Luiza Bairros afirmou que mães são coadjuvantes de programas
sociais
A ministra da Seppir (Secretaria de Políticas de Promoção da
Igualdade Racial), Luiza Bairros, afirmou nesta sexta-feira (29) que o Brasil
avançou nos últimos oito anos em relação aos direitos da mulher negra, mas que
ainda “há muito o que fazer”. De acordo com ela, é necessário que a mulher
negra "seja o alvo principal das políticas e que não seja vista como fator
secundário, como acontece no caso de programas [sociais] em que ela tem
visibilidade por causa da existência dos filhos".
A declaração foi feita em videoconferência da qual
participaram unidades da Seppir em 16 Estados, para discutir os interesses da
mulher negra na sociedade. O encontro foi organizado como parte das iniciativas
ligadas ao Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, transcorrido no
último dia 25.
Luiza Bairros defendeu a disseminação de informações, dentro
do governo, sobre a verdadeira situação da mulher negra, o que, segundo ela,
ainda não é feito no país. Ela destacou como avanço a inclusão, no Plano
Plurianual 2012-2015, do combate à mortalidade precoce da juventude negra, que,
pelas estatísticas, "tem números desproporcionais entre os jovens".
A ministra disse que os governos estaduais e municipais, bem
como entidades não governamentais, que trabalham pela causa da mulher negra e
da igualdade racial como um todo são livres para promover movimentos em favor
dessa luta, a exemplo do que foi feito com a criação da Marcha das Margaridas,
que reúne as mulheres camponesas. Segundo ela, o Ministério da Justiça tem sido
interlocutor importante no trabalho da secretaria, que também tem interação com
outros ministérios para a execução do seu trabalho.