quarta-feira, 27 de julho de 2011

Deputados contrários a permuta de terrenos são bombardeados por moradores de Mangabeira


Ajuste da letra  Um verdadeiro bombardeio aos deputados que são contra a permuta dos terrenos da Acadepol com um que fica localizado no bairro do Geisel. Esse foi o resumo da sessão especial, que aconteceu nesta quarta-feira (27), na Assembleia Legislativa (ALPB). Na opinião de todos os representantes do bairro de Mangabeira, que utilizaram a tribuna da Casa, os deputados que se posicionam contra a permuta estão agindo de forma equivocada e estarão interferindo no crescimento da região Sul.

“Eu mesmo votei em Maranhão, e estou agora, aqui, tirando o chapéu para Ricardo Coutinho por que eu tenho três filhos desempregados e quero vê-los trabalhando”, afirmou Bento Pinheiro, representante da União Comunitária de Mangabeira.

Bento foi um dos que aproveitaram o momento para realizar um ato de protesto na tribuna. “Eu estou triste nesta Casa, por que eu estou vendo deputados que eu votei aqui, indo de encontro a uma coisa que é boa para minha população”, esbravejou Pinheiro, sendo aplaudido pelos colegas. Logo após essa fala, ele ficou calado por alguns instantes.

“Eu fiquei calado por que era assim que eles ficavam quando o ex-governador Maranhão enviava projetos. Eles (hoje, deputados da oposição) ficavam em silêncio e aprovavam tudo”, criticou o líder comunitário.

Entre os deputados

Na opinião da maioria dos deputados da oposição que utilizaram a tribuna, o debate teria sido prejudicado pela ausência de representantes do Executivo estadual. No entanto, essa afirmativa foi rebatida pelo líder do governo, Hervázio Bezerra (PSDB).

"Aqui não tem nenhuma criança. O debate está praticamente exaurido. A questão aqui é para ouvir o sindicatos, os representantes das comunidades", disse Hervázio, afirmando que o debate realizado pelos parlamentares da oposição saiu do nível técnico assumindo um perfil político.

"Vamos nos despir de coloração política", disse o líder governista. "Eu quero crer que os deputados que têm bom senso e que conseguirem deixar de lado o ódio a política vão entender e,no final, ninguém se surpreenda se tivermos uma grande votação."

Mesmo diante da postura "ferrenha" dos oposicionistas, Hervázio acredita que "vários deputados da oposição vão votar a favor", do projeto.

Para o deputado Adriano Galdino (PSB), "o papel do deputado na Casa é apenas autorizar a permuta", pois, no entendimento do socialista, o projeto possui várias etapas de avaliação, "e cabe a nós aqui apenas o primeiro passo, que é o da autorização e essa autorização já tem base legal."

Cássio pela 1ª prioriza Cícero Lucena em JP e põe em segundo plano coletivo socialista


                         Cássio declara que nome de Cícero é forte para concorrer a PMJP em 2012, mas alfineta: “Se o nome escolhido não for o dele, defendo a aliança com Agra, não há coerência imaginar aliança com o PMDB”
   
 Como já tornou público sua opinião a respeito da pretensa aliança entre o PSDB e PSB para as eleições 2012, pelo menos nas maiores cidades da Paraíba, João Pessoa e Campina Grande, o senador Cássio Cunha Lima (PSDB) declarou que o nome do senador Cícero Lucena (PSDB) deve ser visto com prioridade para concorrer ao pleito do ano que vem, pois se trata de um nome forte, mas disparou: “Não sendo Cícero, eu vou defender a aliança com Luciano Agra”.


Apesar de defender aliança entre o PSDB e PSB nas duas maiores cidades do Estado, Cássio confessou que é quase impossível conseguir homogeneidade nas eleições municipais nos 223 municípios, mas declarou que a coerência prioritária do partido tucano é que permaneça a união entre o PSDB e o PSB. “Nós somos parte do governo do estado e estamos na base aliada do governador Ricardo Coutinho.


Queremos o sucesso de Ricardo e, portanto não há coerência imaginar que a preferência do PSDB seja com o PMDB. O que nós estamos procurando é respeitar as decisões no âmbito do município de João Pessoa e Campina Grande, onde essas discussões se fazem com mais intensidade”, finalizou Cássio.

Políticos afirmam que Internet dará o tom das eleições municipais em 2012


Apesar da reconhecida força da TV, a internet vai impulsionar a discussão de temas locais nas eleições municipais de 2012, avaliam políticos e marqueteiros que já começaram a estudar estratégias de comunicação para as disputas das prefeituras. Sobretudo, nas grandes cidades, a rede mundial de computadores terá relevância maior no pleito municipal do que teve no nacional, realizado em 2010. A nova classe média, que a cada dia acessa mais a internet, é o principal público-alvo a ser conquistado.

Na última semana, a reportagem do iG conversou com políticos e marqueteiros que começaram a rascunhar como pretendem conquistar o eleitorado. Apesar da indefinição de nomes e coligações, especialistas em comunicação política já avaliam cenários.

O carioca Felipe Soutello integrou a coordenação da equipe comunicação da campanha de José Serra (PSDB) ao Palácio do Planalto no ano passado. Era ele quem acompanhava o tucano em debates, por exemplo.



Segundo Soutello, a internet terá um papel mais importante em 2012 do que teve em 2010. Ele avalia a rede mundial de computadores vai servir como caixa de ressonância para discussão dos problemas cotidianos, como trânsito e segurança. “Os norte-americanos começaram a estudar técnicas dos anos 30, 40, quando a comunicação política era feita boca a boca”, disse Soutello. “A internet tem um pouco disso. Tudo é direto. A mobilização é maior”, completou.

Soutello citou, como exemplo recente, o episódio da estação do metrô no bairro paulistano de Higienópolis. Em maio deste ano, moradores do bairro fizeram lobby contra a obra. Alegaram que, com o metrô, “gente diferenciada” – um eufemismo para pessoas de classes C e D – frequentaria a região.

A resposta foi quase imediata. Centenas de pessoas de outras regiões da cidade de São Paulo começaram a discutir o assunto pela internet e resolveram organizar um protesto bem humorado, o chamado “churrasco da gente diferenciada”.

Temas locais

Segundo deputado federal mais votado no Estado de São Paulo, Gabriel Chalita é um dos políticos que saíram na frente para tentar se viabilizar como candidato a prefeito da capital. Ele migrou do PSB para o PMDB, partido que sozinho terá o segundo maior tempo de TV no horário eleitoral gratuito.

Há cerca de dois meses, Chalita procurou o jornalista baiano Marcelo Simões para contratá-lo como marqueteiro. Integrante da vitoriosa campanha de Luiz Inácio Lula da Silva em 2002, Simões não fechou contrato com o deputado, mas trocou impressões sobre como Chalita poderia se posicionar melhor nesta pré-campanha.

A dica principal foi para Chalita discutir mais os temas diretamente ligados à vida do paulistano. No Twitter, o deputado começou a publicar com mais frequência textos sobre o trânsito e segurança pública. Na sexta-feira (22), Chalita escreveu: “Mais de 300 pessoas morreram em acidentes de carro na madrugada de São Paulo em 2010”.

No mês passado, Chalita passou a integrar a Frente Parlamentar Mista de Combate ao Bullying e Outras Formas de Violência. Apesar das novas recomendações, Chalita não abandonou o uso de frases e citações. “Incontinente é aquele que não planeja fazer o erro mas que não pensa nas consequências”, escreveu no Twitter no mesmo dia 22 de julho.

Nova classe média

Um dos alvos das campanhas de 2012 também será a nova classe média. A avaliação é do José Fernandes, que foi contratado pelo DEM para redefinir uma estratégia de comunicação para o partido. “O partido precisa lembrar a população que a nova classe média veio graças à estabilização da moeda, que o DEM, quando era PFL, ajudou a promover”, disse. “Precisamos resgatar bandeiras antigas do partido.”

Em 2010, Fernandes comandou a campanha de José Agripino (DEM) para o Senado. Apesar de ter sido um líder de oposição ao governo Lula nos últimos oito anos, ele conseguiu se reeleger. Hoje Agripino é presidente do DEM. “No Rio Grande do Norte, Agripino é popular, resolveu muitos problemas quando foi prefeito e governador nos anos 80 e 90”, disse. “Conseguimos convencer o eleitor que, em Brasília, ele é importante para defender o Estado”, completou.

Efeito Lula, Aécio…

Seja no governo ou na oposição não há quem negue a importância de Lula na eleição da presidenta Dilma Rousseff em 2010. No entanto, já se sabe que, apesar da disposição do ex-presidente, na eleição municipal seu peso político como cabo eleitoral de luxo tende a ser menor do que numa disputa nacional.

A maior prova disso foi a eleição de 2008, quando diversos candidatos apostaram na força de Lula para vencer. Os casos clássicos são os da Prefeitura de São Paulo, quando Gilberto Kassab (DEM) bateu a petista Marta Suplicy (PT), e de Natal, quando Micarla Sousa (do PV, mas apoiada pelo DEM) superou a também petista Fátima Bezerra.

Em Belo Horizonte, por pouco não ocorreu algo parecido. O então governador mineiro Aécio Neves (PSDB) e o então prefeito da capital Fernando Pimentel (PT) se uniram para eleger Márcio Lacerda (PSB).

No início da campanha, o tucano e o petista apareciam mais no programa eleitoral do que o socialista. Mesmo bem avaliados, Pimentel e Aécio não conseguiram transferir todo seu prestígio a Lacerda para fazer com que ele ganhasse no primeiro turno. Pior. O socialista quase foi derrotado por Leonardo Quintão (PMDB).

No segundo turno, foi preciso uma alteração na estratégia de campanha para que Lacerda conseguisse derrotar Quintão. O foco deixou de ser em cima do apoio de Pimentel e Aécio. Investiu-se mais sobre quem era Lacerda e nas deficiências de Quintão.

“Eu era a favor das mudanças ainda no primeiro turno, mas fui voto vencido”, contou o deputado Marcus Pestana (PSDB-MG), que era um dos coordenadores da campanha. “Não tem jeito. Toda campanha municipal precisa mostrar quem tem mais condições de resolver os problemas da cidade.”

Sai lista tríplice do MPPB e Ricardo tem 15 dias para definição do nome.


Procuradora-geral de Justiça deve encaminhar em até três dias a lista ao governador  
Os promotores e procuradores do estado escolheram na tarde desta quarta-feira (27) a lista tríplice para que o governador escolha o novo procurador geral do Estado.

Os nomes escolhidos foram, pela ordem de votação, os de Oswaldo Trigueiro (155 votos), de Bertrand Asfora (130 votos) e de Nelson Lemos (113 votos). A eleição teve uma abstenção de 3,24% com a falta de sete promotores. Votaram 19 procuradores e 190 promotores.

Os demais candidatos obtiveram respectivamente: Cláudio Cavalcanti, 74 votos, Alexandre César Teixeira, 63 votos , Eny Nóbrega, 31 votos  e João Geraldo Barbosa, 19 votos (3,1%). Foram registrados ainda 25 votos em branco e um nulo.

Formada a lista tríplice, a procuradora-geral de Justiça em exercício, Kátia Rejane Medeiros Lira Lucena, deverá encaminhá-la no prazo de três dias ao governador do Estado, a quem caberá a decisão do nome que responderá pelo cargo de Procurador-Geral de Justiça, biênio 2011/2013. Se no prazo de 15 dias o governador não indicar o nome, será promovido automaticamente o cargo o mais candidato mais votado.

Ministro nega que PMDB tenha receio de investigações nos ministérios


Moreira Franco defende rigor em apuração de casos de corrupção no governo
O ministro-chefe da SAE (Secretaria de Assuntos Estratégicos), Moreira Franco, defende que a apuração de casos de corrupção no governo seja feita com rigor pela CGU (Corregedoria-Geral da União) e pela PF (Polícia Federal), independentemente de questões partidárias. Ele, que é do Diretório Nacional do PMDB há mais de 20 anos, salienta que a legenda não age com protecionismo em relação à chamada faxina – postura adotada pelo governo para eliminar qualquer foco de desvio de conduta de seus agentes. A ação começou no Ministério dos Transportes, alvo de denúncias de corrupção.

- Não estamos nos protegendo e não temos o menor receio de que as apurações devam ser feitas com rigor pela Polícia Federal e pela CGU [Corregedoria-Geral da União]. Apurado qualquer ilícito e qualquer desvio de conduta, [ele] tem que ser rigorosamente punido, seja companheiro do partido ou não.

Para Moreira Franco, a corrupção “deprime” o país, que precisa ter “uma prática republicana”. Segundo ele, os peemedebistas são convictos de que a corrupção tem um custo financeiro e político muito alto.

- É um grande empecilho ao crescimento. Inibe ações de investimento, o empreendedorismo, a inovação, a iniciativa pessoal, porque você fica a mercê de propinas, de desvios para obter facilidades.

Perguntado se estava correta a imagem de que o PMDB tinha mais intimidade com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, porém, mais espaço no governo Dilma, o secretário negou.

- Com o presidente Lula não só tinha mais intimidade, como também nessa questão de espaço o partido tinha mais. O que difere hoje é que nós temos o vice-presidente da República [Michel Temer], então o grau de responsabilidade do partido é muito superior ao que tinha.
O ministro fez questão de frisar que o PMDB tem interesse no sucesso do governo.

- Isso muda uma linha de comportamento que tinha sido sempre praticada pelo PMDB. O partido participava do governo em negociações no Congresso, no Salão Verde [da Câmara dos Deputados], e não como agora. Construímos essa relação na rua, participando do processo eleitoral.

Sindicalistas querem que controle acionário de aeroportos permaneça com a Infraero


O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Arthur Henrique, garantiu que a entidade não medirá esforços para manter com a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) o controle acionário dos aeroportos que adotarem o modelo de concessão à iniciativa privada. O governo pretende implantar esse modelo nos aeroportos de Guarulhos, em São Paulo; Internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília; e Viracopos, em Campinas (SP).

Segundo o presidente da CUT, o problema do modelo apresentado pelo governo “está na origem”. “Somos contrários à decisão de limitar em 49% a participação acionária da Infraero. Não há acordo nesse ponto porque, com ele, o governo abrirá mão do controle e da gestão dos aeroportos. O modelo precisa ter, no mínimo, 51% das ações nas mãos da estatal”, destacou Arthur Henrique manifestou durante a terceira reunião com representantes da Secretaria de Aviação Civil (SAC).

O encontro teve também a participação de membros da Infraero e da Secretaria-Geral da Presidência da República e do presidente do Sindicato Nacional dos Aeroportuários (Sina), Francisco Lemos.

Para os representantes do governo, essa limitação tem como objetivo flexibilizar e garantir liberdade para a tomada de decisões rápidas de investimentos nos aeroportos. “A solução apresentada não dará certo da mesma forma como não deu nos setores elétrico e de telecomunicações”, argumenta o representante da CUT.

Ele explica que, caso o modelo apresentado seja o adotado, haverá o risco de as empresas aeroportuárias seguirem o exemplo da Light, empresa do setor elétrico que atua no Rio de Janeiro, e "atuarem apenas corretivamente, ao invés de preventivamente".

“Só que se o problema acontecer no setor aéreo, as consequências serão desastrosas”, avalia. “Todos sabemos que essas terceirizações acabam servindo como jogo de empurra das responsabilidades, a exemplo do que vimos recentemente nas denúncias de atraso na entrega de malas nos aeroportos”, ressaltou.

A CUT sugere que os financiamentos previstos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) devam ser dirigidos à estatal. “Parte dos recursos continuarão a cargo do BNDES. Por que então não emprestá-los à Infraero?”, questionou o sindicalista.

Artur Henrique elogiou a iniciativa de o governo sentar à mesa para ouvir o que os trabalhadores representantes dos setores aeroportuário, aeroviário e aeronáutico têm a dizer. “No próximo dia 11, haverá nova reunião. Manteremos nossa posição crítica a esse modelo concebido, e se continuar dessa forma usaremos todos os recursos necessários para fazer com que a Infraero seja a operadora exclusiva, detendo pelo menos 51% das ações”.

A Secretaria de Aviação Civil informou que não irá se pronunciar, neste momento, sobre o assunto.

Políticos se atacam em evento e homenagem a João Pessoa vira pano de fundo


A homenagem à figura de João Pessoa, realizada nesta terça-feira (26), pelo Governo do Estado, deveria acontecer sem maiores polêmicas não fosse o discurso inflamado do vereador e sobrinho-neto do patrono da Capital paraibana, Fernando Milanez (PMDB). 

Após ouvir as criticas à administração de Ricardo Coutinho, o vice-governador Rômulo Gouveia rebateu o discurso do parlamentar dizendo que a voz de Milanez “tirou o brilho” da ocasião. Com a “peleja”, a homenagem acabou ficando como “pano de fundo.” 

O parlamentar, que faz oposição tanto a Ricardo Coutinho, no âmbito estadual, quanto a Luciano Agra, no municipal, aproveitou a homenagem para politizar o assunto e criticar o projeto de governo socialista. No seu discurso, Milanez alfinetou Ricardo Coutinho dizendo que não havia na agenda do Governo do Estado uma homenagem à altura de João Pessoa. 

E que isso, seria um dos motivos para “diminuir a figura” do homenageado. Fernando Milanez chegou a dizer que o governo estaria usando de “subterfúgios” para criar uma homenagem, já que, no local do evento – na Praça dos Três Poderes, no Centro da cidade – ocorria também uma feira temática em comemoração à Semana Estadual de Agricultura. 

“A Paraíba não sabe preservar os vultos da sua história”, atacou Milanez, afirmando que o nome da cidade não poderia ser mudado e que, se o governo não fizesse um boa homenagem, a família faria. 

Logo após a troca de cumprimentos com Milanez, o vice-governador Rômulo Gouveia pegou o microfone e disparou: “João Pessoa é maior que o discurso que eu ouvi agora. Neste instante você (Milanez) tira o brilho de um momento de resgate à história. Em nenhum momento o Governo do Estado tentou obstacular essa homenagem”. 

Para Rômulo, o vereador aproveitou a oportunidade para “fazer palanque político”. Fernando Milanez pretende sair candidato a prefeito de João Pessoa nas próximas eleições pelo PMDB. O parlamentar classificou a reposta do vice-governador de "no mínimo deselegante."