terça-feira, 24 de maio de 2011

Após leitura de parte do pedido, oposição se retirou em protesto, mas a situação arquivou o pedido


 A bancada de situação na Câmara Municipal de João Pessoa mostrou sua força e fez valer a maioria esmagadora que detém na Casa Napoleão Laureano e arquivou o pedido de impeachment do prefeito da Capital, Luciano Agra. A oposição se irritou com o procedimento adotado na sessão desta terça-feira, 24, e se retirou do plenário em protesto.

A sessão começou tranquila com a leitura do pedido pelo primeiro secretário da Mesa, vereador Benilton Lucena (PT), mas como o pedido não foi lido por inteiro, o líder da oposição, vereador Fernando Milanez (PMDB) diz que a lei determina que o requerimento do impedimento seja lido totalmente, caso contrário a sessão deve ser anulado.
O presidente Durval Ferreira (PP) não aceitou as argumentações da oposição e após ouvir os líderes oposicionistas, situacionista e da bancada independente, colocou o pedido em votação. A decisão contrariou a oposição que se retirou do plenário.
O protesto da oposição de nada adiantou, pois com uma maioria consolidada, a bancada governista derrubou o pedido de impeachment do prefeito Luciano Agra por 15 votos contrários.
Milanez justificou a retirada da oposição a uma serie de equívocos e disse que vereadores de oposição foram cerceados e não houve sequer a leitura completa do pedido e nem o parecer do procurador. “Foi o momento mais triste da história da Câmara, por que nós vereadores da oposição queríamos investigar e apontar os erros para a sociedade que é quem nos paga e por interesse dos vereadores da situação isso não aconteceu”
Ele disse ainda que vai ao Ministério Público Federal para que o órgão apure as denuncias.
Já o líder da situação, Bruno Farias (PPS), classificou como vergonhosa a atitude da oposição de se retirar do plenário. “Se todos os vereadores da oposição incitaram este pedido, mesmo sendo minoria, deveriam pelo menos votar e não bater em retirada. Coube a situação emitir o argumento suficiente e rebater os argumentos do pedido. Não houve argumentos que comprovassem o mínimo sequer de algo ilícito na administração de Agra”.


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