quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Sindicatos prometem cautela na cobrança da PEC; Governo quer diálogo


ADEPOL planeja serie de reuniões e espera ser recebida em breve pelo governador

Na tarde desta terça-feira, 11, cerca de 200 policiais Militares, Civis, Bombeiros e Agentes Penitenciários participaram de uma manifestação que percorreu as principais ruas do Centro da cidade pedindo o cumprimento da PEC 300. Entre os policiais, o discurso varia em relação a possibilidade de greve, mas para eles, no momento, o mais importante é abrir um canal de negociação com o governador Ricardo Coutinho. O governo afirmou na pessoa do secretário Walter Aguiar que está aberto ao diálogo com os policiais.
“Os policiais querem greve. Estamos tentando o diálogo, mas a conversa não sai, o governador sumiu” alfinetou Major Fábio que teceu severas críticas à postura adotada pelo executivo. “A gente quer conversar com ele, quer que ele venha para o meio da praça, mas infelizmente ele radicalizou. Os presidentes de associações não falam em greve, mas os policiais sim”, declarou.
O governador por sua vez, voltou a criticar a postura do governo anterior ao aprovar a proposta sem o estado ter condições de pagar e prometeu uma serie de melhorias para a categoria, como o convênio que foi assinado hoje para construção de casas para os servidores do setor de Segurança. Ricardo prometeu ainda convocar cerca de 700 concursados até julho e promover cursos de formação para os policiais.
O secretário-chefe do Governo do Estado da Paraíba Walter Aguiar caracterizou como “ato essencialmente partidário” a atitude dos representantes do movimento formado por cerca de 100 policiais que querem o reajuste salarial previsto nas leis que ficaram conhecidas como “PEC 300” da Paraíba. O secretário se colocou à disposição, na tarde desta terça-feira (11), no Palácio do Governo, para receber uma comissão representativa da categoria e dialogar com os policiais, mas os comandantes do movimento se recusaram a ser recebidos e deixaram a praça João Pessoa sem se reunir com o secretário.
Já o presidente da ADEPOL (Associação dos Delegados de Polícia), o delegado Isaías Olegário, disse que já foi protocolado um expediente junto ao Palácio da Redenção e com isso esperam ser recebidos pelo governador. Ele descartou a possibilidade de greve pelo menos por enquanto. Olegário explicou que existem quatro reuniões do Sindicato planejadas e que ao final dessa discussão, caso o diálogo com o executivo não tenha avançado, a greve será o único caminho possível. “Esperamos que ele receba, acate, converse conosco e se for caso pedir até um prazo para estudar, o que não pode é ficar nesse silencio”.
 

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