segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Sem-terra vão a Brasília para apresentar projeto de empresa agrícola comunitária


Marcha pede o assentamento de 60 mil famílias em todo país
 
Manifestantes criticam o uso excessivo de agrotóxicos nas lavouras


Cerca de 200 representantes do MLST (Movimento de Libertação dos Sem Terra) chegaram a Brasília nesta segunda-feira (5) para uma série de atividades na capital federal. Eles fizeram um percurso de mais de 200 km, de Goiânia (GO) a Brasília. Eles ficarão acampados até sexta-feira (9) no Parque da Cidade, no centro da cidade.
A Marcha da Reforma Agrária do Século 21 tem como objetivo pedir o assentamento de 60 mil famílias que se estão acampadas nas estradas de todo o país, a desapropriação de terras improdutivas e contra o uso excessivo de agrotóxicos nas lavouras. O coordenador do movimento, Edvaldo de Oliveira, falou à Agência Brasil sobre as reivindicações.

- Estamos apresentando ao governo um projeto de empresa agrícola comunitária, em que os trabalhadores são donos da produção e essa produção se baseia na agroecologia, ou seja, em alimentos sem uso de agrotóxicos.

O líder informou ainda que os representantes devem se reunir com o presidente do Incra (Instituto Nacional de Colonização Agrária), Celso Lisboa de Lacerda, com a presidenta Dilma Rousseff e com ministros do governo. As reuniões ainda não estão confirmadas.

Por causa dos manifestantes, a administração do Ministério da Fazenda reforçou a segurança no prédio principal do órgão. Na semana passada, um grupo de sem-terra ocupou a entrada do edifício.
O MLST formado por dissidentes do Movimentos dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

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