Objetivo da Operação é desarticular organização criminosa
especializada em fraudar licitações através da utilização de empresas de
fachada
A Polícia Federal, Ministério Público Federal e
Controladoria Geral da União deflagram na manhã desta quarta-feira, 15,
Operação "Gasparzinho" com o objetivo de desarticular uma organização
criminosa especializada em fraudar licitações através da utilização de empresas
de fachada.
Estão sendo cumpridos 12 mandados de busca e apreensão e
mandados de prisão temporária nos estado da Paraíba e São Paulo. Em João Pessoa
foram apreendidos computadores e documentos no residencial Privê, considerado
de luxo em João Pessoa.
A investigação colheu evidências no sentido de que um grupo
de empresários estava utilizando empresas de fachada, registradas em nome de
‘laranjas’, para fraudar licitações e ocultar bens obtidos com o lucro dos
crimes cometidos.
Durante os trabalhos também se verificou que, além de
‘laranjas’, os investigados passaram a usar ‘fantasmas’ para prática dos
ilícitos. Os ‘fantasmas’ eram pessoas ‘fictícias’ criadas usando a variação de
nomes de pessoas verdadeiras.
Eram obtidos junto aos órgãos públicos de mais de um estado
da federação documentos para os ‘fantasmas’, (tais como RG, CPF, etc.), que
passavam a ser utilizados para perpetração de uma série de fraudes,
principalmente para movimentar valores e registrar bens usados pela quadrilha,
especialmente veículos de alto luxo.
Os presos responderão pelos crimes de crimes de formação de
quadrilha (artigo 288, do CPB), fraudes à licitação (Lei 8.666/93),
falsificação de documentos e sua posterior utilização (artigos 298, 299 e 304
do CPB), sonegação de tributos (Lei 8.137/90) e lavagem de dinheiro (Lei
9.613/98).
Gasparzinho. O nome da operação foi dado em razão de a
quadrilha utilizar para perpetração de seus crimes verdadeiros fantasmas.
A quadrilha movimentou nos últimos 03 anos aproximadamente
23 milhões de reais e atuou em licitações em 35 prefeituras no Estado da
Paraíba.
A coletiva de imprensa será às 10:30 no auditório da
Superintendência da Polícia Federal, em Cabedelo/PB.
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