terça-feira, 12 de julho de 2011

PMDB quer bater recorde de vitórias na eleição de 2012


O diretório nacional do PMDB, que em abril recomendou aos diretórios municipais que lançassem candidatos próprios em 2012, promete reforçar ainda mais a estratégia de fortalecimento do partido. De olho em 2014, a legenda do vice-presidente da República, Michel Temer, pretende bater o recorde de vitórias na corrida eleitoral do ano que vem. De acordo com o presidente nacional da sigla, senador Valdir Raupp (RO), o objetivo é eleger cerca de 1.300 prefeitos em todo o País. Dentro desse plano, o partido pretende conquistar o comando de 8 a 10 capitais.

São Paulo é atualmente o calcanhar de Aquiles do partido, avalia o presidente do PMDB, Valdir Raupp

Em 2008, o PMDB saiu das urnas com o controle de 1.207 municípios. O segundo partido com melhor desempenho na eleição municipal foi o PSDB, com 788 prefeituras.

Raupp afirmou que, como parte da estratégia, o partido pretende encaminhar em agosto uma segunda remessa da carta enviada em abril para diretórios em 5.600 municípios do Brasil, reforçando a orientação de priorizar candidaturas próprias no ano que vem. Além disso, a sigla já começou a organizar um encontro nacional em Brasília em setembro, com prefeitos, potenciais candidatos e líderes do partido de todo País.

“O PMDB vai trabalhar para sair fortalecido em 2012. Vamos reforçar as candidaturas nas capitais, como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Curitiba, e onde tivermos condições de lançar um candidato competitivo”, disse Raupp nesta segunda-feira, em visita ao iG. O PMDB, por enquanto, trabalha com a perspectiva de não lançar em apenas duas capitais, Goiânia (GO) e Porto Alegre (RS).

São Paulo surge como o “calcanhar de Aquiles” do PMDB. Com a morte do ex-governador Orestes Quércia, o partido tende a romper a aliança com o PSDB. Em vez de replicar a aliança nacional com o PT, no entanto, o PMDB trabalha com a candidatura do deputado federal Gabriel Chalita, ex-PSB e ex-tucano, que tem bom trânsito tanto no PT como na ala alckimista do PSDB. A aposta dos peemedebistas é que Chalita consiga forçar um segundo turno, mesmo que a disputa conte com nomes como candidato derrotado à Presidência pelo PSDB José Serra.

Em Salvador, o nome do radialista Mário Kertész, que já foi prefeito da capital baiana, é consenso dentro do PMDB. Segundo Raupp, a candidatura ainda não está fechada, embora o convite já tenha sido feito pelo ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB). Em Curitiba, o PMDB flerta com o tucano Gustavo Fruet. De acordo com Raupp, a negociação com o senador Roberto Requião (PMDB-PR) para aprovação de Fruet como candidato peemedebista está avançada. “Ele (Gustavo Fruet) quer vim, já conversei com ele. Ele está na frente nas pesquisas. E o Gustavo já foi do PMDB”, frisou.

Ao mesmo tempo em que o PMDB age para fortalecer a estrutura partidária, o PT também dá passos semelhantes. Em um recado claro aos peemedebistas, a executiva nacional petista determinou os diretórios municipais não sacrifiquem candidaturas próprias em benefício de aliados. Para o senador, no entanto, as ações dos dois partidos para 2012 não impedirão a repetição da aliança nacional em 2014. “Nem a presidente vai querer ficar sem o PMDB, nem o PMDB vai querer ficar sem a vice-presidência da República. Nessa aliança, para o bem do País e para o bem dos dois partidos, não vai ter como ter problema”, afirmou.

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