quarta-feira, 1 de junho de 2011

Dilma convoca reuniões trimestrais para centralizar fiscalização de obras da Copa


 Governador afirma que fiscalização vai gerar “competição saudável” entre sedes do Mundial
 Em reunião com governadores e prefeitos, Dilma anunciou a concessão de três aeroportos e cobrou obras da Copa
 
 Visando centralizar no Palácio do Planalto a fiscalização do cronograma das obras da Copa de 2014, a presidente Dilma Rousseff informou nesta terça-feira (31) a governadores e prefeitos das cidades-sede que fará reuniões trimestrais para avaliar o andamento dos projetos.

De acordo com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, a iniciativa poderá gerar uma “competição saudável” entre os governantes, uma vez que nenhum deles gostaria de mostrar resultados com atraso nas reuniões.

- A competição antes da Copa será saudável para ver que está andando no prazo e quem não está. Quem faz monitoramento de ação governamental sabe o valor que isso tem: ninguém quer estar atrasado.

Ainda de acordo com o governador pernambucano, o fato de o monitoramento ficar concentrado em Dilma facilitará a vida dos administradores quando precisarem fazer queixas ou reclamações.


- Temos agora uma porta só pra bater e todos vão estar com controle e cronograma para que a gente possa tirar esse [eventual] sobressalto.

Aeroportos

Consenso entre os prefeitos e governadores como a questão que mais preocupa na preparação para o evento, os aeroportos foram um dos temas centrais da reunião de hoje.

A presidente informou que o governo federal concederá ao setor privado mais da metade da administração dos aeroportos de Guarulhos, Campinas e Brasília. As concessões ficarão sob a responsabilidade de sociedades que serão constituídas por, no mínimo, 51% da iniciativa privada (máximo de 49% para a Infraero).

De acordo com Campos, “houve reconhecimento de todos de que abrir concessão é uma decisão correta”.

Dificuldades

Escalado na coletiva para representar os prefeitos, governante de Belo Horizonte, Márcio Lacerda, afirmou que o sistema legal brasileiro, “com suas peculiaridades”, é uma das dificuldades para que as obras evoluam de acordo com o cronograma.
Tanto ele, quanto Campos, quanto o ministro Orlando Silva (Esporte) defenderam a aprovação, pelo Congresso Nacional, do “regime de contratação diferenciada” – iniciativa do governo federal que quer flexibilizar as licitações, tornando-as mais fáceis e ágeis.

Sobre o andamento das obras até agora, Silva disse que São Paulo e Natal são as cidades que mais preocupam, mas que elas informaram que já estão tomando providências para acelerar os projetos.

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