Começou no Congresso Nacional uma manobra para a aprovação
da Medida Provisória 527, que cria o Regime Diferenciado de Contratações para a
Copa do Mundo de 2014 e para os Jogos Olímpicos de 2016.
Com a desculpa de se dar maior agilidade às obras, que
precisam ficar prontas a tempo, a MP permite que as autoridades públicas tenham
certas “facilidades” na execução das que estão sendo feitas para estes dois
eventos esportivos.
E entre outros absurdos, atropela a Lei das Licitações e
autoriza “orçamentos sigilosos” até o término da concorrência para as obras.
Especialistas dizem que a MP é uma “mão na roda” para o
superfaturamento. E num país de corruptos como o Brasil, é quase certo que a
farra seja mesmo grande.
Prática muito diferente da que garantiram o então presidente
Luiz Inácio Lula da Silva, a então ministra e hoje presidente Dilma Rousseff, o
presidente da CBF Ricardo Teixeira e o presidente do COB Carlos Arthur Nuzman.
Na época das candidaturas, a promessa era de um show de
transparência, com a fiscalização das contas sendo divulgadas em tempo real em
sites oficiais dos eventos.Entre os parlamentares paraibanos, cinco votaram a
favor, dois votaram contra e cinco não estavam presentes na Câmara durante a
votação.
Os cinco que votaram a favor da MP e contra uma
transparência maior foram Damião Feliciano (PDT), Benjamin Maranhão (PMDB),
Manoel Júnior (PMDB), Nilda Gondim (PMDB) e Luiz Couto (PT). Contra votaram
apenas Efraim Filho (DEM) e Ruy Carneiro (PSDB).
Os ausentes foram Romero Rodrigues (PSDB), Wilson Filho
(PMDB), Wellington Roberto (PR), Hugo Motta (PMDB) e Aguinaldo Ribeiro (PP).
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