A Companhia Docas da Paraíba, administradora do Porto de
Cabedelo, superou suas metas de volume e movimentação de cargas. De acordo com
relatório da gerência de operações (Gerop), em comparação com abril de 2010
houve um crescimento de mais de 20% na movimentação do mês de abril. O volume
total de carga movimentada no cais e no pátio de containers chegou a 183.770
toneladas, contra 150 mil do mesmo período no ano passado. Este número
representa um recorde histórico, sendo a maior movimentação do porto nos últimos
50 anos.
Wilbur Jácome, diretor presidente da Cia
Docas, atribui o crescimento à demanda do segmento de construção civil que,
segundo ele, incrementa a produção de cimento e toda cadeia logística envolvida
pelo setor. Além disso, o porto de Cabedelo também se beneficia com o fato do
porto de Suape, em Pernambuco, estar trabalhando com uma demanda 18% acima de
sua capacidade. Wilbur explica que “esse excedente escoa para nós e precisamos
estar preparados para sermos um porto ‘alimentador’, ou seja, de suporte, tanto
ao de Suape, quanto ao de Natal”, o que significa que é urgente a necessidade
de investimento na infraestrutura do porto de Cabedelo.
Considerando essa prioridade, no mês passado a Cia Docas
providenciou que o armazém IV do porto estivesse apto a receber alimentos e
produtos de saúde de acordo com as normas da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária, Anvisa. Roberto Rodrigues de Freitas, coordenador da Anvisa na
Paraíba, explicou que além da pintura do armazém, foram trocadas telhas e
instalados ralos para escoamento, garantindo que o local esteja limpo e seguro
especificamente para esse tipo de carga.
“O porto e toda Paraíba ganharam com essa adequação, porque
depois de mais de um mês interditado, o armazém pode ser liberado para receber
essas cargas que estavam suspensas”, afirmou. A adequação às normas da Anvisa
também contribui para o crescente aumento do volume e movimentação de cargas no
porto.
Fiscalização das cargas – Também em abril a Cia Docas
reinaugurou o posto da Receita Federal que há décadas funcionava no porto em
condições precárias. Paulo Sérgio Costa, inspetor chefe da Receita Federal do
Brasil em Cabedelo, afirma que “as instalações eram pequenas, não havia espaço
nem privacidade para os servidores atenderem todos os agentes intervenientes do
comércio exterior, como despachantes e depositários do Porto. A administração
da Cia Docas sempre se mostrou sensível a essa necessidade e a reforma superou
nossas expectativas”.
Paulo Sérgio observa que o número de declarações registradas
no posto do porto de Cabedelo cresceu de 831 em 2009 para 1552 em 2010, sendo
esperadas para esse ano mais de 2000 declarações. Segundo ele, sem a reforma e
modernização das instalações seria difícil atender satisfatoriamente essa
demanda do porto.
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