Maiores colégios eleitorais não terão estrelas de primeira grandeza
Mesmo contando com uma boa avaliação popular, apesar de episódios controversos como a demolição da pista do Aeroclube, a força do prefeito de João Pessoa Luciano Agra no pleito dependerá do sucesso e da aceitação, junto aos pessoenses, da gestão de Ricardo Coutinho no estado. Se não depende apenas de si, Agra, no entanto, não deverá ter pela frente nenhum adversário com elevado poderio pessoal. Entre os principais possíveis candidatos, está o senador Cícero Lucena, duas vezes prefeito da capital, que, apesar do vasto currículo, viu sua imagem se desgastar no segundo mandato no município, quadro agravado pela sua prisão durante a chamada Operação Confraria, em julho de 2005. Em 2006, Cícero foi eleito senador, mas sua vitória teve a "colaboração" da profunda deterioração do seu adversário, Ney Suassuna, que durante a campanha, teve seu nome relacionado entre os chamados "Sanguessugas". Em João Pessoa, o tucano venceu Ney por uma margem inferior a sete mil votos. Em Campina, por conta do apoio de Cássio - que foi determinante para sua vitória -, a vantagem foi superior a 40 mil votos. Só que a popularidade que esbanja no restante do estado, Cássio não tem na capital, ou seja, Cícero Lucena só poderá contar com a própria força, que pode não ser tanta quanto ele espera.
No PMDB, o mais animado é o deputado federal Manoel Júnior, que foi vice-prefeito da cidade no primeiro governo Ricardo. Mas, há contra o parlamentar um fato que dá pé à tese de que ele não tem potência eleitoral para a disputa. É que, entre sua primeira eleição para a Câmara Federal, em 2006, quando era aliado de Ricardo Coutinho, e a segunda, no ano passado, já adversário ferrenho do atual governador, Manoel Júnior perdeu nada menos que vinte mil votos em João Pessoa. Outro peemedebista disponível é o também deputado federal Benjamin Maranhão. Mas, aparentemente, apenas o próprio deputado crê nessa candidatura. Já o tio de Benjamin, o ex-governador José Maranhão, mesmo evitando confirmar a pretensão, está entre os mais cotados no PMDB. Pesa contra ofato de que ele está fora do poder e, ademais, pode ter saído enfraquecido das eleições de outubro. O PT quer ter candidato e, apesar da vontade de Rodrigo Soares, o partido tende a optar (se é que é possível falar em tendências no PT) pelo deputado estadual Luciano Cartaxo ou pelo federal Luiz Couto.
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