Dilma Rousseff está mais forte do que o governo que comanda.
A diferença entre a aprovação pessoal (77%) e a avaliação positiva da gestão
(56%) é de 21 pontos percentuais. Dilma é encarada pela população como uma
administradora capaz de resistir às chantagens do Congresso, uma instituição
tradicionalmente mal avaliada pelos brasileiros. Ela surfou na onda da faxina
ministerial em 2011 e, nesse ano, decolou de vez ao não ceder às pressões dos
aliados por cargos e emendas, mesmo sofrendo derrotas contundentes como a não
recondução de Bernardo Figueiredo para a presidência da Agência Nacional de
Transportes Terrestres (ANTT).
Para os especialistas, a presidente ganha novos argumentos
daqui para a frente para não ouvir o choro dos parlamentares aliados. Nesse
ponto, ela diferencia-se de seu antecessor, que aproveitava a popularidade para
transferir votos e eleger candidatos aliados. Dilma, segundo os analistas,
ainda não cedeu à essa tentação. Mesmo assim, a popularidade sempre é uma
ferramenta a ser usada a favor de quem a desfruta. “O único caso em que a
popularidade não adiantou foi na Proclamação da República foi proclamada, em
1889, no período em que a monarquia obtinha as melhores avaliações da
população”, disse o professor José Luiz Orero, do departamento de Economia da
Universidade de Brasília (UnB).
Correio Braziliense
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