Os bens
dos dois acusados, que chegam a R$200 mil, serão leiloados
Dois dos dez acusados de estuprar e matar mulheres durante
uma festa de aniversário no município de Queimadas (PB), em fevereiro deste
ano, terão parte dos bens confiscados pela Justiça paraibana. A decisão foi
divulgada no sábado (10) e tem como alvo Luciano dos Santos Pereira, o
aniversariante, e seu irmão Eduardo dos Santos Pereira, seu irmão. Para a
Justiça, os irmãos são os mentores e coautores da barbárie.
Os bens dos dois acusados, que chegam a R$200 mil, serão
leiloados. O dinheiro arrecadado será depositado em uma conta poupança, até que
eles sejam julgados e, se for o caso, condenados. Quando o processo for
concluído, o dinheiro deverá ser repassado às famílias das vítimas da tragédia,
que chocou a população da Paraíba. A barbárie completa um mês amanhã.
O sequestro dos bens dos acusados foi determinado pela juíza
Flávia Baptista Rocha, da 1ª Vara de Queimadas. Ela atendeu ao pedido do
advogado da família da recepcionista Michele Domingos da Silva, 29, que ficou
desamparada financeiramente depois da morte dela. Na decisão, a juíza cita duas
motos, um automóvel Punto ELX, um Hyundai l30, dois capacetes e dois cavalos de
raça, pertencentes aos acusados. Vale ressaltar que há uma investigação
paralela para apurar a origem dos bens. A polícia investiga a ligação dos
irmãos com o traficante Nem, do Rio de Janeiro.
O crime
A festa de aniversário foi realizada no dia 12 de fevereiro,
na casa de um dos acusados. Em determinado momento, um grupo de homens
mascarados e armados invadiu a casa e estuprou cinco mulheres. Apenas as
namoradas dos criminosos foram poupadas da violência sexual. Durante o estupro,
duas mulheres reconheceram os acusados.
O grupo fugiu levando a recepcionista Michele e a professora
Isabela Frazão, 27. As duas foram mortas a tiros em via pública. Na tentativa
de enganar a polícia, os donos da casa prestaram queixa alegando que a casa foi
invadida e todos os participantes da festa foram roubados. No entanto, a frieza
e a contradição dos denunciantes intrigou a polícia, que horas depois descobriu
o que realmente tinha ocorrido.
Dez pessoas, incluindo três adolescentes tiveram
envolvimento na tragédia. Os irmãos Eduardo e Luciano foram presos durante o
velório das vítimas. No último dia 28, a Justiça aceitou a denúncia
apresentadas contra o grupo, acusado de estupro, formação de quadrilha, porte
ilegal de arma, cárcere privado e lesão corporal. Um dos irmãos é acusado de
todos esses crimes e ainda homicídio doloso (quando há intenção de matar), o
que pode leva-lo a júri popular.
Nenhum comentário:
Postar um comentário