sábado, 7 de abril de 2012

Popularidade deixa Dilma com mais argumentos para driblar a pressão


Dilma Rousseff está mais forte do que o governo que comanda. A diferença entre a aprovação pessoal (77%) e a avaliação positiva da gestão (56%) é de 21 pontos percentuais. Dilma é encarada pela população como uma administradora capaz de resistir às chantagens do Congresso, uma instituição tradicionalmente mal avaliada pelos brasileiros. Ela surfou na onda da faxina ministerial em 2011 e, nesse ano, decolou de vez ao não ceder às pressões dos aliados por cargos e emendas, mesmo sofrendo derrotas contundentes como a não recondução de Bernardo Figueiredo para a presidência da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).


Para os especialistas, a presidente ganha novos argumentos daqui para a frente para não ouvir o choro dos parlamentares aliados. Nesse ponto, ela diferencia-se de seu antecessor, que aproveitava a popularidade para transferir votos e eleger candidatos aliados. Dilma, segundo os analistas, ainda não cedeu à essa tentação. Mesmo assim, a popularidade sempre é uma ferramenta a ser usada a favor de quem a desfruta. “O único caso em que a popularidade não adiantou foi na Proclamação da República foi proclamada, em 1889, no período em que a monarquia obtinha as melhores avaliações da população”, disse o professor José Luiz Orero, do departamento de Economia da Universidade de Brasília (UnB).

Correio Braziliense

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