No encontro, cuja pauta inicial era a reforma política e que contou com a presença do vice-presidente da República, Michel Temer, sobraram reclamações à falta de espaço nas decisões do Executivo. O líder do governo, senador Romero Jucá (PMDB-RR), disse que os líderes pediram a Lula mais acesso à presidenta Dilma Rousseff e aos ministros palacianos.
"Os líderes cobraram mais acesso, mais entendimento, uma sintonia fina, o que é natural. O governo está se ajustando, os lideres querem participar mais das decisões", relatou Jucá. “Como líder do governo, vou fazer essa ligação da base com o governo, conversar com os ministros, enfim, fazer a sintonia fina para o governo funcionar ainda melhor", acrescentou o líder.
Já o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), evitou criticar a postura que o governo vem adotando com os partidos aliados no Legislativo. Contudo, reconheceu que a relação pode ser melhor. “A relação está bem. Principalmente em um período de início de governo, está bem. Agora, evidentemente, precisa ser melhorada e, sem dúvida, essas conversas ajudam bastante”.
O líder petista, apesar de reconhecer que a interlocução do Planalto com a base no Congresso precisa melhorar, negou que tenha havido críticas diretas ao ministro de Relações Institucionais, Luiz Sérgio, ou a qualquer outro ministro. “Apenas se falou que esse relacionamento está indo bem, mas ele pode melhorar ainda mais.”
Sobre a reforma política, Costa disse que Lula não crê em uma ampla mudança. Mas ressaltou a importância de se aprovar, pelo menos, a regra que prevê o financiamento público das campanhas eleitorais. “Ele [Lula] acredita que não serão muitos os temas aprovados pelo Congresso, mas disse claramente que, se conseguirmos aprovar o financiamento público, já vamos ter feito uma revolução na política do Brasil’.
Além de Sarney, Temer, Humberto Costa e Jucá, estiveram presentes ao encontro com Lula os líderes do PRB, Marcelo Crivella (RJ), do PMDB, Renan Calheiros (AL), do PDT, Acir Gurgacz (RO), do PR, Magno Malta (ES), do PP, Francisco Dornellles, e do PSB, Antonio Carlos Valadares, além do presidente do PMDB, Valdir Raupp, e do vice-líder do governo Gim Argello (PTB-DF).
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