quinta-feira, 11 de agosto de 2011

OAB quer que Congresso aprove a Comissão da Verdade


Projeto que cria o grupo está parado na Câmara e ainda precisa ir ao Senado
O presidente do Conselho Federal da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Ophir Cavalcante, pediu nesta quinta-feira (11) que o Congresso vote e aprove o projeto de lei que cria a Comissão da Verdade. A matéria está desde o ano passado na Câmara e ainda precisa passar pelo Senado.

Para o presidente da OAB, a comissão precisa ser criada para que se dê transparência ao que aconteceu durante a ditadura militar.

- É necessário que os parlamentares assumam seu papel e façam aquilo que tem de ser feito: que levem a discussão ao plenário e que debatam com a sociedade brasileira. Chega de colocar essa discussão para debaixo do tapete.

Na opinião de Ophir Cavalcante, criar a Comissão da Verdade é uma forma de conhecer a história do Brasil e revelar ao mundo o que aconteceu no país nos "porões da ditadura". Para ele, os segmentos das Forças Armadas contrários a isso "estão na contramão da história".

A ministra Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, que também participou do ato em defesa da Comissão da Verdade, disse que o Parlamento está compreendendo que este é uma tema da democracia e que todos os partidos representados no Congresso querem votar a matéria.

- Temos uma situação equacionada hoje no governo. A posição do governo é pela votação do projeto, e tanto no diálogo com os parlamentares do governo quanto com os líderes de oposição, não temos mais dificuldade na tramitação [do projeto].

Questionada sobre o que está paralisando a votação da matéria na Câmara, a ministra disse que não há resistência por parte dos parlamentares e que há propostas que precisam ser votadas antes do projeto da Comissão da Verdade.

- Morosidade na atuação parlamentar ocorre, mas não há situação de resistência nas instituições.

O Projeto de Lei 7.376/10 cria a Comissão Nacional da Verdade, que terá como objetivo esclarecer casos de violação de direitos humanos ocorridos entre 1946 e 1988, e autoriza o acesso aos arquivos da ditadura militar (1964-1985).

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