É a quintessência do oportunismo político. Foi
assim que o secretário de Comunicação de Pernambuco, jornalista Evaldo Costa,
classificou a posição de algumas lideranças da oposição na Paraíba que estão,
em meio a críticas ao governador Ricardo Coutinho, anunciando a tese de que a
Fiat e o governo pernambucano decidiram proibir a contratação de paraibanos
para trabalhar na fábrica a ser instalada em Goiana, próxima a divisa dos dois
estados.
Em entrevista exclusiva ao blog, Evaldo Costa, que é
paraibano de Parari, negou veementemente que haja por parte do governo de
Pernambuco qualquer determinação neste sentido. “Isso é a quintessência do
oportunismo político. Uma exploração política idiota. Ninguém vai pedir a
certidão de nascimento de ninguém para que ela possa trabalhar”, declarou
Evaldo.
Segundo ele, o que o governo de Pernambuco está fazendo, por
meio da Secretaria Trabalho, Qualificação e Empreendedorismo e Secretaria de
Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco, é a condução do processo de
cadastramento de todos os interessados em Goiana e nas cidades vizinhas, mas
sem restrições a um interessado que venha de qualquer parte do país.
“O cadastramento está sendo feito em Pernambuco porque é o
natural. A gente, por acaso, iria fazer o cadastramento fora do Estado? Não.
Mas se qualquer pessoa, seja da Paraíba ou de outro lugar aparecer, fizer a
inscrição, o cadastramento, tiver o currículo aprovado, estará sim apta a ser
chamada”, declarou Costa.
Ele criticou o fato da oposição na Paraíba querer faturar
com o tema e ainda estimular qualquer confronto entre Ricardo Coutinho e
Eduardo Campos, governador pernambucano. “Ora, o governador Eduardo Campos tem
quatro secretários que são da Paraíba”, lembrou.
Jornalista e professore, Evaldo Costa lamentou a postura de
políticos paraibanos, a exemplo do senador Vital do Rego Filho, que numa carta
ao ministro Fernando Pimentel, da Integração Nacional, acusou o governador
Ricardo Coutinho de indiferença e omissão.
E deu um recado para a classe política paraibana: “A
política da Paraíba tem que evoluir. Pernambuco tem avançado porque, apesar das
ferrenhas disputas políticas, não há oportunismos como este”, disse.
E tem pouquíssimas chances de estar errado ao tratar do
retrocesso da política paraibana.
Luís Tôrres
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