O governador Ricardo Coutinho acompanhou a presidenta da
República, Dilma Rousseff, no lançamento do Plano Brasil sem Miséria na região
Nordeste, em Arapiraca (AL), e declarou que o plano representa uma grande
esperança para o povo do Nordeste e para os mais de 600 mil paraibanos que vivem
em estado de extrema pobreza.
Ele defendeu a criação de mecanismos para que Estados e
municípios sejam cobrados em relação às metas pactuadas e melhoria dos
indicadores sociais.
O termo de compromisso para implantação do programa foi
assinado na tarde desta segunda-feira (25) pela ministra do Desenvolvimento
Social e Combate a Fome, Tereza Campelo, e pelo governador da Paraíba, Ricardo
Coutinho.
Os demais governadores de Alagoas, Pernambuco, Bahia,
Sergipe, Ceará, Piauí e o vice-governador do Maranhão, Washignton Luis também
assinaram o convênio. A secretária de Desenvolvimento Humano, Aparecida Ramos,
acompanhou o governador Ricardo Coutinho e disse que na Paraíba o programa já
começou com a realização da busca ativa dos grupos prioritários, que são catadores
de resíduos sólidos, quilombolas, indígenas, familiares de apenados e
pescadores.
O plano prevê a implantação de um conjunto de ações nas
áreas de abastecimento de água, compras diretas aos agricultores, distribuição
de sementes que visam retirar da situação da pobreza com inclusão produtiva 9,6
milhões de pessoas no Nordeste.
O governador Ricardo Coutinho colocou como grande desafio
dos Estados e municípios a agilidade para o desenvolvimento das ações do plano
diante das burocracias do poder público. Diante disso, Ricardo defendeu a
criação de uma agenda comum de metas do Governo Federal, Estados e municípios
que façam com que as demandas mais urgentes como questões de ordem natural,
como enchentes verificada na Paraíba, não prejudiquem o resultado dos
programas.
Durante reunião com a presidente e os governadores
nordestinos, o governador Ricardo Coutinho reconheceu o esforço do governo
federal na articulação de um plano essencial para o Brasil, através do
Nordeste, que concentra 9,6 milhões dos extremamente pobres no país.
“Esse é um plano que tem um olhar integral e trabalha com
todas as vertentes somando ações de ministérios com Estados e municípios para
combater a miséria com desenvolvimento social. Na Paraíba esperamos reduzir a
situação de pobreza extrema, que aflige mais de 613 mil paraibanos”, completou.
Inclusão produtiva – Ricardo Coutinho colocou a inclusão
produtiva como algo fundamental para a preservação dos avanços que estão
acontecendo no Brasil.
Ele defendeu por parte do governo de meios para a
preservação dos arranjos produtivos citando, como exemplo as redes de São Bento
(PB) ou as confecções em Santa Cruz do Capibaribe (PE), onde a entrada de
matérias-primas de outros países vem prejudicando a produção local e
ocasionando desemprego. “É preciso pautar isso para proteger o comércio local e
o interesse da maioria da população”.
Dilma frisou que dos 16,2 milhões de brasileiros
extremamente pobres, 9,6 milhões estão no Nordeste, principalmente no
Semi-árido e a estratégia é agir junto com Estados e municípios com o combate a
miséria e o abastecimento com o programa Água para Todos com investimento de
756 milhões para a construção este ano de 367 mil cisternas este ano e 750 mil
até 2014.
“Começamos o Brasil Sem Miséria pelo Nordeste pelo nosso
compromisso de que para o Brasil crescer o Nordeste precisa crescer e
precisamos da garra dos nordestinos”.
Dilma reconheceu que em alguns estados o valor da dívida é
muito alta e que o governo Federal busca fazer a rolagem para um prazo maior e
com juros menores, o que aumentaria o poder de investimento do governo dos
Estados, mas ressaltou que é necessário respeitar os limites impostos pela Lei
de Responsabilidade Fiscal (LRF).
No entendimento da presidenta, só a mudança do indexador não
basta é preciso uma mudança no perfil para o pagamento da dívida e a garantia
de recursos para investimentos sociais.
“O governadores têm procurado, sistematicamente, a União em
busca desta renegociação. Nós entendemos a preocupação e tentaremos atender ao
pleito, respeitando os limites da Lei”, finalizou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário