O ex-deputado federal major Fábio é um homem  que nasceu voltado pra lua como se costuma dizer no interior das pessoas  que têm sorte. Depois de experimentar o gosto do poder e saborear os  manjares que o Congresso Nacional propicia, o major Fábio fez da  primeira suplência o seu poderoso instrumento de barganha e agora com a  deflagração da greve dos policiais, o democrata encontrou munição para  disparar a vontade contra o governador que ajudou a eleger.
Toda  desavença do major com o esquema do governador Ricardo Coutinho tem  origem e motivação na questão do mandato de deputado federal. Ao  perceber que o governador manobrava para beneficiar o aliado Edvaldo  Rosas, Fábio fez da PEC o seu “cavalo de batalha” e rompeu  definitivamente com Ricardo e levou a insatisfação dos companheiros de  farda ao extremo.
O democrata vem sendo na verdade o grande  empecilho nas negociações entre Governo e entidades representativas dos  servidores da Segurança Pública. Ele simplesmente alijou as entidades do  processo e tomou nas mãos o controle de tal forma que o Governo ou  negocia com ele ou não negocia com ninguém.
A conotação política  da participação do major ficou muita clara hoje pela manhã quando de um  bate boca com o secretário de Comunicação do Governo, jornalista Nonato  Bandeira. O tom e as exigências do oficial excluíram acintosamente os  presidentes de entidades como o Clube dos Oficiais e da Caixa  Beneficente, até então as duas maiores entidades da categoria hoje  reduzidas a meros figurantes do processo de negociação.
A ninguém  interessa o impasse entre Governo e policiais muito menos às partes  envolvidas com exceção do major que precisa do conflito para permanecer  vivo politicamente já que, sem mandato e sem representar legalmente  nenhuma entidade da categoria sobrou para ele o papel de agitador que  vem desempenhando com maestria
Nenhum comentário:
Postar um comentário