quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Conquistas a caminho


Passadas as celebrações pela posse da primeira presidenta do Brasil, Dilma Rousseff irá se debruçar sobre os desafios para os próximos quatro anos, em que comandará o governo federal. E os desafios não são poucos, todos muito importantes e cruciais ao país: acabar com a pobreza extrema, fazer o país seguir crescendo com distribuição de renda e geração de empregos, organizar um amplo sistema de 500 UPAs (Unidades de Pronto-Atendimento), qualificar a Educação, modernizar nossa infraestrutura e conduzir as reformas política e tributária —só para citar algumas das prioridades.

O momento é positivo. Temos a perspectiva de que, com ajustes pequenos de rumo e ação, o crescimento do PIB se mantenha em torno de 5,5% nos próximos anos, bem como a geração de emprego e renda. A janela que se abre é propícia para realizar as reformas estruturais. Seria positivo que o governo conseguisse alcançar consenso na aprovação da reforma política já no primeiro ano.

Será necessário debater com a sociedade e o Congresso Nacional a instituição de voto distrital puro ou misto, votação em lista, financiamento público das campanhas —importante instrumento de combate à corrupção—, fim da reeleição com mandato de cinco anos, unificação das eleições e outras propostas já em debate. Chegar a um projeto representativo da vontade popular será recompensa inestimável ao país.

As condições de aprovação desse e de outros projetos importantes parecem positivas. Na esfera da governabilidade, o cenário, a princípio, é de maior tranquilidade do que viveu Lula em seus dois mandatos —mesmo sabendo das pressões que virão da mídia e da oposição. O fato, no entanto, é que o governo ampliou a maioria na Câmara e, acima de tudo, no Senado, principal trincheira das forças conservadoras entre 2003 e 2010.

O fracasso eleitoral deste ano revelou que a oposição radical das fileiras demo-tucanas não é o que a sociedade quer: as novas lideranças falam em “refundação” do PSDB e até em extinguir o DEM, o que abriria portas para um diálogo mais produtivo com o governo.

Dilma já declarou que quer manter um relacionamento pacífico e republicano com todas as forças políticas do país, porque essa é a única maneira de encarar problemas estruturais sérios como, por exemplo, a reforma política e a Saúde pública. Não apenas o plano de ajudar Estados e municípios a instalar 500 UPAs pelo Brasil, mas qualquer outro projeto dependerá de rediscutir as fontes de financiamento da Saúde, problema que aguarda solução desde que a oposição trabalhou para derrubar a CPMF.

Ajuda, nesse cenário, que a presidenta tenha chegado ao poder com boa expectativa: de acordo com o Datafolha, um terço do país (30%) acredita que o governo será melhor que o do presidente Lula. Para 73%, Dilma fará uma gestão ótima ou boa, marca próxima do padrão histórico dos presidentes anteriores, na casa dos 70% —à exceção de Itamar Franco, que assumiu em um ambiente de instabilidade política, e Fernando Henrique Cardoso em seu segundo mandato (41% de expectativa positiva).

Dilma terá de converter essa confiança em apoio popular suficiente para dar sustentação às medidas que tomará. É possível, por exemplo, que tenha de atuar politicamente contra governadores influentes quando iniciarem as discussões sobre a reforma tributária, especialmente em relação à incidência do ICMS. Ainda assim, reorganizar a burocracia tributária brasileira é condição sine qua non para manter o crescimento econômico sustentado até que cheguemos ao objetivo de sermos a 5ª economia mundial em 2020.

Sem dúvidas, as inúmeras adversidades que se apresentarão têm amplas condições de serem superadas. Pela bagagem que acumulou em sua trajetória política, em especial como excelente gestora no Ministério de Lula por oito anos, mas também como candidata, é de se esperar que Dilma tenha desempenho exemplar nessa missão. Desejo sorte e sucesso à nossa querida presidenta!

* José Dirceu, 64, é advogado, ex-ministro da Casa Civil e membro do Diretório Nacional do PT

Momento de Reflexão

Pensamento

"O maior destruidor da Paz no mundo hoje é o aborto. Ninguém tem o direito de tirar a Vida: nem a mãe, o pai, o médico, a conferência ou o governo."
Madre Teresa de Calcutá.
A outra porta

Talvez isso já tenha acontecido com você, pois é uma cena muito comum em estacionamentos de shoppings e condomínios.
Você chega para apanhar o carro, geralmente com pressa, mas outro veículo está estacionado bem ao lado do seu, impedindo você de abrir a porta e entrar no carro.
O que fazer, então?
Xingar, chamar o irresponsável e dizer-lhe umas verdades, brigar com o porteiro, com o síndico, ou chutar os pneus do veículo infrator...
Essas talvez sejam as atitudes mais comuns. Mas será que resolvem o problema?
Ou será que acabam azedando ainda mais o seu dia e provocando um atraso maior aos seus compromissos?
Embora para muitos de nós as reações violentas sejam as que brotam mais facilmente, é importante pensar em soluções, em vez de nos debater e piorar a situação.
Indignados com o motorista descuidado que bloqueou a porta do nosso veículo, provocamos uma guerra de nervos.
Mas uma guerra que acaba só com os nossos próprios nervos, pois o infrator talvez esteja dormindo, fazendo suas compras calmamente...
Nesse caso, não seria melhor pensar um pouco e buscar uma solução para o problema?
Quando desejamos solucionar o problema em vez de encontrar e punir o culpado, nós acharemos outra saída, ou melhor, outra entrada...
Há uma porta do outro lado do veículo, a porta do passageiro. Que tal entrar por ela? Dá um pouco de trabalho, mas dá certo.
Seria uma solução inteligente. Resolveríamos o problema e pouparíamos os nossos nervos.
Figuradamente, em todas as situações da vida há sempre uma outra porta, uma outra janela, uma outra saída...
Basta que desejemos encontrar soluções e não culpados.
O que geralmente nos paralisa e nos embrutece diante de situações difíceis, é o orgulho.
O orgulho é sempre um mau conselheiro, em todas as circunstâncias.
O orgulho sempre sugere que isso não pode ficar assim, que é preciso dar uma lição no responsável pelo problema, que é preciso revidar, tomar satisfação, brigar.
Já a sabedoria aconselha: saia dessa, busque a outra porta, não vale a pena declarar guerra, você também erra, e quando isso acontece você deseja o perdão e a indulgência.
A sabedoria diz: vá em frente, não detenha o passo. A sua irritação não solucionará problema algum. Aja com inteligência, não reaja. A reação é própria dos irracionais.
Optar entre os conselhos do orgulho ou os da sabedoria, cabe exclusivamente a você, e a ninguém mais.
Assim, lembre-se sempre que tornar as coisas mais difíceis ou facilitá-las, é uma decisão sua. Só sua.
E facilitar pode ser exatamente dirigir-se à outra porta, abri-la, entrar, dar partida e tocar em frente, sem irritação, nem aborrecimentos desnecessários.
Pense nisso!
Os rios, caudalosos ou não, diante dos obstáculos desviam seu curso, superam barreiras e seguem seu caminho, levando em seu leito inúmeros benefícios por onde passam.
Você, mais do que os rios, traz em sua intimidade mil maneiras de contornar obstáculos e solucionar problemas, com sabedoria.
Se a vida lhe impede de entrar por uma porta, abra outra. Contorne os obstáculos, vença os desafios. Você é capaz.
Pense nisso!

DIVERSÕES

Circuito Cultural leva atrações as praças no fim de semana

Programação tem início na sexta, na Praça Antenor Navarro, no Centro Histórico


Quinze pontos da Capital irão receber nesta sexta-feira (7) e sábado (8) o projeto Circuito Cultural das Praças. O evento, que é promovido pela Prefeitura de João Pessoa, por intermédio da sua Fundação Cultural (Funjope), terá uma programação bem diversificada com shows musicais, dança e apresentações de teatro e circo.

A programação tem início nesta sexta-feira (7), a partir das 18h, na Praça Antenor Navarro, no Centro Histórico, com a apresentação do grupo 'Graffiti Cic', do Centro Interativo de Circo. Na Praça da Amizade, no Rangel, a Companhia Paraibana de Comédia irá apresentar a peça 'As Malditas'. Já na Praça da Paz, nos Bancários, a população poderá conferir o show do cantor Gustavo Magno.

As Praças do Cidade Verde e Coqueiral, em Mangabeira, também terão eventos na sexta-feira. No Cidade Verde se apresenta o grupo de coco de roda e ciranda 'Caiana dos Crioulos', de Alagoa Grande. Já na Praça do Coqueiral, se apresentam Bombinha e a banda Brasis.

No sábado (8), a programação é bem mais ampla e acontece simultaneamente em vários pontos da cidade, a partir das 18h. O projeto Circuito Cultural das Praças vai visitar o Centro, além dos bairros de Manaíra, Bessa, Padre Zé, Tambaú, Estação Cabo Branco – Ciência, Cultura e Artes, Alto do Mateus, Funcionários I e II, Gervásio Maia, Castelo Branco, Jaguaribe e Valentina de Figueiredo.

O projeto Circuito Cultural das Praças tem o objetivo de difundir a cultura local e promover a diversidade cultural e os artistas locais.

Sindicato Denuncia Prefeitos Corruptos.





O presidente do Sindicato dos Funcionários Públicos Municipais de Patos e Região (Sinfemp), José Gonçalves, denunciou ontem que os prefeitos de dez municípios sertanejos deram um calote nos servidores e não pagaram o 13° salário, nem os meses de novembro e dezembro.

A Prefeitura de Catingueira, por exemplo, pagou o 13º, mas ficou devendo os meses de novembro e dezembro de 2010. “No entanto, recebeu R$ 1.456.668,30 do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) e do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) referente aos dois meses”, disse José Gonçalves.

O município de Olho D’água pagou apenas o 13° salário e o mês de dezembro aos professores e servidores da saúde, deixando de pagar aos demais servidores municipais (garis, vigias, motoristas e auxiliares de serviços) o mês de dezembro e 13° salário, apesar de ter recebido R$ 774.199,29 também de Fundeb e FPM.

Os municípios de São Mamede, Passagem, Salgadinho, São José de Espinharas, Condado, Cacimba de Areia, São José do Sabugi, segundo José Gonçalves, ainda não pagaram o mês de dezembro integral a todos os servidores municipais.

“Os prefeitos de Passagem, São José de Espinharas e Salgadinho, por exemplo, também se negam a pagar o terço de férias, um direito de todos os servidores”, acrescentou.

O Sinfemp, segundo o sindicalista, vai acionar todas as prefeituras no Ministério Público Estadual, por atraso de salários de servidores, não pagamento do 13° salário e não repasse das mensalidades sindicais à entidade.

“Não se justifica que as prefeituras tenham recebido grandes valores no mês de dezembro e não tenham quitado as obrigações salariais na forma da lei”, afirmou o sindicalista.

José Gonçalves disse que vai mobilizar todos os servidores municipais, especialmente os professores, de forma que eles não iniciem o ano letivo, caso os salários não sejam atualizados. Além disso, vai lutar pela implantação do piso nacional da categoria, que ainda não está sendo pago por diversas prefeituras.

José Gonçalves anunciou que, em fevereiro, será realizado o II Congresso da Federação dos Trabalhadores Públicos Municipais da Paraíba. A idéia é reunir mais de 300 sindicalistas no Estado para discutir a implantação do piso nacional dos professores, pagamento de precatórios e a organização dos servidores públicos municipais no Estado da Paraíba.