Deputado entregou defesa de acusações na Câmara e cita até José Dirceu

Deputado federal Jair Bolsonaro (esq.) apresentou sua defesa à corregedoria da
Câmara nesta quarta-feira
- Eu sou casado com uma afrodescendente. Meu filho, por ser maior de idade, poderia namorar qualquer pessoa, do sexo feminino, e desde que não tivesse o comportamento da senhora Preta Gil, conforme está no blog dela e em CDs, que são coisas que não posso falar em público em nome dos bons costumes.
O deputado preferiu não divulgar o documento, dizendo que iria seguir determinação da Corregedoria de manter o processo em segredo. A partir da entrega, o corregedor, Eduardo da Fonte (PP-PE) terá até 180 dias para se posicionar e enviar, ou não, o caso ao Conselho de Ética, colegiado de deputados com poder para punir o colega com advertências ou até perda de mandato.
Sobre as chances de ser punido, Bolsonaro disse que não fez mal a ninguém e pediu uma entrevista ao vivo no CQC para se explicar.
- Eu não fiz nada contra a Câmara, contra qualquer parlamentar. Foi uma resposta dada a uma pergunta enviesada do CQC, e acho que eles devem uma explicação.
O deputado aproveitou a repercussão do caso para criticar projetos do governo que promovem a discussão da homossexualidade nas escolas, chamando a iniciativa de “kit gay”. Também criticou propostas do Congresso que criminalizam agressões contra homossexuais. Questionado se admitia que fosse homofóbico, Bolsonaro relativizou.
- Se for a defesa da nossa garotada nas escolas ser um ato considerado homofóbico, aí eu sou homofóbico. Se defender a família, os bons costumes e a religião for homofóbico, então podem continuar me chamando de homofóbico.
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