Deputada federal diz que sociedade é mais tolerante com os homens.
Segundo Erundina, a sociedade é mais “complacente” e “tolerante” com os homens do que com as mulheres. No entanto, é preciso que os acertos de Dilma fiquem dentro de uma média. “Nós temos de dar certo. É praxe o homem nem sempre dar conta da responsabilidade e trair o voto popular. Como não temos precedentes, a responsabilidade que cai sobre nossos ombros é maior”, declarou.
Luiza Erundina lembrou que quando assumiu a Prefeitura da maior cidade do país, São Paulo, foi vítima de muito preconceito, principalmente por ser mulher, nordestina e na época petista. “Sofri muito boicote e agressão. Recebi inúmeras mensagens ofensivas. Chegaram a me mandar uma carta com fezes dentro. Não foi fácil”, disse.
Ela acredita que o principal desafio do novo Governo será envolver um novo ator na interlocução com o Congresso: a sociedade civil organizada. Para a pessebista, com o apoio de movimentos populares, Dilma ficará menos dependente do legislativo e dos partidos políticos.
A deputada federal disse ainda que os partidos e o Congresso perderam autonomia, identidade e projeto próprio.