terça-feira, 20 de setembro de 2011

Ministro diz que saúde precisa de R$ 45 bilhões


Padilha participou de debate na Câmara sobre votação que pode aumentar verba do setor
  
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse nesta terça-feira (20) que a saúde no Brasil precisa de mais R$ 45 bilhões para “não ficar atrás do Chile e da Argentina”.

O político participa de um debate na Câmara dos Deputados em que a Emenda 29 e um possível imposto para financiar a saúde são os temas principais.

O ministro disse que o Brasil vive “novos desafios” e destacou a necessidade de reorganizar o SUS (Sistema Único de Saúde).

Ele lembrou que a Emenda 29 está em vigor desde 2000 e que, a partir de então, a Constituição passou a definir os percentuais mínimos que a União (variável), os Estados (12%) e municípios (15%) devem investir na saúde. O que falta agora é sua regulamentação, feita por projeto de lei.

- O governo cumpre a Emenda 29 desde o governo Lula, mas existem novo desafios e, se não quisermos ficar atrás de vizinhos como Chile e Argentina, precisamos de mais R$ 45 bilhões para a saúde.


A respeito dos “novos desafios”, Padilha disse que o Brasil é o país que mais envelheceu no mundo, o que deverá mudar o foco das prioridades do SUS. Segundo o ministro, a população acima de 60 anos deve se tornar maior que a população menor que 15 anos.

Em longo discurso durante uma Comissão Geral - discussão conduzida pelos deputados em plenário, com a presença de especialistas e convidados - o ministro fez questão de enfatizar as ações de sua pasta na melhoria da saúde, sobretudo em relação à campanhas de vacinação e o programa Saúde para a Família.

Nesta quarta-feira (21), os deputados discutem e devem votar a regulamentação da Emenda 29. Nos debates, eles deverão decidir se mantêm no texto a criação de um novo imposto, a CSS (Contribuição Social para Saúde), para financiar a saúde.

Uma alteração (destaque) no projeto apresentada pelo DEM retira do texto a menção à base de cálculo da CSS. Na prática, trata-se de uma manobra para inviabilizar a cobrança do tributo. Sem determinar como seria calculada a cobrança, ficaria impossível efetivá-la.

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