O governador Ricardo Coutinho apresenta, na manhã deste sábado
(30), o projeto da Unidade de Oncologia de Patos ao ministro da Saúde,
Alexandre Rocha Santos Padilha. A solenidade está marcada para as 10h30, na
própria cidade. O centro vai beneficiar a população residente de sete Gerências
Regionais Orçamentárias (6ª, 7ª, 8ª, 9ª, 10ª, 11ª e 13ª GRO), o que representa
a melhoria de acesso ao serviço para uma população de 902.310 habitantes.
Serão investidos em torno de R$ 6 milhões na unidade, numa
parceria entre os governos Estadual e Federal. “Com esse serviço, muitos
pacientes do interior do Estado não precisarão mais viajar para Campina Grande
ou João Pessoa à procura de tratamento especializado, pois o Centro vai
oferecer esse tipo de atendimento”, disse o secretário de Estado da Saúde,
Waldson Dias de Souza.
Na Paraíba, o perfil de mortalidade por câncer assume a
tendência nacional e aparece como a segunda causa de morte no Estado, ficando
atrás apenas das doenças do aparelho circulatório. A mortalidade por câncer na
Paraíba apresentou um aumento de 37% no ano de 2010, tendo como base o ano 2001
– ou seja, em 2001 foram 1.162 óbitos, enquanto em 2010 houve 3.135 casos. Em
dez anos (de 2001 a
2010), o total de paraibanos que foram a óbito vitimados pelo câncer é de
22.776, sendo 11.672 homens e 11.104 mulheres. Os tipos de tumores que causaram
o maior número de mortes nos últimos anos foram de estômago, fígado, pulmão,
mama, útero e próstata.
No Estado, existe um total de quatro serviços cadastrados e
credenciados para o atendimento às neoplasias: o Centro de Alta Complexidade da
Fundação Assistência da Paraíba (FAP), em Campina Grande , e o
Hospital Napoleão Laureano, em João Pessoa. Como referência para tratamento das
leucemias, há o Hospital São Vicente de Paul, em João Pessoa , e o
Hospital Universitário Alcides Carneiro, em Campina Grande.
Situação da doença no Brasil – O Instituto Nacional do
Câncer (Inca) estima que, a cada ano, 140 mil pessoas são vítimas da doença no
Brasil e 500 mil novos casos são diagnosticados. A mortalidade relacionada ao
câncer representou 13,7% de todos os óbitos registrados no país, ficando atrás
apenas das doenças do aparelho circulatório.
O número de mortes por câncer no Brasil aumentou 24,7% entre
homens e 18,6% entre mulheres, entre 1979 e 2004. É o que revela o estudo
“Situação do Câncer no Brasil”, do Inca. Neste período, as mortes de mulheres
por câncer saltaram de 63,23 casos, a cada 100 mil pessoas, para 74,99.
Entre homens, o mesmo índice subiu de 85,58 para 106,74. Os
números representam a somatória de todos os tipos de câncer, mas dois deles
apresentaram um crescimento de quase cem por cento. Entre os homens, o número
de mortes por câncer de próstata aumentou 95,48%; entre mulheres, o aumento do
câncer de pulmão foi o maior, atingindo 96,95% – somando homens e mulheres, o
aumento do câncer de pulmão foi de 35,03%.
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