Dois dias após pedir a desfiliação do DEM, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, foi a Salvador neste domingo (20) para lançar oficialmente o seu novo partido.
Na Bahia, o PSD (Partido Social Democrático) se aproxima da base do governo Dilma Rousseff e já recebeu até o apoio do governador Jaques Wagner (PT).
Em evento realizado em Salvador, Kassab reuniu cerca de 600 pessoas, entre elas 70 prefeitos. Ele recebeu o apoio de petistas, como o senador Walter Pinheiro (PT), mas a maioria dos presentes era integrantes insatisfeitos de partidos como DEM, PP e PMDB.
Na Bahia, o principal aliado de Kassab é o vice-governador, Otto Alencar (PP).
O vice espera atrair cem prefeitos, oito deputados estaduais e cinco deputados federais, entre eles Paulo Magalhães (DEM), sobrinho de Antonio Carlos Magalhães, morto em 2007. Magalhães compareceu ao evento.
Para Alencar, o partido pertencerá à base de Wagner e deve apoiar o governo Dilma.
Salvador foi escolhida para o lançamento do PSD para indicar que o partido, que deve ser formalizado até julho, terá um caráter nacional. A sigla terá representação em dez Estados.
O objetivo do evento era coletar assinaturas para a abertura do processo de criação do partido. Haverá um ato semelhante nesta segunda-feira (21), na Assembleia de São Paulo.
Em entrevista, Kassab evitou situar a nova legenda entre a oposição e a base do governo Dilma Rousseff no Congresso e afirmou que o PSD nasce "independente".
Ele negou a articulação para sua candidatura ao governo paulista. "Sou candidato a ser um bom prefeito de São Paulo", afirmou.
Em entrevista, citou ainda como possíveis integrantes do novo partido o vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif Domingos (DEM), e os senadores Sérgio Petecão (PMN-AC) e Kátia Abreu (DEM-TO).
Em seu discurso, Kassab disse que o nome PSD foi escolhido porque o partido será desenvolvimentista como o ex-presidente Juscelino Kubitschek, que era membro de uma legenda com o mesmo nome.
Nenhum comentário:
Postar um comentário