quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

ALERTA

MS diz que Paraíba corre risco de epidemia de dengue e Estado prepara contra-atraque

Outros 15 estados também se encontram nessa classificação de risco

Traçar estratégias para evitar a epidemia de Dengue no Estado da Paraíba. Esse é o objetivo do Planejamento de Ações e Metas contra a Dengue, que está sendo elaborado pela Secretaria Estadual de Saúde e que pretende deixar a região protegida contra o mosquito e preparada para enfrentar um eventual surto da doença.

Em nota enviada nesta terça-feira (11) pelo Ministério da Saúde, a Paraíba corre risco "muito alto" de sofrer uma epidemia de dengue no verão deste ano. Outros 15 estados também se encontram nessa classificação de risco, sendo 12 deles nas regiões Norte e Nordeste.

De acordo com a gerente Executiva de Vigilância em Saúde, Júlia Vaz, antes é preciso fazer um levantamento da infestação do mosquito, além de identificar os sorotipos que estão circulando em todo o Estado. “Só conhecemos o sorotipo que circula em João Pessoa e é preciso identificar os demais sorotipos que circulam no Sertão e no Brejo, já que muitos municípios fazem fronteira com outros estados”, destacou.

A partir desses dados será possível construir um plano estadual de combate, que contará com o apoio de demais órgãos do âmbito estadual. Na próxima semana, o secretário Estadual de Saúde Mário Toscano se reúne com representantes e secretários municipais de saúde de municípios paraibanos para traçar ações conjuntas contra a doença.

“Precisamos formar ações intersetoriais para que possamos monitorar e controlar a dengue, além de orientar a população, que será nossa grande parceira nessa tarefa”, afirmou Julia Vaz. A expectativa da equipe de saúde estadual é começar a executar o Plano Contra a Dengue já nos próximos 30 dias.

Entre as estratégias que estão sendo traçadas, estão a implantação de uma unidade sentinela para monitoramento constante do Aedes Egypit em todo o Estado, além da definição de hospitais de referência para o atendimento dos infectados pelo mosquito que apresentarem agravamento no estado de saúde.

Julia Vaz lembra que a população pode ajudar desde já a evitar um eventual surto. “Ainda não temos os dados sobre as cidades com maior incidência, mas a comunidade pode ajudar verificando locais onde possa haver resíduo de água parada, principalmente calhas e vasos de jardim, já que nesse período do ano ocorrem muitas chuvas rápidas seguidas por ondas de calor, que é o ambiente perfeito para a reprodução do mosquito”, finalizou.

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