O uso das prévias
para definir o nome que representará determinada legenda numa disputa pode
causar rachas internos e levar à derrota na eleição. Na avaliação de
especialistas, embora seja um instrumento "saudável" de mobilização,
a campanha intrapartidária é arriscada, principalmente para as siglas que estão
no poder.
Instrumento
tradicional na história do PT, as prévias têm sido criticadas pela cúpula do
partido, que quer engavetá-las e emplacar o ministro da Educação, Fernando
Haddad, que conta com o apoio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O PSDB, que nunca
abriu esse tipo de consulta para os filiados, passou a defender as prévias como
o mecanismo legítimo de escolha de seu candidato, num cenário em que não há um
nome natural para concorrer à Prefeitura - o ex-governador José Serra tem dito
que não pretende ser candidato a prefeito.
O cientista político
e diretor do Cepac (Centro de Pesquisas e Análises de Comunicação Cepac),
Rubens Figueiredo, é uma questão muito mais conjuntural do que programática.
- Quando há um
candidato muito forte, a prévia é vista como algo que pode pôr em risco uma
vitória quase certa. Quando não tem uma liderança muito clara, a tendência é
que se opte pela prévia.
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