quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Afif admite aproximação com o PT e critica imposições tucanas


Vice-governador de SP, que é do PSD de Kassab, disse que há um “flerte” com os petistas
  
Guilherme Afif Domingos
O vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif Domingos (PSD), admitiu nesta terça-feira (10) que existe uma aproximação de seu partido com o PT, já que as negociações com o PSDB para a disputa pela Prefeitura de São Paulo, em outubro, não avançam.


Afif lembrou que as conversas com os petistas fora da capital paulista “existem desde o tempo do DEM”, seu ex-partido. No ano passado, ele migrou para o PSD, fundado por Kassab.

Segundo ele, mesmo com a resistência do PT paulistano, a aproximação entre as duas legendas tem tudo para “acabar em namoro”.

- Se você me perguntar em que grau está, eu digo que é um flerte. Ninguém pegou na mão ainda.

Defensor da aliança com o PSDB, o vice-governador reclamou da insistência dos tucanos em impor na negociação com o PSD a cabeça da chapa para a eleição.


- Eles querem já partir com um nome na mesa. Esse não é o caminho.

Para Afif, o ideal seria discutir primeiro a aliança para somente depois buscar os nomes para a candidatura. No caso de uma chapa encabeçada pelo PSD, seu próprio nome é um dos favoritos.

- Dentro desta visão, se há tendência de imposição de nomes, o PSD pode buscar alternativas. O PSD não está órfão. Se não tem um caminho, tem outro. Eu luto pela manutenção da aliança que elegeu o [José] Serra, que elegeu o Kassab - embora tenha havido rompimento, mas ela foi reatada na eleição do [Geraldo] Alckmin. A lógica manda que mantenhamos a aliança. Se não der certo...

Na semana passada, Kassab visitou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, onde ele faz tratamento contra o câncer de laringe. A eleição de outubro foi um dos temas da conversa.

Para Afif, embora o PT faça oposição ferrenha à gestão de Kassab em São Paulo, existe espaço para que ambas as siglas possam estar juntas em outubro.

- Esse radicalismo está caindo à medida que o processo da democracia avança. Hoje não temos mais um nível de diálogo radical.

Indagado, porém, sobre a possibilidade de o PSD apoiar o ministro da Educação, Fernando Haddad, pré-candidato do PT à Prefeitura, Afif evitou fazer comentários.

- Eu não me meto nisso.

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