Marcha pede o assentamento de 60 mil famílias em todo país
Manifestantes criticam o uso excessivo de agrotóxicos nas
lavouras
Cerca de 200 representantes do MLST (Movimento de Libertação
dos Sem Terra) chegaram a Brasília nesta segunda-feira (5) para uma série de
atividades na capital federal. Eles fizeram um percurso de mais de 200 km, de
Goiânia (GO) a Brasília. Eles ficarão acampados até sexta-feira (9) no Parque
da Cidade, no centro da cidade.
A Marcha da Reforma Agrária do Século 21 tem como objetivo
pedir o assentamento de 60 mil famílias que se estão acampadas nas estradas de
todo o país, a desapropriação de terras improdutivas e contra o uso excessivo
de agrotóxicos nas lavouras. O coordenador do movimento, Edvaldo de Oliveira,
falou à Agência Brasil sobre as reivindicações.
- Estamos apresentando ao governo um projeto de empresa
agrícola comunitária, em que os trabalhadores são donos da produção e essa
produção se baseia na agroecologia, ou seja, em alimentos sem uso de
agrotóxicos.
O líder informou ainda que os representantes devem se reunir
com o presidente do Incra (Instituto Nacional de Colonização Agrária), Celso
Lisboa de Lacerda, com a presidenta Dilma Rousseff e com ministros do governo.
As reuniões ainda não estão confirmadas.
Por causa dos manifestantes, a administração do Ministério
da Fazenda reforçou a segurança no prédio principal do órgão. Na semana passada,
um grupo de sem-terra ocupou a entrada do edifício.
O MLST formado por dissidentes do Movimentos dos
Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
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