segunda-feira, 2 de julho de 2012

Voto aberto e obrigatório


Cristovam Buarque
Cristovam Buarque é senador pelo PDT de Brasília, ex-ministro da Educação e ex-reitor da Universidade de Brasília


Não há democracia plena sem o voto secreto para o eleitor, nem com voto secreto para o eleito. O eleitor deve ter seu voto protegido, mas os eleitos não devem ter seus votos escondidos. Ele foi eleito pela escolha do eleitor que tem o direito de saber como vota quem o representa.

É um contrassenso que um eleitor confie seu voto a um candidato e depois da eleição fique sem saber como seu vereador, deputado ou senador vota no Parlamento em assuntos que interessam ao eleitor, à cidade e ao país. O voto secreto no Congresso é uma excrescência na democracia.

Há pouco, o Brasil deu um passo positivo na transparência, ao publicizar toda informação que interessa ao público. Cada cidadão ou cidadã tem o direito de saber até mesmo o salário e os custos dos seus eleitos, mas não tem o direito de saber como votou seu parlamentar.

A lei da transparência não está completa se o Congresso mantiver o voto de parlamentares escondidos dos olhos e ouvidos dos seus eleitores.

É preciso que o Congresso tome a decisão de acabar com o voto secreto em todas as decisões. Alguns dizem que o sigilo do voto do parlamentar deve ser protegido de pressões do Poder Executivo. Isso podia se justificar durante o regime autoritário, em que a frágil oposição precisava evitar morte, prisão ou exílio por causa de um voto.

Mas na democracia, o único poder do presidente contra quem vota discordando das propostas do Executivo é tratar o parlamentar como membro da oposição, o que faz parte perfeitamente do jogo democrático.

Por isso não justifica a ideia de voto secreto na hora de votar para derrubar um veto do Presidente da República à lei ou artigo da lei. O eleitor quer saber se o seu parlamentar votou a favor ou contra o veto ou em uma lei que lhe interessa.

Outro argumento usado a favor do voto secreto é proteger o parlamentar quando vota na escolha de embaixador, juiz dos tribunais superiores e alguns outros diretores de agências. Mas, quando se tem medo de votar contra a nomeação de um juiz é porque se espera ter benefícios quando vota a seu favor, ou quando escondido no manto do voto secreto diz-se ter votado nele, mesmo mentindo.

O voto secreto é um manto da mentira e precisa ser abolido. Achar que um juiz vai perseguir um parlamentar que votou contra ele, é reconhecer que a Justiça foi politizada, a solução exige coragem para modificar a maneira de escolher os juízes, não de esconder o voto do parlamentar.

Da mesma maneira que é preciso saber todo voto de cada parlamentar, é preciso fazer o voto de o parlamentar ser também obrigatório em todas as votações, como é o voto do eleitor em todas as eleições.

O voto secreto do parlamentar é uma vergonha da democracia, mas o voto escondido por trás do voto das lideranças também é vergonha e humilhação para o parlamentar.

É preciso acabar com o voto secreto, mas também exigir que toda decisão seja tomada com o voto explícito de cada parlamentar, jamais pelo atual sistema do voto com o corpo: “quem estiver de acordo fique como está”, como é tão comum no dia a dia do parlamento brasileiro.

Além de vergonhoso e humilhante, tem permitido a aprovação de atos e leis sem o conhecimento dos próprios parlamentares, com artigos e parágrafos contrabandeados, por distração ou omissão dos parlamentares presentes, às vezes desconhecendo a pauta da votação naquele dia.

A desculpa de que o voto nominal faria impossível aprovar qualquer coisa, porque os parlamentares nunca estão presentes é ainda mais vergonhoso e injustificável. Se for preciso, que mudem as regras para obrigar a presença no Plenário na hora da votação, como qualquer trabalhador, ou que apresente suas justificativas para a ausência, ou deixe o eleitor saber que estava ausente sem justificativa, mas jamais se escondendo debaixo do voto dito de liderança.

O voto do eleitor na urna é obrigatório e secreto, o voto do eleito deve ser obrigatório e transparente em cada caso, para que o seu eleitor saiba como ele vota, e possa lembrar na eleição seguinte se o seu candidato votou como ele deseja ou não.

Nenhum eleito deve ficar preso à vontade de seu eleitor, até porque os eleitores têm posições variadas. Deve votar conforme seus compromissos de campanha e de sua consciência em cada caso, mas publicamente.
Ao eleitor cabe se manifestar nas urnas, secretamente, para reeleger ou não o seu candidato.

Agra avisa que vai para as ruas pedir voto para Luciano Cartaxo e Bandeira


 Prefeito da Capital não disputa à reeleição, saiu do PSB e agora apoia Luciano Cartaxo do PT  

O prefeito de João Pessoa, Luciano Agra (sem partido), declarou, ao MaisPB, que vai para às ruas fazer campanha e pedir votos para Luciano Cartaxo (PT) e para o ex-secretário de Comunicação do Estado Nonato Bandeira (PPS) na disputa pela Prefeitura da Capital, nas eleições de outubro próximo. O gestor afirmou que vai pedir votos à população para a chapa encabeçada pelo petista.

“Vou para as ruas pedir votos a população: vote em Luciano Agra, vote em Luciano Cartaxo!”, disse o prefeito da Capital.

Na ocasião, afirmou que tem certeza que Cartaxo e Bandeira vão fazer um bom governo, “porque João Pessoa está entregue em boas mãos, está em mão livres. São mão leves sem ressentimento, sem mágoas, são as mãos do bem”, destacou o gestor criticando a postura dos integrantes do PSB, seu ex-partido.

Segundo o gestor, os socialistas vêm demonstrando ressentimento para com as pessoas que decidiram não apoiar a candidatura da ex-secretária de Planejamento da Capital, Estelizabel Bezerra.

Agra garantiu que dentro das suas possibilidades contribuirá com todas as suas forças para a campanha de Luciano Cartaxo e Nonato Bandeira.



Mislene Santos - MaisPB 

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Planalto anuncia sete nomes da Comissão da Verdade


Nomeação será publicada na edição desta sexta-feira do Diário Oficial; grupo terá dois anos, a partir de sua instalação, para apresentar relatório


A presidente Dilma Rousseff e seus ministros reunidos na cerimônia que marcou a sanção da lei da Comissão da Verdade (Roberto Stuckert Filho/Presidência da República/Divulgação)

Dilma Rousseff pede solução sobre custo de hotel na Rio+20


Brasília - A menos de dois meses da Rio +20, o governo federal, deputados e senadores descobriram que o preço dos hotéis no Rio de Janeiro durante a conferência se transformou em um problema. A presidente Dilma Rousseff pediu nesta quinta-feira aos ministros da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e do Turismo, Gastão Vieira, que tentem achar uma solução. Na Câmara dos Deputados, a Comissão de Turismo quer convocar o setor hoteleiro a dar explicações. No Senado, a Comissão de Relações Exteriores aprovou uma resolução em que pede ao prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, que intervenha no assunto.

Revoltados com a Oi, clientes marcam protesto contra a operadora em JP


 Protesto é nesta sexta, internautas afirmam que Oi lançou “Promoção tenha raiva ilimitada”  

 A operadora de celular Oi lançou uma promoção que tem sido alvo da revolta dos paraibanos na internet. A falta de sinal da operadora, desde o início desta semana virou piada nas redes sociais e clientes marcaram nas redes sociais um protesto contra a operadora.

No Twitter, com a hasteg #celularéprafalar, clientes estão marcando uma manifestação na frente da loja da operadora, na Avenida Epitácio Pessoa, às 11:50 h desta sexta-feira.

A falta de sinal da Oi virou piada nas redes sociais.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Novas regras para a poupança viabilizarão a queda dos juros, diz Mantega


Novas regras para a caderneta são essenciais para permitir a trajetória de declínio da Selic; sem alterações, fundos perderiam atratividade
  
Em coletiva no Palácio do Planalto, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, justificou nesta quinta-feira as novas regras da poupança (veja quadro explicativo). De acordo com o ministro, sem as mudanças, a redução das taxas de juros do país se tornaria inviável. “O Banco Central não teria ação eficaz e não conseguiria baixar taxas de juros, mesmo que quisesse”, disse. “A economia continuaria praticando taxas mais elevadas; portanto, inviabilizaria redução da taxa de juros no Brasil”, acrescentou. A medida provisória que regulamenta a alteração sairá na edição extra do Diário Oficial desta quinta-feira e valerá a partir desta sexta.

Cássio convida prefeitos e governadores para debater guerra fiscal


A Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR) do Senado Federal aprovou nesta quinta-feira (03), requerimento do senador Cássio Cunha Lima (PSDB) no sentido de realizar uma audiência pública para debater, com prefeitos e governadores, a guerra fiscal e os efeitos da política fiscal adotada por Estados, também conhecida como guerra dos Portos. “É preciso evitar que esses atos tenham consequências predatórias à economia nacional, principalmente a médio e longo prazo”, afirmou Cunha Lima, que também pretende convocar para o debate, representantes do Governo Federal e do Ministério Público Federal.