quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Senado começa a discutir emenda que pode elevar gastos com a saúde


Governo quer evitar aprovação de regra que o obriga a aplicar 10% da arrecadação no setor

O Senado iniciou, na tarde desta quarta-feira (7), a votação da Emenda 29, medida que estabelece quanto União, Estados e municípios devem gastar com ações e projetos da área de saúde pública.


Parlamentares da base governista e da oposição chegaram a um acordo apenas para colocar a matéria em análise, mas sem compromissos em relação a seu conteúdo.

O Palácio do Planalto quer evitar que a aprovação resulte em aumento de gastos com a saúde, o que poderia comprometer as contas públicas no ano que vem.

Por ser um projeto de lei complementar, a proposta exige votação nominal e 41 votos favoráveis. O processo de discussão foi iniciado pelo senador Humberto Costa (PT-PE), que apresentou seu relatório sobre a proposta.

O texto em votação é o substitutivo aprovado pela Câmara dos Deputados para o projeto de lei do ex-senador Tião Viana, já aprovado no Senado.


Da forma como foi aprovado pela Câmara, o projeto mantém a regra seguida atualmente pela União para calcular o volume de recursos que gasta com a saúde: o valor empenhado no ano anterior acrescido da variação nominal do PIB (Produto Interno Bruto, soma de todas as riquezas produzidas pelo país) nos dois anos anteriores.

Assim, para 2012, por exemplo, a União teria de aplicar o empenhado em 2011 mais a variação do PIB de 2010 em relação a este ano.

O projeto original, ao contrário, fixa os gastos da União em 10% de sua arrecadação – o que o governo não quer. A estimativa de investimentos, neste caso, seria de R$ 35 bilhões.

Quanto aos Estados, os gastos devem ser de 12% da receita. Os municípios precisam investir 15%, conforme a proposta.

O Distrito Federal deve aplicar 12% ou 15%, conforme a receita seja originária de um imposto de base estadual ou municipal.

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