Governador afirma que fiscalização vai gerar “competição
saudável” entre sedes do Mundial
Em reunião com governadores e prefeitos, Dilma anunciou a
concessão de três aeroportos e cobrou obras da Copa
Visando centralizar no Palácio do Planalto a fiscalização do
cronograma das obras da Copa de 2014,
a presidente Dilma Rousseff informou nesta terça-feira
(31) a governadores e prefeitos das cidades-sede que fará reuniões trimestrais
para avaliar o andamento dos projetos.
De acordo com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, a
iniciativa poderá gerar uma “competição saudável” entre os governantes, uma vez
que nenhum deles gostaria de mostrar resultados com atraso nas reuniões.
- A competição antes da Copa será saudável para ver que está
andando no prazo e quem não está. Quem faz monitoramento de ação governamental
sabe o valor que isso tem: ninguém quer estar atrasado.
Ainda de acordo com o governador pernambucano, o fato de o
monitoramento ficar concentrado em Dilma facilitará a vida dos administradores
quando precisarem fazer queixas ou reclamações.
- Temos agora uma porta só pra bater e todos vão estar com
controle e cronograma para que a gente possa tirar esse [eventual] sobressalto.
Aeroportos
Consenso entre os prefeitos e governadores como a questão
que mais preocupa na preparação para o evento, os aeroportos foram um dos temas
centrais da reunião de hoje.
A presidente informou que o governo federal concederá ao
setor privado mais da metade da administração dos aeroportos de Guarulhos,
Campinas e Brasília. As concessões ficarão sob a responsabilidade de sociedades
que serão constituídas por, no mínimo, 51% da iniciativa privada (máximo de 49%
para a Infraero).
De acordo com Campos, “houve reconhecimento de todos de que
abrir concessão é uma decisão correta”.
Dificuldades
Escalado na coletiva para representar os prefeitos,
governante de Belo Horizonte, Márcio Lacerda, afirmou que o sistema legal
brasileiro, “com suas peculiaridades”, é uma das dificuldades para que as obras
evoluam de acordo com o cronograma.
Tanto ele, quanto Campos, quanto o ministro Orlando Silva
(Esporte) defenderam a aprovação, pelo Congresso Nacional, do “regime de
contratação diferenciada” – iniciativa do governo federal que quer flexibilizar
as licitações, tornando-as mais fáceis e ágeis.
Sobre o andamento das obras até agora, Silva disse que São
Paulo e Natal são as cidades que mais preocupam, mas que elas informaram que já
estão tomando providências para acelerar os projetos.
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