quarta-feira, 20 de abril de 2011

PT se prepara para enfrentar Serra em 2012 com Lula no palanque

Marta e Mercadante são os favoritos para disputar a Prefeitura de SP pelo partido

Enquanto os partidos da oposição iniciam 2011 enfrentando crises internas, o PT já começa os preparativos para as eleições municipais do ano que vem. Em reunião com prefeitos e lideranças da legenda no Estado de São Paulo, o partido arrancou do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a promessa de fazer campanha pelo Estado, especialmente na capital paulista em um cenário em que até a candidatura de José Serra pelo PSDB foi considerada.
Depois de mais de duas horas de reunião em um spa em Osasco, na Grande São Paulo, o presidente interino do PT, Rui Falcão, e o presidente estadual da legenda, Edinho Silva, conversaram com a imprensa.
Os dois comentaram a possibilidade de o tucano se candidatar e a intenção de Lula de subir no palanque. Para Rui Falcão, o PT precisa escolher seu candidato para a capital até o fim deste ano considerando a possibilidade da candidatura Serra.
- Se ele for candidato, será [novamente] no último minuto.
Para Edinho, se isso acontecer de fato, a tática deve ser a mesma que o PT usou na campanha presidencial do ano passado contra o mesmo adversário.
- Temos de mostrar o que o Serra fez enquanto prefeito, ministro; e mostrar o que o PT fez.
Lula
Lula abriu o evento dizendo logo que deseja participar da campanha. Ele adiantou que vai viajar todo o Brasil, mas que dará atenção especial a São Paulo. Para Rui Falcão, sua participação será decisiva porque, agora fora do governo, ele terá mais liberdade para fazer campanha.
- Lula sempre foi um grande eleitor. É um apoio importante, mas não é suficiente.
Com a palavra, Lula deu conselhos aos 32 prefeitos que foram ao encontro, especialmente aqueles em primeiro mandato. Ele também reforçou a necessidade de escolher bons vices-prefeitos para, nas palavras de Edinho, conseguir dialogar com setores da sociedade em que o PT não tem acesso. Como exemplo, ele citou José Alencar, seu vice nos dois mandatos presidenciais, morto este ano.
Preparativos
A reunião não discutiu os nomes para a disputa em São Paulo, mas Edinho descartou a possibilidade de prévias no partido porque o PT “precisa criar um consenso para ir unido disputar as eleições”.
Ele citou, no entanto, os nomes mais fortes: a senadora Marta Suplicy, o ministro Aloizio Mercadante (Ciência e Tecnologia), o ministro Fernando Haddad (Educação) e os deputados federais Jilmar Tatto e Carlos Zarattini.

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