sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

VISITA DE DILMA AO RIO DE JANEIRO



Moradia em área de risco é regra, não exceção, diz Dilma ao visitar Rio de Janeiro


13-Jan-2011
Após sobrevoar a Região Serrana do Rio nesta quinta-feira (13), a presidente Dilma Rousseff e o governador Sérgio Cabral falaram sobre os trabalhos de resgate e reconstrução nas áreas atingidas pela chuva.

“É de fato um momento muito dramático. As cenas são muito fortes. É visível o sofrimento das pessoas. O risco é muito grande”, disse Dilma.

Sobre a prevenção de deslizamentos, Dilma disse que a questão é de ocupação adequada do solo.

"A prevenção não é uma questão de Defesa Civil apenas. É uma questão de saneamento, drenagem e política habitacional de governo", disse Dilma. "A moradia em área de risco no Brasil é a regra, não é a exceção", afirmou.

Número de mortos na Região Serrana do Rio passa de 470

O número de mortos após as chuvas na Região Serrana do Rio passa de 400. A Polícia Civil informou às 19h45 desta quinta-feira (13), que 470 corpos já foram identificados pelos peritos do IML (Instituto Médico Legal). Desse total, 214 mortes foram registradas em Nova Friburgo, 208 em Teresópolis, 35 em Petrópolis e 13 em Sumidouro.

O número de mortes pode ser ainda maior. Em Sumidouro, a prefeitura confirmou um total de 19 mortos - 6 a mais que o número informado pela polícia. Já em Petrópolis, a prefeitura divulgou que o total de mortos chega a 39 mortos - 4 a mais que o número de corpos já identificados pelo IML. Considerando os últimos levantamentos das prefeituras, o total de mortos na região chega a pelo menos 480.

A chuva que devastou a Região Serrana do Rio esta semana já matou mais gente que a tragédia de Angra, no início do ano passado, e as chuvas de abril, que arrasaram locais como o Morro dos Prazeres, na capital fluminense, e no Morro do Bumba, em Niterói, na Região Metropolitana.

'Pensei que ia morrer', diz mulher salva por vizinhos com uma corda

“Eu pensei que ia morrer, mas pedi, pelo amor de Deus, que meus vizinhos não me deixassem morrer ali”. Foi dessa maneira e com os olhos mareados que a dona de casa Ilair Pereira de Souza, 53 anos, resumiu, nesta quinta-feira (13), os momentos de pavor que passou pendurada em uma corda ao ser socorrida por vizinhos na enxurrada da noite desta quarta-feira (12), em São José do Vale do Rio Preto, na Região Serrana do Rio de Janeiro.

“Nunca tinha feito um nó em corda na minha vida. Quando jogaram a corda, me amarrei rapidinho que nem sei como fiz aquele nó. Estava com tanto medo que o nó fosse fraco que me agarrei como nunca na corda”, disse Ilair, que é conhecida na região como Pelinha”.

Do G1

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