quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

O Ateu

MOMENTO DE  REFLEXÃO
 
Em certa localidade do interior de Minas Gerais, morava um ateu incorrigível. Era casado com linda e digna mulher e possuía um único filho, que contava 12 anos e se constituía o seu maior tesouro. O ateu, tanto quanto possível, não perdia a oportunidade de revelar seu ateísmo doentio, como que zombando da crença alheia. 
Sua prendada esposa o advertia, quase sempre, sem proveito. 
Continuava negando Deus, multiplicando seu ouro e adorando seu filho único...
Quando menos esperava, a morte veio, silenciosa, e levou-lhe o filho, entristecendo o coração materno e enchendo de desespero o coração ateu.
Passaram-se dois anos. O ateu, agora, magro e pobre, sem a esposa, que também fora levada para o Além, sentia-se só e doente. A conselho de alguns amigos, batera à porta de vários Templos, até que, numa tarde abençoada, foi ter uma sessão espírita.
Aí começou a receber os primeiros socorros. Seu coração, trabalhando pela dor, perdera as vestes negras da vaidade e do orgulho. E, numa noite, quando mais se mostrava convicto da verdade espírita, o filho incorpora-se num Médium e lhe fala:
- Meu pai, como me sinto feliz em vê-lo aqui! Como demorou a encontrar a grande Estrada!    Graças a Deus, que veio! Mas foi preciso que eu e minha mãe pedíssemos muito, a seu favor, para que o Pai do Céu nos atendesse.  E vou contar-lhe uma historieta que um de meus Mentores me contou com relação ao nosso caso: Numa aldeia da Índia, vivia um fazendeiro rico, que se especializara na criação e seleção de animais. Possuía grande quantidade de vacas reprodutoras de boa qualidade. Era um homem bom e prestativo. Desejava ajudar a todos os seus irmãos de romagens na Terra. E assim, resolveu partilhar sua obra com os seus vizinhos de outra aldeia, que limitava com seus rumos por um pequeno rio. Mandou selecionar alguns bois e uma vaca, que possuía um bezerro único e os enviou aos seus companheiros. Mas, na passagem do rio, todos os bois passaram, menos a vaca e o bezerro... Tudo foi tentado sem proveito. Alguém então alvitrou: amarrem o bezerro e atravessem com ele o rio, que a vaca acompanha-li-à...  De fato, a vaca vendo o filho amarrado, berrando, pedindo-lhe socorro, atravessando o rio, não se fez de rogada e também o atravessou...
- Aí está, meu pai, a lição preciosa que a história nos dá: foi preciso que eu fosse também amarrado pela enfermidade e jogado no rio da morte para que o senhor atravessasse o rio do preconceito e viesse até a mim e sentisse, como está sentindo, comigo, a vida verdadeira e, deste modo, iniciasse o resgate de suas faltas! Louvado seja Deus!
Fonte: livro – Lindos Casos de Chico Xavier / Autor: Ramiro Gama – editora Lake

“Não esqueça que Deus é o tema central de nossas vidas”
Espírito André Luiz

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