O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), cobrou
hoje (11) dos senadores do PMDB que não assinem o requerimento para criação da
comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar as denúncias de
corrupção no Ministério dos Transportes.
Jucá lembrou que descontentamentos na base aliada do governo
são naturais, mas disse que não justificam as assinaturas para a CPI.
“Reivindicações fazem parte do dia a dia e nós estamos trabalhando para
atendê-las, mas uma coisa é reivindicar, outra é assinar”.
Por fim, Jucá pediu aos colegas de partido que não ofereçam
armas à oposição contra o governo. “O PMDB tem dado algumas assinaturas de
senadores que efetivamente têm uma posição divergente, mas nós temos pregado à
base que não é interessante, salutar ou construtivo dar à oposição um
instrumento para fustigar o governo”.
O líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), defendeu o
partido. Segundo ele, os peemedebistas estão “frustrados” pela baixa
participação nas decisões de governo, mas negou que o sentimento tenha a ver
com cargos no governo ou liberação de emendas.
“São dificuldades pontuais que precisam ser superadas,
muitas pelo desejo frustrado de participar da formulação, da decisão. Temos
internamente conversado muito sobre isso, dissemos isso à ministra [da
Secretaria de Relações Institucionais] Ideli [Salvatti].
Efetivamente essas diferenças não têm nada a ver com
liberação de recursos, com ocupação de espaço na administração. São diferenças
pontuais”, disse Calheiros.
Apesar da insatisfação, o líder do PMDB garantiu que os
parlamentares do partido saberão “preservar os interesses do país” e separar a
crise política da econômica.
“Nós precisamos integrar mais a bancada, o partido, nesse
momento não dá para conjugar o estresse econômico mundial com uma crise
política interna. Seria uma coisa dificílima na administração”.
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