Comitiva de petistas viaja a São Paulo para formalizar convite
O líder do PT, senador Humberto Costa (PE), acredita que Lula será um grande aglutinador da discussão sobre a reforma, que é questão prioritária para o partido. O PT quer envolver a população no debate, para que não se restrinja ao Congresso – onde os demais partidos não querem o mesmo modelo de reforma que os petistas. Nesse contexto, o PT vê em Lula o líder político apto a mobilizar os movimentos sociais e representantes de outros segmentos em torno do assunto.
O PT quer Lula à frente das articulações para aprovar o modelo de reforma petista, que enfrenta resistência de seus principais aliados, a começar pelo PMDB. Os peemedebistas têm no vice-presidente Michel Temer o principal defensor do voto majoritário para deputados – o chamado “distritão” – que elimina o modelo proporcional na eleição para vereadores e deputados. Mas para os petistas, o “distritão” vai na contramão do sistema democrático brasileiro porque reduziria a importância dos partidos políticos, enquanto um dos objetivos da reforma seria fortalecê-los.
O PT já conseguiu aprovar, na comissão especial do Senado, os quatro pontos que considera fundamentais da reforma política: o voto proporcional em lista fechada, financiamento público de campanha, fidelidade partidária e o fim das coligações proporcionais. Até o momento, o fim das coligações é o único item que gera algum consenso no parlamento.
Integram a comitiva que se reunirá com Lula na próxima semana: o líder do PT no Senado, Humberto Costa, os senadores Wellington Dias (PI) e Jorge Viana (AC), o relator da reforma na comissão da Câmara, Henrique Fontana (PT-RS), o presidente interino do PT, Rui Falcão, e o secretário-geral do partido, Elói Pietá.
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