quinta-feira, 14 de julho de 2011

Lula discursa em congresso da UNE em Goiânia


O ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva compareceu ao 52º Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE) para “matar a saudade”, como disse aos estudantes reunidos em Goiânia. Lula admitiu que “não via a hora de falar no microfone”, e exclamou: “há quanto tempo não faço um discursinho”.

Lula reapareceu com seu estilo, alfinetou a oposição e “as elites”, enumerou as conquistas de seu mandato, em especial, na área de educação.

O ex-presidente disse que a imprensa tenta criar animosidade entre ele e Dilma Rousseff ao ressaltar diferenças de estilo de governar. “Não precisa ser especialista para saber que somos diferentes”. Segundo Lula, “o dia em que tiver divergências [com a presidenta], ela vai estar com a razão”.

Lula também criticou parte da imprensa que disse que a UNE promoveu um encontro “chapa branca”, sob o patrocínio de estatais como a Petrobras, Eletrobras, Caixa Econômica Federal, além dos ministérios do Transporte, Turismo, Saúde, Esporte e Educação. A representação estudantil também teve apoio da Prefeitura de Goiânia, do Governo de Goiás e da Confederação Nacional dos Transportes (CNT).

“Na TV tem propaganda de quem?”, perguntou Lula à platéia. “Para eles é democrático, para vocês é chapa branca”, e acrescentou “alguns jornais se acham nacionais, mas os grandes [veículos] de São Paulo não chegam ao ABC”. Segundo Lula, a população sabe que não precisa mais de “intermediários” para ter acesso à informação.

O presidente da UNE, Augusto Chagas, afirmou aos jornalistas que apesar da presença de Lula, do ministro da Educação, Fernando Haddad, e dos cerca de R$ 3 milhões recebidos do governo, “ainda não contabilizados” para fazer o congresso, a entidade mantém a autonomia em relação ao governo. Amanhã a UNE fará uma passeata para que os royalties da exploração do petróleo na camada do pré-sal sejam investidos em educação e atinjam 10% do Produto Interno Bruto (PIB). O governo trabalha com a projeção de 7%.

Em discurso, Haddad defendeu a UNE. “Algumas pessoas acham que é possível comprar consciência com alguns trocados. Estudantes não se vendem por dinheiro nenhum”, elogiou, antes de dizer que tinha “autoridade para participar de cabeça erguida” do congresso porque o governo manteve um canal aberto com os estudantes para conhecer suas reivindicações. Para o ministro quem não se comove com a ascensão de famílias de origem pobre que agora têm filhos na universidade, “tem que ser diretor do Banco Central”.

Apesar de Lula e Haddad serem efusivamente recebidos no congresso pela maioria dos estudantes em Goiânia, houve quem protestasse contra o ex-presidente e contra o atual governo.

Para a estudante de história da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio), Priscila Guedes, da corrente política Coletivo Vamos à Luta, ligado ao P-SOL, o evento da UNE “serviu para fazer palco para o governo” e nada foi falado sobre o contingenciamento de verbas para a educação, na greve dos servidores das universidades federais, nas universidades públicas novas que não têm bandejão e da falta de sala de aula.

Dilma discute reforma tributária com governadores do Centro-Oeste


Os governadores dos quatros estados da Região Centro-Oeste se reuniram hoje (14) com a presidenta Dilma Rousseff para discutir a reforma tributária e a partilha dos royalties do petróleo do pré-sal para estados e municípios não produtores.

Os governadores defenderam a necessidade de criação de um fundo de desenvolvimento regional para compensar as perdas decorrentes da redução da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), caso a proposta do governo seja aprovada. O governo defende que o ICMS seja cobrado no destino, com alíquota de 4%.

“Os 4% de ICMS já são um prejuízo. Pode até ser aceitável, de acordo com o fundo”, disse o governador de Mato Grosso, Silval Barbosa. “Os estados do Centro-Oeste, que são exportadores, perdem com essa reforma e tem que ter uma compensação”, emendou o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz.

O governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli, disse que grande parte dos governadores defendeu alíquota de 7% no destino para estados das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste e de 2% para estados das regiões Sul e Sudeste

O pré-sal entrou na discussão e foi apontado como alternativa para compensar os estados que perderão arrecadação com as novas regras tributárias. O governador André Puccinelli disse que a presidenta Dilma já definiu o apoio ao acordo já feito com os governadores para a divisão dos royalties do petróleo. “Já houve um acordo de que os estados produtores reduziriam seu percentual de 26% para 25%, os não produtores teriam acréscimo para 22%. A presidente foi enfática em dizer que esse é o acordo preferencial”, disse Puccinelli.

Uma carta que reúne as propostas elaboradas pelos governadores para o desenvolvimento da região foi entregue à presidenta Dilma. Os governadores defendem mudanças no indexador que corrige as dívidas renegociadas dos estados e pedem a abertura de linha de crédito no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a manutenção dos níveis de investimento dos últimos anos.

Participaram da reunião de hoje os governadores do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, de Goiás, Marconi Perillo, do Mato Grosso, Silval Barbosa e do Mato Grosso do Sul, André Puccinelli.

No dia 15 de junho, será a vez dos governadores do Nordeste se reunirem com a presidenta Dilma Rousseff.

Meio Ambiente vai debater limites do Parque Nacional de Brasília


A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável vai realizar audiência pública para discutir os limites do Parque Nacional de Brasília. Criada em 1961, a área de preservação conhecida como Água Mineral é administrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), ligado ao Ministério do Meio Ambiente.
Em 2006, o governo sancionou uma lei (11.285/06) ampliando a área do parque de 30 mil para 42,3 mil hectares. Segundo o deputado Jorge Pinheiro (PRB-GO), que propôs o debate, a lei errou ao incluir nos limites do parque o Núcleo Rural Boa Esperança II.
“É necessário deixar fora dos limites do parque áreas já bastante alteradas pelo homem, com infraestrutura instalada e exploração agrícola consolidada”, defende Pinheiro.
Serão convidados:
- o presidente do ICMBio, Rômulo José Fernandes;
- o secretário de Habitação do Distrito Federal, Geraldo Magela;
- o secretário de Meio Ambiente do Distrito Federal, Eduardo Brandão; e
- o diretor da Associação de Moradores do Núcleo Rural Boa Esperança II, Vicente Araújo Costa Neto;
Não foi definida data para o debate.

Após levantamento do PolíticaPB, deputado federal Luiz Couto esclarece gastos de mandato


  O deputado federal Luiz Couto (PT) elogiou o trabalho de fiscalização da imprensa em relação aos gastos dos parlamentares em suas atividades de mandato. No entanto, Couto solicitou espaço ao PolíticaPB para esclarecimentos de suas atividades, já que se sentiu prejudicado pela matéria divulgada na segunda-feira (11), pela mesma não haver detalhado com o que o deputado gastou a cota a que tem direito.


Luiz Couto esclareceu que o seu mandato realizou vários eventos durante o período abordado na reportagem e que tem tido uma agenda intensa durante todo o ano para atender às demandas da sociedade, com seminários, palestras, reuniões, viagens ao interior e divulgação do mandato e dos eventos promovidos pelo mandato.


“Nós achamos importante a transparência e a vigilância com o dinheiro público. Temos trabalhado para minimizar as despesas do mandato, inclusive, no ano de 2010 abrimos mão de usar aproximadamente 200 mil reais da cota a que o mandato tinha direito. Só gastamos realmente o necessário. Esse esforço é uma tradição do nosso mandato, mas o que não podemos é abrir mão das atividades necessárias para o bom desempenho parlamentar. Nossas atividades e gastos estão registrados através de boletins impressos e eletrônicos, nas páginas do twitter: luizcoutopt e no site: www.luizcouto.com”, explicou Couto.


O deputado declarou, ainda, que nos dois últimos meses o mandato realizou os seguintes eventos:


- I Seminário Paraibano Sobre Segurança Pública, Proteção e Participação Social, com sete câmaras temáticas e mesas de exposição e envolveu dezenas de instituições do Estado da Paraíba, com o objetivo de mobilizar e articular os movimentos sociais, as universidades e os poderes públicos na construção de propostas para o enfrentamento da violência e criminalidade. De acordo com o deputado, a construção do evento exigiu dezenas de reuniões, produção de material gráfico para divulgação (panfletos, folders, cartazes), inúmeros telefonemas, deslocamentos, entre outras despesas.


- Debate sobre a Reforma Política, com a presença do deputado Paulo Teixeira, que foi o expositor do tema, e de pessoas ligadas aos movimentos sociais. Couto explicou que o debate exigiu deslocamentos para reuniões, telefonemas e material de publicação.


- Duas audiências públicas sobre o Projeto do Novo Plano Nacional de Educação, uma em João Pessoa e outra em Campina Grande, com a presença da deputada Fátima Bezerra, presidenta da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados. Para a construção do evento, Couto disse que sua assessoria realizou várias reuniões preparatórias com as instituições parceiras, deslocamentos, material de divulgação, telefonemas, etc.


“Não se pode esquecer também que o nosso mandato mantém um escritório na cidade de João Pessoa, onde são realizadas audiências com os cidadãos e cidadãs, reuniões de trabalho, etc. Esse serviço está previsto nas resoluções e no orçamento da Câmara dos Deputados. Além disso, por ser o único deputado federal do PT na Paraíba, atendemos a convites para atividades em praticamente todos os municípios da Paraíba para audiências públicas, debates e entrevistas. Por outro lado, temos uma agenda importante com diversos setores da sociedade civil, sindicatos, movimentos comunitários, ONGs e OSCIPs, igrejas, movimento estudantil, etc.”, explicou Luiz couto.


O deputado finalizou dizendo que todo o seu trabalho, é “reconhecido pela sociedade paraibana e por importantes setores da imprensa e que não pode ser realizado sem despesas, que conforme a legislação, são pagas pela Câmara Federal na forma de indenizações após a comprovação com a apresentação das notas fiscais quitadas e dos recibos”.

PT se reúne e define data de plenária para discutir possibilidade de vice de Agra

 ESTRATÉGIA

Ajuste da letra  A executiva municipal do Partido dos Trabalhadores (PT) se reuniu na noite dessa quinta-feira (13) para definir estratégias sobre as eleições 2012. Segundo o vice-presidente do diretório do PT em João Pessoa, Jackson Macedo, no dia 13 de agosto será realizada uma grande plenária para ouvir todos os filiados da legenda na capital.

A ideia é captar o sentimento dos filiados sobre como o partido pode ser posicionar no pleito eleitoral do ano que vem. “A plenária não será deliberativa. Nossa intenção é ouvir a opinião de todos sobre o processo do ano que vem. Sobre se defendem candidatura própria ou composição com o PSB”, revelou. “A plenária vai ajudar num futuro posicionamento da legenda”, disse Jackson.

De acordo com o dirigente, o PT deverá caminhar unificado independente de qualquer decisão. “O que for decido, todos irão acatar, esse é o entendimento”, adiantou Macedo, garantindo que não vai haver ‘racha’ de intenções.

A reunião da executiva começou às 18h e terminou às 21h. Além da plenária de filiados, foram debatidos outros pontos. Entre eles, a criação de um evento para discutir políticas públicas municipais.

Segundo Jackson, após setembro, quando será realizado o Congresso Nacional do PT, o partido vai chegar, enfim, a um consenso sobre o melhor caminho a seguir: ou apoia o governo de Luciano Agra (PSB) ou se arrisca candidatura própria na capital paraibana.

PolíticaPB