Aliado de RC sai em defesa da Cruz Vermelha e dispara: “Enquanto o governo trabalha, a oposição se determina a desgastar sua imagem junto à opinião pública”

O deputado estadual Adriano Galdino (PSB) saiu em defesa da Cruz Vermelha e afirmou que a oposição está apenas tentando macular o nome do governador Ricardo Coutinho (PSB). “Enquanto o governo trabalha, a oposição se determina para desgastar a imagem do governo junto à opinião pública”, disse.

Galdino reafirma que Ricardo Coutinho encontrou o estado em crise e vem tentando vencer as dificuldades com muito trabalho e determinação. “Ricardo está determinado a acabar com alguns vícios administrativos que o estado da Paraíba tinha e isso incomoda a oposição”, frisou.

O deputado declara ainda que ao assumir a Paraíba, o governador encontrou o Hospital do Trauma de João Pessoa em situação caótica. “As providências tomadas, eram mais que necessárias para encerrar de vez esses vícios que se constituíram ao longo dos anos”, finalizou.


Simone Duarte

PB Agora 

Promotor da editora abril humilha garotas negras na Bienal do Livro


"Pretas do cabelo duro" e "Não gosto de mulheres negras" foram expressões usadas pelo representante da Editora Abril para impedir que as meninas participassem de promoção



Meninas vão à delegacia registrar queixa
Alunos da Escola Estadual Guilherme Briggs, em Santa Rosa, Zona Sul de Niterói, sentiram na pele, na tarde da última segunda-feira, a dor do preconceito racial, que supostamente para muitos não ocorreria mais em nosso país, muito menos nas dependências de uma feira literária, onde nossa cultura é expressada das mais variadas formas, nas páginas publicadas por inúmeras editoras. Preconceito e injúria racial são crimes passíveis de prisão, no artigo 9º da Lei 7716/89.

De acordo com a diretora da escola, Alcinéia de Souza, o fato entristeceu e chocou os alunos da unidade, uma das mais conhecidas do município, foi registrado ontem da Delegacia Legal de Icaraí (77ª DP), e formalmente encaminhado à Secretaria Estadual de Assistência Social e Direitos Humanos.


De acordo com a diretora do estabelecimento de ensino, na tarde de segunda-feira ela levou um grupo de 45 alunos que cursam o Ensino Médio da escola até a Bienal do Livro 2011, que se realiza no pavilhão do Riocentro, na Zona Oeste do Rio. No local, entusiasmados os alunos, com idades entre 15 e 17 anos, se espalharam para apreciar os vários estandes. Segundo os alunos e a diretora, num deles da Editora Abril ocorria uma promoção, onde eram distribuídos uma espécie de senha para que os jovens prestigiassem a tarde de autógrafos do ator e apresentador Rodrigo Faro.

Entusiasmadas, duas alunas do colégio, de 16 e 17 anos, se dirigiram até um dos promotores, inicialmente identificado apenas como "Pedro" ou "Roger" - no intuito de conseguir uma das senhas. Do promotor as alunas ouviram (incrédulas) insultos do tipo: "Não vamos dar a senha porque vocês são pretas do cabelo duro", e também "não gosto de mulheres negras, por isso não darei senhas para vocês". Segundo uma das alunas, indignada com a ofensa ainda tentou argumentar com o promotor - "isso é um tipo de bullying, e pode te trazer problemas". Com resposta o promotor rebateu, afirmando que isso não daria problema nenhum para ele".

Como o grupo estava espalhado pelo pavilhão de exposições, a diretora da escola afirmou que só tomou conhecimento do fato quando os alunos já estavam deixando o evento. Revoltada, Alcinéia retornou ao estende da Editora Abril, à procura do responsável pela representação da empresa, que de acordo com ela pediu-lhe desculpas (omitindo a identificação do promotor) e alegando que tomaria providências. "Sentindo-se humilhada, uma das alunas disse que sequer conseguiu dormir de segunda para terça-feira", explicou Alcinéia, que no início da tarde de ontem, acompanhada dos alunos, pais, e de um advogado (que também é professor da unidade), José Carlos de Araújo, registrou queixa de crime de Injúria e Preconceito Racial na 77ª DP. A distrital encaminhou o procedimento para a Delegacia Legal do Recreio dos Bandeirantes (42ª DP).


"Ensinamos os princípios da cidadania para os alunos, explicando inclusive que independe de quem sejam, e agora eles passam por uma experiência terrível dessas ? Os alunos da escola estão chocados com o que aconteceu. Fiz questão de comparecer junto com os pais desses estudantes na DP para relatar esse triste fato. Esses estudantes são como filhos pra mim", disse Alcinéia. "Em pleno século XXI isso ainda acontece em nosso país. Esse fato não se esgota na esfera criminal. Não desejamos isso para nosso país", disse José Carlos de Araujo, que junto com a diretora, os alunos, e com a cópia do registro levou também ontem o fato ao conhecimento da Secretaria Estadual de Assistência Social de Direitos Humanos para que providências sejam tomadas.

Representantes da Editora Abril não quiseram se pronunciar.

Quando o seu preconceito concede permissão até para matar


Reproduzo texto da companheira @ivonepita originalmente publicado no sítio PoliticAtiva

Em caso de homofobia, culpe a vítima


Os gays provocam muito. Seja lésbica, viado, travesti ou transexual, a verdade é uma só: gays provocam demais. Riem alto demais, dançam demais, gostam de música demais, lançam moda demais, querem afeto demais, amar demais, trepar demais, serem felizes demais! Eles querem até os mesmos direitos que heterossexuais! Onde já se viu tamanha afronta!

Este gays querem ficar por aí, andando, amando e constituindo família livremente e não entendem como isso é provocador? Será que não entendem como isso é um ataque frontal à verdade absoluta da heterossexualidade como única existência possível e saudável? Será que não percebem que assim ficam forçando a barra para saírem da marginalidade? Já não basta poderem trabalhar, estudar e andar pela rua, ainda querem se envolver em política?

Ainda querem demonstrações públicas de afeto? Querem ser considerados como outra pessoa qualquer? Ora, todos sabem que assim, não é possível, assim, não pode ser.

Se uma pessoa mata um viado, certamente o viado tem sua parcela de culpa. Deve ter provocado, deve ter cantado o sujeito decente que o matou, deve ter lhe lançado um olhar abusado. Alguma coisa este viado deve ter feito. Com homens heterossexuais é diferente. Nenhuma mulher vai matar um cara somente por ele ter dado em cima dela, passado a mão pela cintura, puxado o cabelo, passado uma cantada daquelas ou ter lhe sussurado umas sacanagens gostosas. Claro que não, pois neste caso é normal. A mulher que agredir o homem é louca, claro, merece cadeia. O que tem levar só uma cantadinha ou uma agarradinha? Poxa, tem que ficar lisonjeada... Com viado, não, viado tem que saber o seu lugar, tem que ficar quieto. Que negócio é esse de me expor deste jeito? E se pensarem que o camarada que levou a cantada é viado também? Mulher não, se levar uma boa passada de braço pela cintura e lhe tacarmos um beijo roubado, poxa, é só um beijinho. Não acho que seja tratá-la como objeto, bom, só se for objeto do desejo e aí é uma coisa boa.

O cara tem 18 anos, vai para uma boate, beija na boca e vai logo para cama com um desconhecido, morre com uma facada e todos ficam com pena dele? Mas quem mandou levar o cara para casa? Coisa de viado burro. Com 50 anos? Aí então é coisa de viado carente. Sapatão? Aposto que estava na seca, aí achou outro sapatão doido que lhe enfiou uma faca. O viado que morreu era pobre? Então estava dando um golpe. Era rico? Então estava com um garoto de programa.

Parada Gay em Belgrado, Sérvia
                                                       
Algum risco absurdo e desnecessário este viado correu sem necessidade alguma. Ah, se pegou na rua, então, poxa, quem mandou estar se prostituindo? Agora morreu de um jeito violento. Talvez se não se prostituisse, talvez se não levasse ninguém para sua casa, se não fosse para um motel, se não namorasse, se não trepasse, se não beijasse na boca, se não insistisse em ser feliz, se não fosse gay! Isso é o que dá esta necessidade de ficarem vivendo livremente e fazendo o que bem entendem como se fossem pessoas normais.

E quando é com “aquela mulher de saia curta e top que estava andando naquela rua, naquela hora" e foi estuprada? O que dizem algumas pessoas, senão que também a vítima não deveria estar vestida daquele jeito, nem naquele lugar, muito menos naquela hora? E eu fico pensando que quando é com um@ LGBT, ou com uma mulher, por exemplo, a vítima se não recebe toda a culpa, recebe parte dela. E quando é com um homem heterossexual, a culpa é somente do algoz. E fico me perguntando por que razão isso acontece. E as questões não cessam, pois o que leva algumas pessoas da própria comunidade LGBT ou algumas mulheres a insistirem em procurar e até defender a culpa da vítima? Por que razão coisas como irresponsabilidade, inconseqüência, falta de amor-próprio, carência e descontrole são sempre atribuídos a quem sofreu o crime e não a quem cometeu? Não estamos todos tentando apenas ser felizes? Não estamos todos apenas tentando viver da melhor maneira possível?

Pense bem, quando você fica sabendo de um caso de assassinato ou outra forma de violência, envolvendo uma mulher ou um@ LGBT, como você olha para esta história? O que você deduz e a partir do que? Você tem informações suficientes sobre a vida dos envolvidos? Sobre o envolvimento de ambos? E ainda que você acredite ter boas informações sobre tudo isso, estará certo do que realmente houve? Mais do que isso: qual é a sua interpretação dos fatos? Sob que prisma você analisa o ocorrido? Será que não há resquícios dos discursos homofóbicos a que somos submetidos todos os dias? Será que não se absorve parte da postura de nossos próprios algozes? E quando é um caso de violência entre heterossexuais, qual é a reação da imprensa, dos colunistas e de nós mesmos?

Pense sobre isso, pois não se trata apenas de mim, de você e de nossas ações, mas do discurso inferiorizante que nos infligem a todo o momento e que não podemos de forma alguma reproduzir, pois de nada adianta lutarmos e irmos às ruas por orgulho, respeito e dignidade se carregarmos nossos algozes dentro de nós. Temos que romper estas amarras!

Igreja fornece casa, carro do ano e paga até R$ 20 mil mensais a pastores


Benefícios dos pastores  incluem casa mobiliada, escola para filhos e plano de saúde. Mais experientes  têm direito a carro do ano


Pastores recebem o que professores vislumbram em sonho
Silas Malafaia, 53, informou que o salário dos pastores de sua igreja, a Assembleia de Deus Vitória em Cristo, vai de R$ 3.000, para iniciantes, a R$ 20.000, com benefícios que incluem casa mobiliada, escola para filhos e plano de saúde. Pastores com experiência têm direito a carro do ano.

É a primeira vez que um líder religioso neopentecostal revelou o salário dos pastores. Na falta de maiores informações, os valores citados por Malafaia podem ser tomados como referência do mercado  de salários dos pregadores da Bíblia.

As perspectivas desses profissionais são as melhores possíveis, considerando que não precisam ter formação universitária. Um professor de ensino médio não ganha tanto, nem sequer um médico em início de carreira, por exemplo.

“Mas é preciso saber ler a Bíblia, pregar, explicar”, disse Malafaia à jornalista Daniela Pinheiro, que escreveu para a revista Piauí de setembro reportagem sobre o pastor. “Não adianta o cara [candidato a pastor] vir com chorumela”, avisou Malafaia.

Na semana passada, a BBC Brasil informou que os pastores mais habilidosos estão sendo disputados pelas igrejas neopentecostais. Está se tornando cada vez mais comum um pastor mudar de igreja para ganhar mais, a exemplo do que ocorre em outras atividades.

A valorização desses profissionais se deve a um conjunto de fatores: o bom desempenho da economia brasileira, o fortalecimento do poder aquisitivo das classes C e D (onde há proporcionalmente mais evangélicos) e a disputa cada vez mais acirrada entre as igrejas evangélicas pelo mercado de fiéis.

O número de vagas é crescente e faltam profissionais. A procura por bons profissionais supera a oferta.

Malafaia informou que vai abrir 250 igrejas nos próximos cinco anos. Considerando que cada templo necessita no mínimo de dois pastores, a Vitória de Cristo vai precisar de pelo menos 500 profissionais. Atualmente, a subdenominação tem cerca de 100 templos.

É aconselhável que os candidatos a pastor saibam o inglês ou outro idioma, porque as igrejas neopentecostais vão continuar se expandindo exterior, em ritmo cada vez mais acelerado. A Igreja Universal, por exemplo, já se encontra em 110 países, onde o "negócio" é administrado, na maioria dos casos, por brasileiros, tidos como os de "mais confiança" em relação aos pastores "nativos".

A Universal tem mais filiais no exterior do que qualquer multinacional brasileira, registrou a BBC. Em Londres, o esforço agora da denominação é cativar os ingleses, não só, portanto, os brasileiros lá radicados.

A Igreja Mundial segue o caminho da Universal. Além de ter um forte crescimento no Brasil, a igreja de Valdemiro Santiago se expande sobretudo na África. Pouco se sabe da Igreja Internacional da Graça, do discreto R.R. Soares, mas seus planos também são expansionistas.

Na Universal, o pastor tem de cumprir meta de arrecadação de dízimo, como qualquer vendedor de apólice de seguro ou do comércio atacadista, por exemplo. Há prêmios, como viagem a Jerusalém, àqueles que obtêm os melhores resultados.

Além de bom salário, os pastores sempre têm a possibilidade de abrir “o próprio negócio” sem praticamente nenhum investimento. Para registrar uma igreja e começar a pregar e colher dízimo, desfrutando de isenção de impostos, basta R$ 500, no máximo, sem contar o aluguel de um salão.
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Hora do contra-ataque: PT repudia Veja e convoca protesto contra a revista


Partido dos Trabalhadores revê postura e reage após calúnias e difamações sistemáticas


Cerca de duas semanas após a revista Veja estampar em sua capa uma reportagem acusando o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu de confabular contra a presidenta Dilma Rousseff com ministros, senadores e deputados em um hotel de Brasília, o PT reagiu com uma campanha em seu site Linha Direta, administrado pelo diretório do partido em São Paulo.

No portal, a legenda destaca um banner com as frases: “Você quer um jornalismo de mentira e falta de ética? Não seja manipulado. Não leia a Veja”. No link, há uma nota de convocação para um protesto contra a revista no sábado 17, na Avenida Paulista.


“Essa é uma campanha de blogueiros que pediram a divulgação do partido, então estamos dando espaço. Mas fazemos o mesmo com outros movimentos sociais, justamente por considerar essa ação um movimento social”, diz o presidente do PT paulista, Edinho Silva.

A reportagem sobre Dirceu causou polêmica e gerou uma investigação da polícia, pois o repórter da revista teria tentado invadir o quarto do petista no hotel.

A publicação da Editora Abril reservou mais um espaço para o PT na mesma edição. Em outra matéria, apontou que o partido apoiou um projeto de lei do deputado estadual Campos Machado (PTB-SP) para retirar a Corregedoria da Polícia Civil do gabinete do secretário de Segurança Pública de São Paulo, Antônio Ferreira Pinto. O projeto era criticado pela revista, já que,  após a mudança da instituição, em 2009, houve melhora significativa na fiscalização de oficiais corruptos, com mais de dois mil inquéritos abertos e a exoneração de 223 policiais em 2010, contra 67 do ano anterior.

No entanto, o partido apoia a autonomia da Corregedoria e as investigações, explica Silva, mas questionava o fato da mudança ter sido realizada por meio de um decreto do governo. “Isso deveria ter sido feito por um projeto de lei, mas o governo tem usado cada vez mais o decreto e não se governa desta forma”, afirma. “Não somos contrários à mudança, mas não se pode passar por cima da Assembleia Legislativa, o Executivo não pode legislar e não podemos impor atos administrativos.”


A campanha petista ocorre no momento em que o partido lidera no Congresso uma proposta para regular a mídia. No 4º Congresso Nacional do PT, realizado na última semana, o assunto foi debatido com foco na proibição da propriedade cruzada de meios de comunicação.  Uma medida que deve desagradar a parlamentares donos de rádios, jornais e emissoras de televisão simultaneamente.

No Congresso, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, disse que o domínio midiático “por alguns grupos econômicos tolhe a democracia” e criticou a “parcialidade” dos veículos de comunicação. O ex-presidente Luíz Inácio Lula da Silva e a presidenta Dilma Rousseff mostraram-se a favor de Dirceu no caso e também alfinetaram a imprensa.


O projeto apresentado pelo PT não menciona censura, mas pede a responsabilização da mídia quando houver falseamento ou distorção dos fatos e aponta o domínio midiático de grupos econômicos como “silenciadores de vozes” e “marginalizadores de multidões”.

No entanto, a ideia da regulação não foi bem recebida pela oposição, para a qual a medida poderia acabar com a liberdade de imprensa. “Toda vez que algum malfeito petista aparece nas páginas dos jornais e das revistas, a cúpula do PT se apressa em ressuscitar o chamado ‘marco regulatório da mídia’”, alfinetou o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE).

Contudo, ele recebeu o apoio do presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante.