Os
ex-prefeitos Antônio Carlos Chaves Ventura (Camalaú); João Ribeiro
(Massaranduba); Juraci Pedro Gomes (Sossêgo) e José Francisco Marques
(Aroeiras), foram condenados a devolver recursos aos cofres públicos por
decisões do Tribunal de Contas da União. No total, R$ 427,4 mil. Os
processos foram julgados nos últimos dias 10 e 11 pelo Plenário e pela
1ª Câmaras do TCU.
No
caso da prefeitura de Camalaú, as irregularidades ocorreram na
prestação de contas do convênio n.º 704/2001, firmado pelo município com
a Fundação Nacional de Saúde (Funasa), para a execução de melhorias
habitacionais destinadas ao controle da doença de Chagas, tendo sido
liberados R$ 156.686,35 em recursos federais.
Em
vistoria técnica realizada no local, a Funasa concluiu que nada do que
foi feito poderia ser aproveitado em relação ao objetivo do convênio,
que era impedir a proliferação do veto da doença. Por isso, houve a
impugnação da totalidade do dinheiro transferido ao município. Em sua
defesa, o ex-prefeito alegou que 70,66% do objeto conveniado foi
executado.
“Em
que pese o percentual de execução citado, está claro que 13 melhorias
habitacionais estão inacabadas, o que resultaria numa inexecução de, no
mínimo, 50%. No entanto, observo que nenhuma das casas de taipa foi
demolida, o que retrata o não atingimento do objeto pactuado, que era o
controle do veto causador da doença de Chagas”, afirma o parecer do
Ministério Público junto ao TCU.
Conforme
o plano de trabalho, as melhorias habitacionais previstas no convênio
consistiam, especificamente, na construção de 26 casas em alvenaria de
tijolos em duas localidades de Camalaú, para substituírem as moradias em
taipa existentes, que deveriam ser demolidas, a fim de eliminar focos
do inseto transmissor da doença de Chagas.
Em abril de 2004, a Funasa mandou técnicos ao município, que constataram a execução de apenas 36,60% dos serviços.
Ao
rejeitar a prestação de contas, a 1ª Câmara do Tribunal de Contas da
União condenou solidariamente o ex-prefeito Antônio Carlos Chaves
Ventura com a construtora Boa Vista ao pagamento da importância de R$
156.686,35, atualizada monetariamente e acrescida de juros de mora. O
TCU decidiu ainda aplicar a Antônio Carlos e à Construtora Boa Vista
multa individual de R$ 30 mil.
Sossêgo: irregularidades detectadas
O
ex-prefeito de Sossêgo Juraci Pedro Gomes foi condenado pela Primeira
Câmara do Tribunal de Contas da União a devolver aos cofres públicos a
importância de R$ 357.210,00, valor do convênio firmado com a Fundação
Nacional de Saúde (Funasa) para implantação do sistema de abastecimento
de água. Juraci não prestou contas do convênio, embora tenha sido
devidamente citado pelo TCU.
De
acordo com o relatório de vistoria e avaliação do estágio de obras da
Caixa Econômica Federal, as metas pactuadas não foram atingidas, a
realização física das obras alcançou 73,78 do pactuado no plano de
trabalho e o percentual das metas com funcionalidade em benefício da
população foi nulo.
Juraci
Pedro Gomes foi julgado à revelia pelo TCU, já que não quis se
manifestar sobre as irregularidades. “Tendo em vista a ausência de
informações acerca da destinação dos recursos, mesmo com o gestor
devidamente citado, considero grave os fatos e aplico ao gestor a multa
de R$ 35 mil, fixando-lhe o prazo de 15 dias, a contar da notificação,
para que comprove perante o Tribunal o recolhimento da multa aos cofres
do Tesouro Nacional”, afirmou o relator do processo, o ministro Walton
Alencar Rodrigues.
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sábado, 21 de maio de 2011
TCU manda 4 prefeitos da paraiba devolver R$ 427,4 mil aos cofres públicos
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