domingo, 22 de janeiro de 2012

Jejum verbal de Luiz Couto impõe nova catequese ao PSB; Couto é a garantia da Aliança do PT


A boca é, para os cristãos, um canal de pecados por ser capaz de expressar pensamentos impuros. Para evitá-los, o Padre Luiz Couto, deputado federal pelo PT, resolveu fecha-la logo após a renúncia de Luciano Agra à reeleição.
Está num retiro, subjugado a um jejum verbal que o impede de revelar o que pensa e o que não pensa sobre o atual cenário político e eleitoral da Capital.
Fechado como um monge e dedicado ao silêncio, Couto se preserva da curiosidade externa e também das provocações internas do PT. Até poder voltar ao debate seguro de seus argumentos.
Assim como Cássio Cunha Lima, o Padre Luiz Couto também não foi comunicado do que aconteceria. Sabe-se que defendeu abertamente a permanência de Agra na disputa.

Após a renúncia, ouviu as confissões do governador Ricardo Coutinho e do prefeito Luciano Agra. Bem como a opinião do seu grupo dentro do PT.
Retirou-se para meditar sobre elas.
Principal liderança do PT pró-Ricardo e principal interlocutor do governo estadual junto ao governo Dilma, o deputado Luiz Couto é fundamental para a garantia da aliança do PT para o projeto de continuidade do PSB na Capital e no Estado.
Perdê-lo para o projeto oposicionista significa, em termos proporcionais, a Igreja Católica perder Fábio de Melo para o Islamismo.
Assim, é bom que as estratégias do PSB estejam muito bem focadas na preocupação de alimentar “espiritualmente” as intenções do Padre Luiz Couto e, por tabela, a de todo PT, a fim de evitar que o Padre e partido se rendam às tentações oposicionistas.
O PT realiza congresso estadual no dia 18 de março. Luiz Couto e companhia tem que estar bem satisfeitos e instrumentalizados para vencerem o debate de manutenção da aliança com o PSB.
É certo que a confirmação de uma candidatura do PSB, partido da base de Dilma, e a defesa do projeto vinculado ao governo federal contribuem para o fortalecimento da tese pró aliança.
Mas, de toda forma, a partir de agora, a cataquese do PSB junto ao PT tem que ser ainda mais eficiente.
Em tempo: Luiz Couto está num retiro para padres católicos. Com o mesmo silêncio, porém menos cristão, o presidente do PT de João Pessoa, professor Antônio Barbosa, viajou para Cuba, para uma reflexão socialista durante rápida folga.

Do blog de Luis Torres

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